Terapia musical

Esse nome enorme aí na foto é o nome do projeto solo do querido-simpático-lindo-charmoso Farin Urlaub, que é o loiro no meio dessa gente toda. Ele é um dos médicos do Die Ärzte (pra entender a piada tosca: “die Ärzte” significa “os médicos”) e devo dizer que ele merece bem mais o título de ‘doutor’ no trabalho solo dele. Ok, eu adoro Die Ärzte, eles são os reis da avacalhação, o Rod é um querido, o Bela um psicopata e o Farin… bem, deixemos assim. 
A questão é que a minha cabeça anda girando enquanto tendo descobrir o que faço da minha vida e, ouvindo FURT (abreviação do nome enorme) descobri que, além de ter sido um pecado ter passado um ano na Alemanha e nem ter tentado chegar perto do Farin, ele merece entrar na lista dos meus gurus musicais. Sim, ele tem músicas meigas e músicas que avacalham também, mas parei pra traduzir três canções dele que servem por umas sessões de terapia. 
“Glücklich” é do primeiro CD ,“Endlich Urlaub!”, (vou resistir a escrever linhas pra explicar a piada no título), e é a que realmente me faz amar o Farin de todo o coração (ignorando a suspeita de alguns de que eu não tenho um). “Tanto faz quem você é, o mais importante é se te faz feliz”, diz a música. Preciso dizer algo mais? É um tapa na cara pra quem não quer admitir o que realmente quer fazer da vida (como mandar metade do universo se explodir). 
“Porzellan” vem do segundo álbum, “Am Ende der Sonne”, e  fala justamente dessa mania de reclamarmos que tudo tá uma porcaria, mas não fazer nada para mudar. Sabe aquela de se sossegar no trabalho que já não tem a mesma graça, ter covardia de sair e ainda chamar de maluco os que são meio incertos na vida? Pois é, é por aí. Ou mesmo quando só o que falta pra tudo dar certo é coragem pra assumir a questão e, na covardia, preferimos ficar sentados reclamando e desejando ser uma pessoa melhor sucedida (como se as pessoas bem sucedidas – e felizes- não tivessem jogado tudo pro alto em algum momento da vida). 

A terceira e última parte da terapia é “Karten”, do último CD – da época da foto lá em cima, “Die Wahrheit übers Lügen”. Bom, essa é um resumo de tudo e um tapa enorme na cara. É a lembrança daquelas pessoas que ficam sempre de olho em ti e percebem que tu não sabe o que quer da vida – ou que sabe e não se abixalha pra ir atrás. “E não desapareça no meio do caminho” leio eu como: não desista depois de meio caminho andado ou, pior, não tente apenas fugir de tudo e de todos (é meio que impossível). 

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Mas enfim, vamos falar mais do Farin, já que ele é o loiro mais charmoso e querido do universo (de verdade, minha lealdade com os morenos está indo pro espaço). Ok, não achei nenhuma foto decente, mas ele tem um sorriso irônico fabuloso – no primeiro vídeo, depois de aparecer a mulher, há uma mostra disso – e só os melhores desenhistas do Coringa conseguem reproduzir. 
Bom, vamos às informações pertinentes (ou não).
– Ele também é fotógrafo
– Ele é torcedor do Botafogo (não me perguntem o sentido disso, fiquei chocada quando reconheci o brasão em vídeos desse show).
– Ele fala japonês, espanhol e sei lá mais o quê, além de português (só acreditei quando ouvi essa música). 
– Ele é de Berlim. 
– Disse que ele é lindo, charmoso, simpático, irônico e querido? 
Melhor parar por aqui. Até um dia!

One thought on “Terapia musical

  • 30 de abril de 2014 em 21:43
    Permalink

    Meu gosto não bate muito com o teu Ana,
    mas ate que gostei de um das musicas
    que você linkou. Achei tb muito curioso
    o cara saber portugues. Quer dizer, quem
    no mundo sonha em aprender português?
    Imagino que deva ser descendente.

    Resposta

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