Todo o dinheiro do mundo [Resenha do Filme]

Sempre que um filme é baseado em fatos reais eu fico ainda mais curiosa e com Todo o dinheiro do mundo ainda havia o fato de ter sido regravado todas as cenas de Kevin Spacey como o bilionário J. Paul Getty, por conta das acusações de assédio contra o ator. Em seu lugar entrou Christopher Plummer e isso atiçou ainda mais minha curiosidade, sem contar a direção de Ridley Scott. Devo dizer que não dá pra perceber que as cenas foram regravadas, mesmo porque toda a ambientação é escura, combinando perfeitamente com a personalidade fria e sombria de um dos homens mais rico do mundo.
Gail Harris (Michelle Williams) é mãe de três filhos e com o marido alcoólatra e desempregado tenta a reaproximação da família com o genro, algo que dá certo até seu divórcio. Gail nunca quis o dinheiro de Getty, apenas os filhos, mas o bilionário não era um homem de perder absolutamente nada. Tempos depois, John Paul Getty III (Charlie Plummer), supostamente o neto mais querido, é sequestrado e o avô se nega a pagar pelo resgate. Desesperada, começa a luta de Gail para convencer Getty a dar o dinheiro, que não seria absolutamente nada para ele, inclusive vemos o magnata do petróleo comprando um quadro caríssimo enquanto durava o sequestro do neto. No entanto, Getty até tenta encontrar John Paul, ao mandar Fletcher (Mark Wahlberg) ajudar Gail na busca pelos sequestradores. 
O tempo passa e metade do longa tem uma narrativa extremamente lenta e enfadonha, até que John Paul é vendido para outros sequestradores e assim, o filme acaba tendo uma boa virada. Os novos bandidos não possuem a mesma paciência dos anteriores, embora o enigmático Cinquanta (Romain Duris) permaneça ao lado de John Paul, já que parece ter desenvolvido afeto pelo menino. Entretanto, eles são capazes de cortar a orelha do rapaz e fazer muito mais caso não tenha o valor do resgate.
Ao longo da trama vamos acompanhando Gail como uma mulher forte e chega até mesmo a ser questionada por não aparecer chorando, mas ela é uma daquelas mulheres de atitude, que preferem achar uma solução do que ficar soluçando pelos cantos. Na reta final, o filme começa a ficar mais tenso, mais dramático e percebemos que Michelle Williams passa a carregar todo a história, não só pelo carisma da personagem e seu sofrimento, mas também porque a atriz dá um show de atuação, melhor do até que Christopher Plummer e principalmente melhor do que Mark Wahlberg, que tem um tempo de tela menor e que recebeu bem mais que Williams fazendo uma atuação pífia.

Todo o dinheiro do mundo tem uma trama bem simples, bem amarrada, sem pontas soltas, com boa fotografia, mas com alguns problemas de ritmo e de roteiro, já que toda a parte que envolve o sequestro em si não empolga o suficiente, apenas quando temos Gail e Getty em cena, o que faz com que a atuação de Michelle Williams seja o grande destaque do longa. De qualquer forma, é uma história interessante para se pensar sobre o verdadeiro sentido do dinheiro.

Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: Todo o dinheiro do mundo
Título Original:All the Money in the World 
Direção: Ridley Scott
Data de lançamento: 01 de fevereiro de 2018
Nota: 3/5
*conferimos o filme na cabine de imprensa
Michele Lima

4 thoughts on “Todo o dinheiro do mundo [Resenha do Filme]

  • 1 de fevereiro de 2018 em 20:07
    Permalink

    Oi Mi!
    A única coisa que posso dizer desse filme é: "NOSSA!!!".
    Espero gostar do filme, porque a sua impressão sobre foi bem interessante.

    Beijoss, Enjoy Books

    Resposta
  • 2 de fevereiro de 2018 em 01:57
    Permalink

    Oi Mi! Tudo bom?
    Esse filme não é exatamente aquele tipo que eu assisto na animação, mas fiquei bem curiosa com a história – e também palmas pro diretor por ter trocado o ator depois do escândalo. Oi @ jk rowling dá vontade né?
    Bom saber que a trama é bem amarradinha.

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

    Resposta
  • 6 de fevereiro de 2018 em 12:03
    Permalink

    Oi Mi,
    Tudo?
    Estou voltando aos pouquinhos de féria e vim te visitar. Eu só tinha visto esse filme por aí, mas nem sabia do que se tratava, como você sou fascinada por histórias reais, porém confesso que não fiquei muito animada em ver esse afinal parece ter um ritmo meio lento né? Gostei da resenha e estava com saudades de ler suas críticas sobre os filmes.
    Beijos
    Raquel Machado
    Leitura Kriativa
    http://leiturakriativa.blogspot.com.br/

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Crítica: A Esposa do meu marido Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino 5 doramas dublados no Star+
Crítica: A Esposa do meu marido Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino 5 doramas dublados no Star+