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Família Upshaw [Crítica da série]

Criada por Regina Y. Hicks e Wanda Sykes, Família Upshaw é um sitcom nos moldes mais clássicos, que mostra o cotidiano de uma família afro-americana. Bennie Upshaw (Mike Epps) é o desajustado protagonista, mecânico casado com Regina (Kim Fields). Eles têm três filhos: Bernard Jr. (Jermelle Simon), que nasceu quando eles estavam no ensino médio, Aaliyah (Khali Spraggins), de 13 anos, e Maya (Journey Christine), de 6 anos. Porém quando estavam brigados Bennie sai com outra mulher e nasce Kelvin (Diamond Lyons), de também 13 anos.
Vamos acompanhar a vida da família que tem inúmeros problemas, Regina consegue aceitar Kelvin, mas a marca da traição no casamento (ou não era traição, é um ponto questionável na trama), se faz presente em diversos momentos, até porque Bennie para não machucar a esposa, sempre acaba escondendo algo que acaba sendo motivo de confusão na série. A relação de Regina com Tasha (Gabrielle Dennis), mãe do Kelvin, é péssima, bem como a relação de Bennie com a sensacional Lucretia (Wanda Sykes), sua cunhada. O protagonista também tem dificuldade com o filho mais velho que é ressentido pela negligência do pai durante a infância.
A série aborda diversos temas interessantes como relacionamentos homoafetivos, filhos fora do casamento, adultério e Regina tem um ótimo plot sobre focar na sua carreira profissional depois de ter três filhos. No entanto, a importância da paternidade está sempre em evidência, Bennie tenta ser um pai melhor, embora Lucrécia pegue em seu pé constantemente, o que nos traz diálogos maravilhosos entre os dois personagens.
É bem visível que Família Upshaw se inspira em séries mais antigas como Eu, a patroa e as crianças, segue o mesmo formato e consegue ter um roteiro até que bem ousado. Também apresenta semelhanças com Um maluco no pedaço e Marlon da Netflix. Yvette (Bresha Webb) e Lucretia se parecem bastante.
Família Upshaw tem um ótimo elenco, é repleta de clichês, é verdade, mas entrega representatividade, com bons temas e um ótimo humor. Série “confort” curtinha de apenas 10 episódios que me agradou bastante por não entregar personagens padronizados.

Michele Lima
Na Nossa Estante

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