Fullmetal Alchemist Brotherhood [Crítica do Anime]

Fullmetal Alchemist Brotherhood disponível na Netflix é uma adaptação do mangá Fullmetal Alchemist da Hiromu Arakawa. Há duas versões sobre a obra, a primeira é Fullmetal Alchemist (2003) e a segunda (2009), que é a que abordarei nesse texto, é a que segue mais fielmente o mangá. Por isso, fica aqui uma sugestão apenas: assista primeiro ao Brotherhood, que segue a história presente no mangá do início ao fim.
A história tem como protagonistas dois irmãos, Edward e Alphone Elric, que estão em busca de recuperar seus corpos, depois de uma tentativa de trazer de volta a mãe morta, e para isso perseguem a Pedra Filosofal. Resumidamente, essa é a jornada dos dois ao longo dos 64 episódios da trama. E aqui trarei as razões do porquê esta é uma trama tão popular e querida dentre os que assistiram.
Primeiro de tudo, Fullmetal foge aos padrões usuais do battle shounen, a começar pelo protagonista. Edward não é uma pessoa atrás de ser o mais forte ou algo assim, apenas deseja que ele e seu irmão voltem ao normal. Edward precisa de mais conhecimento do que tudo, e a animação nos mostra isso, o desenvolvimento das ideias e em como ele chega a essas conclusões; isso se estende aos outros personagens da trama, que também são muito inteligentes em suas expertises.
Falando em personagens, além dos protagonistas, os coadjuvantes são muito carismáticos e com histórias de peso, são importantes para trama, têm seus momentos de brilhar, assim como os antagonistas, é difícil apontar favoritos se tratando dessa animação pela quantidade de personagens que nos conquistam por suas sacadas brilhantes, ou habilidades, ou suas histórias… Muitos fatores.
Outra questão muito presente nesta animação são as referências, a autora e o estúdio Bones (responsável pela adaptação das duas versões) fizeram um trabalho delicado e complexo, há todo tipo de referência: história, alquimia, militarismo, filosofia… A que de cara é perceptível é que o universo foi baseado na Alemanha no seu período de transição para industrialização, e todo o cenário tem referências a isso. A própria história de Amestris flerta com a história da Alemanha, assim como as referências alquímicas, que são as mais diversas, levariam textos longuíssimos para falar cada uma delas, o que resume um pouco do cuidado e pesquisa que foi realizado para a criação desse universo, desde a trilha sonora, realizada pela Filarmônica de Varsóvia, até o trabalho de dublagem, a dublagem brasileira é excelente.
Por fim, Fullmetal é uma animação que tem seus momentos mais pesados, mas não deixa de trazer humor e leveza, tem lutas muito boas, mas acompanhadas de inteligência e soluções que fogem ao simples “treinar uns meses, ficar forte e vencer o vilão”, consegue balancear seus elementos muitíssimo bem, é o que o torna popular e muito bem avaliado no geral, ficando sempre no topo dos rankings quando se fala em animes; é um que, se você não está acostumado e quer começar a ver, é um ótimo começo e se já gosta de animações é praticamente uma obrigação ao menos assistir uma vez.

Allana Leal

One thought on “Fullmetal Alchemist Brotherhood [Crítica do Anime]

  • 25 de agosto de 2021 em 14:21
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    Descobri este site essa semana e já estou adorando os conteúdos, são ótimos!

    Parabéns! 👏

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