Emily em Paris – Segunda Temporada [Crítica]

Depois e muitas polêmicas por conta da indicação ao Globo de Ouro, a segunda temporada de Emily em Paris chegou na Netflix com muito menos ruído e faz todo sentido porque se por um lado as conveniências do roteiro que eram evidentes na primeira temporada melhoraram bastante, por outro, a trama deixou muito a desejar no quesito emoção.

Uma das minhas críticas em relação a série é a forma como Emily (Lily Collins)  lida com algumas questões pessoais. Quando ela conheceu Gabriel (Lucas Bravo), de fato, ela não sabia nada da namorada dele, mas uma vez que Camille (Camille Razat) se torna sua amiga e até cliente da empresa que trabalha, eu esperava uma atitude mais madura de Emily e encontrei novamente a protagonista se comportando como adolescente. No entanto, em determinado momento, a protagonista vai descobrir da pior maneira que não dá pra manipular a vida dos outros, ainda que seja cheia de boas intenções.


A questão do francês também permanece na história, mas agora que foi reprovada no curso de francês,  Emily está empenhada em aprender a língua (finalmente). E é lá que ela conhece seu novo interesse amoroso, Alfie (Lucien Laviscount), um londrino rabugento que tem verdadeira aversão a Paris, mas Emily vai tentar convencê-lo a mudar de ideia. E claro, novamente, vemos vários erros da protagonista que não é completamente sincera com Alfie.

A parte amorosa de Emily não me empolgou, mas dei boas risadas com Camille chamando a protagonista de sociopata analfabeta por cartas e era mesmo a intenção de ser um episódio mais engraçado e conseguiram. Entretanto, o melhor da segunda temporada fica por conta da parte profissional de Emily e acho que o roteiro deveria focar mais nisso. Na reta final Kate Walsh chega para agitar a trama que estava ficando cada vez mais morna. Madeline chega em Paris para colocar ordem no escritório e tem um enfrentamento direto com Sylvie (Philippine Leroy-Beaulieu) e as diferenças culturais de como gerir uma empresa é gritante. E neste aspecto, a série a acertar muito bem.


Em relação aos coadjuvantes, acredito que apenas Mindy (Ashley Park) teve sua história mais desenvolvida, encontrando uma banda e um novo amor. Sylvie tem um novo par romântico levantando questões de diferenças de idade, mas com pouco espaço na narrativa. Destaque sempre para Luc (Bruno Gouery), um ótimo personagem.

Enfim, Emily em Paris começou bem, ficou muito morna no meio do caminho e depois bem melhor nos episódios finais. Os figurinos continuam excepcionais, a ambientação focada na parte bonita da França e uma boa trilha sonora. Infelizmente, o romance não é dos melhores, mas espero que possam focar mais na rotina de trabalho da Emily que neste caso sim, tem um enorme potencial. 

Michele Lima

One thought on “Emily em Paris – Segunda Temporada [Crítica]

  • 11 de janeiro de 2022 em 03:25
    Permalink

    Oi, Mi
    Eu ainda não conferi a série, na verdade não tenho muito interesse pelos comentários a respeito da traição, mas tem muita gente que está adorando, tanto que já foi renovada até pra mais duas temporadas. E eu vejo as fotos dos looks e acho divinas também, queria umas roupinhas kkk
    Beijo!
    https://capitulotreze.com.br/

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