Talvez uma história de amor [Resenha do Filme]
Sei que ainda muita gente torce o nariz para produções brasileiras e algumas infelizmente só ressaltam o que há de pior nelas com piadas bobas, de duplo sentido e previsíveis, mas acreditem, Talvez uma história de amor foge completamente desse padrão, com um roteiro e piadas bem inteligentes, uma excelente produção e atuações ótimas, o longa com Mateus Solano não deve em nada à produções americanas.
Virgílio (Mateus Solano) é um homem metódico, cheio de manias, não gosta de mudar nada na vida dele, até o ponto de rejeitar uma promoção porque ele não quer mudanças. No seu local de trabalho, o protagonista é ótimo em publicidade, não usa computador, escreve tudo à mão e em casa seu apartamento é completamente retrô: os eletrônicos são antigos, seu celular tem antena e ele ainda usa uma secretária eletrônica de décadas passadas. E é ouvindo a secretária que ele descobre uma mensagem bem estranha: Clara está terminando o namoro com ele, ela o ama, mas não dá mais pra continuarem. Mas, quem é essa mulher? Virgílio não sabe e nem nós sabemos!
Ao se consultar com sua psicóloga (Totia Meireles), Virgílio começa a buscar lembranças e pessoas que o digam quem é Clara e os motivos do fim do namoro! E com isso o protagonista inicia uma jornada divertida, montando um quebra-cabeça difícil para descobrir a identidade da sua namorada esquecida nas suas memórias e vai conversando com diferentes pessoas que conheceram o casal para tentar chegar em Clara, o que não é nada fácil.
Ao longo da história vamos conhecendo aos poucos, juntamente com o próprio protagonista, o relacionamento dele com Clara, como se conheceram, o que faziam juntos e os motivos do fim do namoro. A cada descoberta uma surpresa para Virgílio e o espectador vai ficando cada vez mais curioso para saber como termina.
Se não bastasse a intrigante e diferente história de amor, ainda temos momentos hilários com Virgílio achando que tem um tumor no cérebro, como bom paranoico, e toda a sua interação com os amigos e principalmente, com sua vizinha Katy (Bianca Comparato), já que a personagem é o oposto do protagonista e ainda tem um cachorro que só se acalma escutando Frank Sinatra.
O humor às vezes se encontra nas trapalhadas de Virgílio, que são muitas, mas também na sutileza dos diálogos, nas expressões de Mateus Solano e sua química com Bianca Comparato não poderia ser melhor. O longa também conta com muitas participações especiais como Paulo Vilhena, Nathalia Dill, Marco Luque, Dani Calabresa e atriz Cynthia Nixon de Sex and the City!
O filme é ambientado em São Paulo, passando por lugares históricos da cidade e parcialmente gravado em Nova Iorque. E a trilha sonora merece um enorme destaque, combina perfeitamente com cada situação apresentada.
Talvez uma história de amor é uma comédia romântica bem original, baseada no livro homônimo de Martin Page, com um protagonista extremamente cativante. Aconselho não tentarem descobrir quem é a Clara olhando nos créditos para aumentar o suspense, já que me vi bastante envolvida na busca pela namorada de Virgílio, rindo de todas as situações em que o personagem se envolve. Um filme inteligente, com uma ótima produção, certamente o público, assim como eu, vai gostar de assistir.
O diretor, roteirista e produtor Rodrigo Bernardo e o autor Mateus Solano atenderam a imprensa para comentar sobre o filme Talvez uma história de amor.
Rodrigo nos contou sobre o aspecto positivo e negativo de ter três funções no mesmo filme, já que ter a cena em mente já o ajuda na hora de dirigir, mas que às vezes ficava mais atarefados com três tarefas.
O roteiro foi baseado no livro homônimo de Martin Page, mas o final é diferente e teve a aprovação do autor que não se importou com as modificações do diretor que foi além de mudar o fim de Virgílio e Clara. Rodrigo também acrescentou novos personagens à trama .
Para o diretor a cidade de São Paulo é apresentada de modo poético e cada lugar foi pensado para as cenas e ele não desistiu até conseguir fazer as gravações onde queria.
Sobre seu personagem, Mateus nos conta que não tem as mesmas neuras que Virgílio, mas que gostou do personagem e de principalmente trabalhar com Thaila Ayala e Cynthia Nixon. Ainda acrescenta que foi difícil falar em inglês nas cenas com a atriz de Sex and the City.
Sobre a trilha sonora que chama bastante atenção, o diretor comentou que as músicas foram pensadas junto com o roteiro, o que o ajudou bastante na hora da produção.
Oi Mi,
Não sabia que era uma adaptação literária! Mas eu já queria assistir por amar uma comédia romântica.
E acho que preciso prestigiar mais o cinema nacional, foco tanto na literatura e não posso esquecer os filmes, né? rs
Beijos
https://estante-da-ale.blogspot.com
Legal ouvir comentários positivos de um filme nacional. Parece amorzinho esse. Nem tinha ouvido falar dele..
http://www.vivendosentimentos.com.br
Oi Mi! Vi o trailer no dia que fui assistir Oito Mulheres e achei bem interessante, fiquei bastante curiosa para saber o motivo dele ter esquecido a namorada e quem era ela. Bjos!! Cida
Moonlight Books
Oi, Mi
Eu gosto de alguns filmes brasileiros, mas em sua maioria todos são idiotas, ou dramáticos demais, af. Eu adoro o Matheus Solano, ele é um xodózinho pra mim. Não estou indo ao cinema mas se pudesse, com certeza assistiria o filme.
Beijos
http://www.suddenlythings.com/
Oi, Mi!
Não sabia sobre esse filme, nas verdade estou meio desatualizada em relação à cinema rsrs. Mas adorei a sua crítica e por causa dela já vou colocar o filme na minha listinha. Admito que tenho receio em relação as comédias brasileiras, pelos motivos que você mesma citou. Mas irei dar uma chance para Uma história de amor, pois sei que tem muito filme brasileiro bom por aí, eu mesma tenho vários na minhas listinha de favoritos ♥
Abraços!
https://bloghistoriasliterarias.blogspot.com/