Museu de Arte de São Paulo (MASP) [Devaneios]
Depois de anos querendo conhecer o MASP, finalmente realizei o anseio na minha última estadia na capital paulistana. O complexo por si só já transpira história e é altamente democrático (embora, na prática, não seja tão assim). Fiquei totalmente encantada com as duas exposições as quais tive a oportunidade de visitar.
A primeira delas foi sobre os principais intelectuais no campo das artes a marcar o movimento modernista brasileiro e de alguma maneira também marcam a história do MASP.
É impressionante a capacidade criativa desse movimento tão libertário e ousado e, mais intrigante ainda é a quantidade de mulheres existentes no interior do movimento discutindo gênero e sociedade, técnicas, diálogos com outros campos do saber, entre outros elementos. Essas mulheres, por vezes, esquecidas na história, salvo os casos de Tarsila do Amaral e Anita Malfatti (bem menos recordada que Tarsila do Amaral, mas ainda sim é a segunda mulher citada quando se lembram da atuação feminina), são as responsáveis por importantes discussões sobre cidadania, direitos e acima de tudo por mostrar a diversidade cultural que se constitui o Brasil.
Quanto mais eu andava/viajava pelas telas e histórias dessas mulheres eu me perdia e me perguntava por que nos é rejeitado tanta informação. Sai da exposição em estado de euforia, com vontade de pesquisar e aprender mais.
Não satisfeita, me dirigi ao segundo pavimento do museu e encontrei com uma belíssima exposição sobre as telas de vários artistas desde
Rembrandt até Manet e Van Gogh, dando espaço ainda para uma série de
telas com tema sacro.
A princípio o visitante pode pensar que é uma exposição
desorganizada ou preparada as pressas e juntaram artistas e escolas distintas
de forma bem aleatória. Porém, num segundo momento, vislumbramos uma
história de técnicas, inspirações, desprendimentos (de normas, condições
sociais e culturas) e aberta para devaneios, os quais nos levam a concluir que a mente
humana sempre foi muito complexa, capaz de criar suas próprias
regras e romper com elas para dar respostas ao tempo e espaço em que esta mente
está vinculada.
Ao final de tudo isso, sai do MASP com as seguintes indagações:
afinal de contas por que levei tanto tempo para ir lá? E por que será que ainda
insistimos com a cultura de que museus são coisas de intelectuais?
O museu não
é preservação é ou ao menos deveria ser mais um lugar de lazer, o lugar de
outras vozes (que nem sempre nos chegam via mídias ou textos informativos) e
acima de tudo o lugar da integração.
Meu conselho: vá ao MASP um dia qualquer e se jogue nesse
encanto também. 😉
Bjs,
Juliana Cavalcanti
eu adoro ir ao masp. é um belo passeio. mesmo qd não tem exposições rotatórias o acervo é maravilhoso. beijos, pedrita
Não pude ir ao MASP quando estive em São Paulo, mas tenho vontade de conhecer!
Seguindo o blog! ;**
http://postandotrechos.blogspot.com.br/
Oi.
Puxa, eu tenho muita vontade de conhecer algum museu.
Como você disse, eu também não acho que seja algo específico para intelectuais.
Gostar de arte é apenas uma questão de gosto e não de ter mais conhecimento.
Quando eu for pra São Paulo (se eu for), é um dos locais que vou visitar.
Abraços.
Diego || Diego Morais Viana
Oi Juliana!
Esse post apareceu como relacionado em um outro post seu e vim aqui ler 🙂
Eu adoro museus! Não tem nada a ver com ser intelectual, e sim com aprender, com gostar de cultura.
Já fui ao Masp duas vezes e tenho muita vontade de ir de novo!
Beijos,
Sora – Meu Jardim de Livros