Deadpool & Wolverine [Crítica do Filme]

Quem diria que chegaria aqui para falar bem do universo Marvel feito pela Fox, mas não dessa forma que você está pensando. A 20th Century Fox foi a precursora com Bryan Singer em 2000 por trazer nossos herois da “Casa das Ideias” para a tela grande e ajudou a editora a não decretar falência no período. E foi com a venda dos direitos dos personagens para reprodução que segurou o momento financeiramente ruim da Marvel Comics.

Anos se passaram e a Fox acabou sendo adquirida pela Walt Disney Company. Com isso, os fãs vibraram, pois Quarteto Fantástico, X-Men, entre outras franquias, poderiam ser exploradas na Marvel Studios. O momento atual do MCU não é bom e a introdução dessas novas produções poderia dar uma “revitalização” ao universo. E quem tem a primeira missão de abrir a porteira é o nosso Mercenário Tagarela, Deadpool (Ryan Reynolds).

O anti-heroi rejeitado até conseguir seu filme solo moldou o gênero devido a seu tom e classificação etária para maiores em 2016, sendo um verdadeiro sucesso. E para essa jornada de “ressuscitar” e ser o Jesus da Marvel, Reynolds trouxe seu amigo Hugh Jackman da aposentadoria para trajar o amarelo e azul clássico de Wolverine, agitando os conceitos arquitetônicos de Kevin Feige para esse universo que se transformou em muitos. 

Desde o primeiro momento, vemos que Deadpool se encaixa perfeitamente a esses novos ares, já que o personagem sempre foi parcialmente uma perspectiva do fã dentro das narrativas contadas nos filmes. Como a quebra da quarta parede, além de piadas com referências a tudo e a todos. Logo em Deadpool e Wolverine, esses conceitos são bem calculados para levar os espectadores e a si para dentro da linha do tempo sagrada “616”.

Deadpool viaja entre os universos para achar um Wolverine que o ajude a salvar sua “família” e seu universo que está à beira do colapso, mas a improvável aliança ganha um empecilho no meio do caminho quando Cassandra Nova (Emma Corrin) surge para frear seus planos de salvação.   

Nosso protagonista é incrível e Ryan o vive intensamente a todo momento, mas disso já sabemos e era esperado. No entanto, o que todo mundo realmente quer saber é como está a dupla dentro do filme? E a resposta é positiva, porque ambos estão totalmente conectados, fluidos e com o coração aberto para este projeto. Os atores são melhores amigos na realidade e isso também os ajudou a terem química primorosa, levando ao fã o máximo de experiência e tributo. 


E as palavras-chave para o longa são justamente “experiência e tributo” (como em muitos filmes do próprio estúdio), já que é um presente para os fãs dos quadrinhos, do universo feito pela Marvel Studios e saudosistas das criações da Fox no passado. Com isso, o terceiro filme do personagem levará diversas emoções efetivas a todo momento sem exagerar. 

Já a antagonista, interpretada por Corrin, consegue transmitir imponência e respeito desde o primeiro ato de sua apresentação. E o ambiente em que a permeia lotado de referências. Contudo, a narrativa que percorre toda a trajetória de Deadpool e Wolverine fica distante de ser primorosa, o que pode acabar de certa forma decepcionando aos que tendem a ter mais sensibilidade para com a história difundida. 

Ao analisar toda a cosmologia que envolve a criação do caminho percorrido exclusivamente pelo Deadpool, já é esperado que o mesmo tende a não se levar a sério, assim acaba transmutando para a composição vista em tela. Entretanto, quando contrapomos as produções antecessoras, o roteiro se distancia do que realmente poderia ter sido.

Em suma, o filme é bom e vai agradar demais o público, isso é inevitável, porque retorna à fórmula clássica que aprendemos a gostar do Universo Cinematográfico da Marvel. Já que a fase atual não era vista com bons olhos e o fã estava com carência, a obra de Shawn Levy volta a entregar a experiência que muitos pediam. 

Os defeitos estão lá, é evidente, mas o benefício é maior que o malefício, como tomar um medicamento que vai melhorar a sua condição mesmo causando alguns efeitos colaterais, e nisso a balança sempre vai para a melhor causa.  

FICHA TÉCNICA

Título: Deadpool & Wolverine
Título original: Deadpool & Wolverine
Direção: Shawn Levy
Data de Lançamento:  25 de julho de 2024
Marvel Studios

Lucas Venancio

One thought on “Deadpool & Wolverine [Crítica do Filme]

  • 31 de julho de 2024 em 10:57
    Permalink

    Quem diria que essa união daria certo? Fiquei curioso em assistir. Fui ao cinema na segunda e vi os baldes de pipoca dos personagens e achei bem legais.

    Boa semana!

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