Codinome Villanelle [Resenha Literária]
Se você nunca leu um romance de espionagem, acho que esse é ótimo para começar.
O mundo não gosta de gente como você, homens ou mulheres que nascem desprovidos de consciência ou da capacidade de sentir culpa. Vocês representam uma fração ínfima da população geral, mas, sem vocês.. sem predadores, gente que consegue pensar o impensável e agir sem medo ou hesitação, o mundo não anda. Você é uma necessidade evolutiva.
Villanelle é uma das assassinas mais habilidosos do mundo. Arrancada de uma prisão russa, onde teria cumprido uma sentença de prisão perpétua por matar os assassinos de seu pai, ela trabalha para uma organização sombria, cujos motivos ela não questiona. Ela mata quem manda matar e, em troca, leva uma vida confortável em um apartamento em Paris. Enquanto isso, na Inglaterra, a ex-agente do MI6, Eve Polastri, é contratada para chefiar uma força-tarefa com o único objetivo de rastrear e parar Villanelle.
Codinome Villanelle, de Luke Jennings, é um emocionante thriller de espionagem que foi a base da série de televisão Killing Eve, estrelando Sandra Oh (de Grey’s Anatomy) como Eve Polastri e Jodie Comer como Villanelle. O livro é diferente da série de TV no que diz respeito a alguns pontos menores da trama, o que torna possível apreciar o livro e o programa sem que nenhum deles estrague o outro. A essência da história, incluindo o jogo mortal de gato e rato entre Eve e Villanelle, permanece a mesma.
O livro é repleto de cenários internacionais, moda, belas cidades e cenários e dois personagens principais que são estranhos, difíceis e, em última análise, bastante amáveis.
O romance é uma compilação de quatro novelas, publicadas pela primeira vez entre 2014 e 2016, o que explica a maneira como o livro é dividido em capítulos tão longos, e só chegou ao país agora como lançamento da Editora Suma. A trama tem uma sensação de Ian Fleming, com espiões tentando descobrir uma cabala secreta conspirando para controlar o mundo. Também tem semelhanças com o filme de Luc Besson, de 1990, Nikita.
Jennings compromete boa parte da história para explorar como é ver Villanelle crescer como psicopata. Sua psicologia é o que em última análise a torna uma personagem atraente.
Villanelle é um personagem intrigante, pelo qual passei a sentir simpatia, apesar de sua crueldade. Ela me lembrou Dexter, de Jeff Lindsay, enquanto continua dizendo que não se importa com ninguém ou com qualquer coisa que pareça protestar demais. Eve também não está isenta de falhas e, ocasionalmente, comete erros desastrosos ao manipular seus relacionamentos pessoais com seu trabalho secreto e exigente. Como na série de TV, o suspense de roer unhas alterna com momentos estranhos e engraçados decorrentes da vida doméstica de Eve e o sombrio senso de humor de Villanelle sobre seu trabalho.
Minha única crítica real ao romance é que ele termina muito abruptamente, ficamos com aquele gostinho de quero mais, aguardo ansiosa por sua continuação. Jennings conseguiu um equilíbrio por aqui, entre o estranho e o crível, sobrecarregando os horríveis assassinatos com emoções humanas palpáveis, em uma história divertida, emocionante e com certeza será diferente de tudo o que você leu recentemente.
FICHA TÉCNICA
Título: Codinome Villanelle
Autor: Luke Jennings
Nota: 4/5
Onde Comprar: Amazon
Olá…
Adorei a sua resenha!
Esse livro está na minha lista de desejados e estou simplesmente loooooouca pra ler! Seus comentários a respeito me fizeram desejar a leitura ainda mais…
Bjo
http://coisasdediane.blogspot.com/
Olá, Natália.
Eu recebi o ebook da editora mas como vi alguns comentários negativos, principalmente sobre os capítulos grandes, acabou não lendo ainda. Acho que se fosse fã da série estaria mais animada, mas como nunca assisti toda vez que vou procurar um livro no kindle para ler acabo escolhendo outro hehe.
Prefácio
Oi, Nat! Tudo bom?
Eu tô ansiosa pra ler esse livro E pra ver a série. Não fiz nenhum dos dois ainda porque minha vida é uma bagunça completa nessa quarentena UHHUASHUASHUSA mas vai acontecer!
Sou apaixonada na Villanelle e ela me lembra demais meu sentimento pelo Hannibal; sei que tudo que a criatura faz é vil e errado e cruel, mas aproveito que é ficção porque não sei frear o amor 😛
Beijos, Nizz.
http://www.queriaestarlendo.com.br
Oi Nat, tudo bem?
Sempre vejo todo mundo falando bem sobre a série e fiquei muito curiosa pra ler o livro. Adoro essa premissa, apesar de nunca ter lido (pelo que me lembro haha) nada nessa vibe!
Fico feliz que tenha tido uma boa experiência e ele com certeza já foi pra lista
Beijos,
Fantasma Literário
https://ofantasmaliterario.blogspot.com/ ❤
Confesso que tenho mais vontade de conferir a série que o livro, mas ainda pretendo ler sim
Beijos
Balaio de Babados
Hey Naty!! Eu conversei contigo sobre o livro, assim sendo meu comentário não te causará tanta surpresa. Eu não curti a elaboração da história. Minhas expectativas estavam lá em cima e caíram pra baixo kkkk. Mas a personagem, uau!! A melhor de todas desde Kill Bill volume 2.
Beijos
https://www.aculpaedosleitores.com.br/