Anora [Crítica do Filme]

Anora e Ivan

Não, Anora não é continuação de A Sogra (2005) com Jane Fonda e Jennifer Lopez. Também não é essa maravilha toda que estão dizendo! Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2024 e de vários prêmios internacionais, Anora parte do mesmo ponto que Uma Linda Mulher (1990), ou seja, a história da Cinderela, onde a gata borralheira encontra seu príncipe encantado.

O diretor Sean Baker, que mostrou ser um talento nato com Tangerine (2015), filmado com 2 IPhone 5, Projeto Flórida (2017) e Red Rocket (2021), faz em Anora um repeteco de várias situações mostradas anteriormente, principalmente as cenas de corre-corre e as explosões histéricas dos seus personagens.

Anora (Mikey Madison, muito convincente) é uma prostituta que se casa de imediato com um jovem e imaturo cliente russo. Tudo vai bem até que o pai dele, um oligarca russo, fica sabendo e manda uns capangas até a mansão com o intuito de cancelar o casamento. Anora nem o ama e só quer sair da prostituição e Ivan (Mark Eydelshteyn) só quer um visto americano. A até então comédia romântica vira um jogo de gato e rato bem chato, onde o único alívio é a interação melancólica entre Anora e o capanga Igor, interpretado pelo ótimo ator russo Yura Borisov.

Filme Anora

Chamado de “frenético”, “vibrante”, “explosivo” e outras tantas expressões emocionadas, Anora não é nem uma coisa e nem outra. É apenas uma Sessão da Tarde incensada pela crítica pra ver e esquecer. A talentosa Mikey Madison segura bem o protagonismo depois de ser um dos destaques de Era uma Vez em Hollywood (2019) do diretor Quentin Tarantino. Os coadjuvantes são competentes também, inclusive o jovem Mark Eydelshtey que interpreta o interesse financeiro da protagonista.

A cineasta Greta Gerwig, então a presidente do júri no Festival de Cannes 2024, não resistiu e entregou a Palma de Ouro para Anora, o que causou muitas discussões entre a crítica que considera o evento muito sério para um filme sem profundidade ter sido o vencedor máximo. Estavam certos, Anora é bem sem vergonha.

FICHA TÉCNICA

Título: Anora
Direção: Sean Baker
Data de Lançamento: 23 de janeiro de 2025
Universal Pictures

Italo Morelli Jr.

One thought on “Anora [Crítica do Filme]

  • 28 de janeiro de 2025 em 12:40
    Permalink

    Não me interessei pelo filme. Obrigado pela resenha.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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