A Diplomata [Crítica da Série]

Estava com uma grande ressaca de séries, mas a Netflix lançou A Diplomata e me lembrei de como ano uma trama política, com muita conspiração!

Keri Russell é Kate Wyler, uma diplomata inteligente, perspicaz, ótima em negociação que vai trabalhar na Embaixada americana no Reino Unido, mesmo contra sua vontade. Kate não está muito acostumada com a linha de frente, ao contrário de seu cínico marido, Hal (Rufus Sewell). Logo no início sabemos que Kate é uma forte candidata a assumir a vice-presidência dos Estados Unidos, mas seus superiores já sabem que ela não vai aceitar de cara, até porque ela quer se separar de Hal. A relação dos dois é bem complicada, por anos Kate foi o apoio do marido, um homem extremamente manipulador.

Ao longo dos episódios vamos encontrar uma trama política bem intrincada que envolve o primeiro ministro do Reino Unido querendo encontrar o culpado pela morte de seus soldados. Nicol Trowbridge (Rory Kinnear) é um homem tempestuoso, bastante difícil de lidar e o Secretário de Relações Exteriores, Austin Dennison (David Gyasi), não tem mais influência sobre ele. Cabe a Kate tentar controlar os ânimos para que o principal aliado de seu país não entre em uma guerra que pode ter consequências globais.

Kate conta com uma equipe bastante afiada, Stuart (Ato Essandoh) está tentando treiná-la e convencê-la a aceitar a vice-presidência, sua namorada da CIA, Eidra (Ali Ah) também colabora com a protagonista e Dennison acaba sendo uma aliado de peso. A tensão sexual entre os dois por vezes é bem evidente. E claro, temos Hal, perigoso, ardiloso e que sabe que ainda tem chances com a esposa. Hal é aquele personagem que a gente adora por vezes detestar, é dono de um carisma gigante, além de extremamente inteligente.

É interessante que mesmo a trama sendo complicada, nós leigos conseguimos entendê-la, é tudo bem dinâmico, em um ritmo bem acelerado, nada cansativo. O roteiro consegue mesclar o mistério, drama e a comédia com um bom equilíbrio. É ótimo que em alguns momentos de tensão, a cena acabe tendo momentos inusitados. Além disso, os coadjuvantes também são carismáticos sem tirar o foco do plot principal.

Criada por Debora Cahn (produtora de Homeland, roteirista também de Grey’s Anatomy), a Diplomata, com apenas 10 episódios, mostrou ser uma produção com uma boa história política, mesmo que às vezes seja um pouco pastelão que é para nos divertir. Temos um triângulo amoroso, drama, dúvidas e com ganchos ótimos para os próximos episódios! E agora que terminei, já quero uma segunda temporada. 

Michele Lima

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