Chamas da Vingança [Crítica do Filme]
Geralmente o pobre do Stephen King não tem sorte nas adaptações do seus livros e agora com Chamas da Vingança não foi diferente, não digo em relação a qualquer mudança entre o livro e o filme, até porque o longa funciona muito bem sozinho, sem exigir qualquer leitura, mas como produção mesmo ficou muito aquém.
Charlie (Ryan Kiera Armstrong) é uma criança que desde bebê tem dons especiais, ela consegue colocar fogo em qualquer coisa. E rapidamente entendemos que seus pais foram cobaias de um experimento, eles também possuem poderes. Vicky (Sydney Lemmon) tem poderes telecinéticos e Andy (Zac Efron) tem algo chamado como “Impulso”, onde é capaz de convencer os outros a fazer tudo que ele quer, basta olhar nos olhos da pessoa. O casal e a filha trocam constantemente de cidade, fugindo da instituição que fez isso com eles, na tentativa de salvar a filha.
Entretanto, Charlie começa a ter dificuldade de controlar seus poderes, constantemente instigada a ter raiva por conta do bullying na escola e numa dessas ocasiões ocorre um incidente, o que chama atenção da Capitã Hollister (Gloria Reuben), que está atrás da criança. A partir de então, começa uma fuga da família, perseguida por RainBird (Michael Greyeyes), outro personagem com poderes.
É fácil perceber as semelhanças com Carrie de King e sem dúvida é uma premissa bem rica, repleta de pontos intrigantes como ter personagens com poderes diferentes. A origem deles, o soro criado, os testes como cobaias é tudo bem perspicaz, ao melhor estilo do autor, mas o desenvolvimento é cheio de problemas. Além da superficialidade dos fatos, a trama não carrega tensão suficiente para empolgar, o roteiro até tenta embarcar no drama, deixando o terror de lado, mas também não funciona e a ação na reta final é bastante previsível. Existe até um esforço de Ryan Kiera Armstrong e Zac Efron nas atuações, apesar das falhas no roteiro, mas a edição e CGI são bem medíocres.
Vale comentar que John Carpenter é um gênio, mas a trilha sonora estilo Halloween não combina com o longa e acabou destoando negativamente. E, particularmente, acho que a tradução do filme teria ficado melhor como a do livro, A Incendiária, ao menos ninguém se confundiria com o filme de Denzel Washington (Chamas da Vingança, 2004).
Chamas da Vingança não é um completo desperdício de tempo, tem uma enredo bom com personagens interessantes, mas longe de acender uma faísca de empolgação.
É uma produção mediana em que se percebe que era possível ser bem melhor, longe de acender uma faísca de empolgação.
Trailer
FICHA TÉCNICA
Título: Chamas da Vingança
Título Original: Firestarter
Direção: Keith Thomas
Data de estreia: 19 de maio de 2022
Universal Pictures Brasil
Michele Lima
Oi Mi! As obras deles são maravilhosas, pena as adaptações nunca ficarem nem na média. Das que vi, It foi a única que gostei. Bjos!! Cida
Moonlight Books
Realmente ficaria melhor como “A incendiária” mesmo. Achei que fosse um remake do fabuloso filme de Denzel Washington.
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