O retorno de Mary Poppins [Resenha do Filme]

Quando criança tinha uma locadora de filmes perto de casa, lugar que trabalhei por um ano quando adolescente, inclusive. Ir até lá era uma diversão, ficava horas escolhendo um desenho pra assistir e um dia encontrei Mary Poppins e fiquei viciada no longa. Com menos de seis anos e sem saber ler eu insistia para minha mãe alugar o filme mesmo quando só tinha legendado, não importava os diálogos, tudo parecia muito mágico. Ao longo dos anos, por ter a edição de colecionador, revi o filme várias vezes e a sensação de encantamento sempre é a mesma e por isso, acho normal que eu tivesse certo receio que a continuação.

Fiquei feliz ao descobrir que O retorno de Mary Poppins apesar de não ser melhor que o primeiro filme, já que é difícil mesmo superar clássicos, conseguiu manter a alma do original, mesmo que a autora dos livros em que os roteiros foram baseados talvez esteja até agora se revirando no túmulo. Isso porque as duas obras da Disney não são exatamente fiéis aos livros e não vejo o menor problema. Para mais detalhes recomendo o filme Walt nos Bastidores de Mary Poppins.
O longa começa com o retorno da babá, agora vivida por Emily Blunt. Isso porque a família Banks está passando por sérios problemas financeiros. Michael (Ben Whishaw) perdeu a esposa e precisa criar os três filhos com a ajuda da irmã Jane (Emily Mortimer), mas está sem condições de pagar a dívida do banco que quer sua casa, a mesma que morava com a irmã quando tiveram a ajuda da Mary Poppins. A babá chega e não encontra tanta resistência com as crianças, mas elas acham que podem se virar sozinhas, até se encantarem com todos os truques mágicos de Mary Poppins. E como no original, a babá faz mais do que cuidar das crianças e ajuda nas relações familiares em todos os sentidos.
Bert vivido por Dick Van Dyke (que também aparece neste filme) tem seu substituto na figura do simpático Jack (Lin-Manuel Miranda), que era criança quando viu Mary Poppins pela primeira vez e assim como no primeiro filme, muitos personagens parecem conhecer a babá há muito tempo.

O longa segue os mesmo caminhos do primeiro, temos momentos mágicos com cenas musicais e se antes as crianças entraram numa pintura, agora elas entram numa peça de porcelana com direito a desenho 2D. Os fãs como eu vão facilmente reconhecer antigos personagens que encantaram as primeiras crianças Banks e confesso que ver o almirante novamente é um tanto nostálgico. O banco continua sendo de certa forma um vilão, uma crítica bem clara ao sistema de exploração e a pipa ainda é um objeto importante no filme.

O elenco conta com Meryl Streep sendo prima da protagonista, e Colin Firth como o presidente do banco. As crianças são bons atores mirins e Emily Blunt consegue manter a mesma postura da primeira Mary Poppins da inesquecível Julie Andrews. Poppins nunca sai de sua pose, explica pouca coisa sobre si mesma e ensina bastante às crianças sobre criatividade, amor e respeito.
As músicas embora não tenham me cativado da mesma forma que as do primeiro filme, chama atenção pela qualidade, destaque para Can You Imagine That? na maravilhosa cena do banho (que substitui ao meu ver a cena da arrumação do quarto) e The Royal Doulton Music Hall durante o passeio de carruagem.

O retorno de Mary Poppins conseguiu manter a essência do primeiro, seguindo praticamente os mesmos caminhos do longa de 1964, as semelhanças são enormes, sendo uma verdadeira homenagem! É mágico, encantador, familiar e uma linda aventura!
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: O retorno de Mary poppins
Título Original: Mary Poppins Returns
Diretor: Rob Marshall
Data de lançamento no Brasil: 20 de dezembro de 2018.
Nota: 5/5
Disney
Michele Lima

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