A ilha do tesouro [Resenha Literária]
Quando criança minha professora reunia a turma num círculo e lia a adaptação de A ilha do Tesouro, era algo mágico pra mim, inesquecível, tanto que quando adulta nunca perdi a vontade de realmente ler o livro de Robert Louis Stevenson por completo, o mesmo autor de outro clássico, O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hydel. Aliás, li O Médico e o Monstro e outros contos do autor, antes de conseguir, enfim, entrar em contato novamente com A ilha do Tesouro. A espera valeu a pena.
Quase todo o livro é narrado por Jim Hawkins, exceto por três capítulos em que o Dr, Livesey assume a história. O protagonista é um jovem órfão de pai que mora numa pensão e recebe a visita de um velho lobo do mar, o que muda tudo em sua vida. Quando Billy Bones morre, Jim descobre que outras pessoas estavam atrás dele não só por dinheiro, mas também por conta de um mapa com a localização de ilha com o tesouro do lendário Capitão Flint. Jim é um jovem esperto e não deixa escapar a oportunidade de ficar rico e se envolve em uma grande aventura, com direito até motim de piratas!
Em poucas páginas a gente percebe que é um livro cheio de personagens masculinos voltado para o público infantojuvenil, o que fez de A ilha do Tesouro um livro importante, afinal, não era nada comum ter a figura do pirata em história para jovens. Sem dúvida, Robert Louis Stevenson popularizou o gênero, hoje tão familiar para todos nós, principalmente no cinema! E ainda é importante ressaltar toda a complexidade de alguns personagens do autor, como Long John Silver, manipulador e com caráter duvidoso, uma pessoa ardilosa que ainda assim fascina bastante. Diferente de outros, como Capitão Smollett, Dr. Livesey e Sr. Trelawney, que são mais simples, mas também bem interessantes.
Jim é um típico jovem corajoso que passa por um processo de amadurecimento durante a aventura, os perigos são constantes e a morte não é um tabu mesmo tendo como alvo um público mais jovem, inclusive no inicio da história é perceptível o luto do protagonista com a morte do pai.
À medida que a história avança os perigos são maiores e tememos por Jim, a narrativa é bastante envolvente, o leitor se prende com a aventura e também com a curiosidade em saber como toda a tripulação escapará, qual será o final deles? A ambientação no mar e em terra é ótima e a vida dos piratas é bem detalhada. E apesar de não ser um final surpreendente, não temos aqui lição de moral por conta de Silver, o que foi bem positivo, saindo um pouco do padrão de livros para o público infantojuvenil.
Ler A ilha do Tesouro foi uma ótima experiência, bem diferente daquela de quando criança, já adulta é possível notar melhor as nuances do protagonista, perceber que as características narrativas de Robert Louis Stevenson, e sua ousadia em não mascarar a realidade dos fatos para as crianças, trazendo uma excelente aventura.
Vale destacar a edição linda do selo Clássicos Zahar, com uma introdução sobre a vida do autor no início e ilustrações durante a história.
Ameeei essa edição, já quero!
Blog Entrelinhas
Oi Mi, td bem?
Achei muito bonita a capa!
Tbm tenho curiosidade de ler os originais de algumas obras adaptadas que li nessa época da escola!
Nunca tinha ouvido falar em A ilha do tesouro, mas histórias de piratas são sempre legais!
Bjs
A Colecionadora de Histórias – Blog
Zahar como sempre arrasando nas edições, mas taí um clássico que nunca ouvi falar kkkkkkkk
Beijos
Balaio de Babados
Olá, Michele.
Essa edição está muito linda. Eu li esse livro quando criança, mas não foi a versão adaptada não hehe. Eu era aquele tipo de criança que lê Agatha Christie e King hehe. Mas confesso que não lembro muita coisa da história não.
Prefácio
Oi, Michele. Tudo bem?
Eu também quero reler esse livro agora que estou adulta, sempre tive muita paixão por ele, tive edições resumidas com ilustrações, edições completas, várias edições mesmo e depois assisti Black Sails (que se passa antes do livro, prepara todo o universo). Sou realmente muito apaixonada por essa história e amei essa edição e sua resenha.
Beijos, Vanessa
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