Emily em Paris – 4ª Temporada [Crítica]

É preciso confessar que Emily em Paris tem ficado melhor a cada temporada, ainda que eu ache a protagonista indecisa e cansativa, mas a série nessa quarta temporada nos apresentou uma personagem verdadeiramente sonsa: Geneviève (Thalia Besson). Além de Camile (Camille Razat) que é completamente dissimulada e quase uma caricatura de vilã de novela das nove.

A quarta temporada começa dando esperança de que Emily (Lily Collins) e Gabriel (Lucas Bravo) finalmente vão ficar juntos, mas os roteiristas dessa série amam um triângulo amoroso sem a menor necessidade. Será que é tão difícil assim a gente ver o casal de protagonistas tendo dificuldades normais em um relacionamento? Felizmente, a figura do Marcello (Eugenio Franceschini) é realmente atrativa e gostei de ver Emilly em outros ares, no caso em Roma!

Talvez o grande trunfo da produção seja ter uma duração curta com algumas situações divertidas. Assim, acaba se tornando uma série “confort”. Além disso, gosto bastante dos coadjuvantes, a trama de Sylvie (Philippine Leroy-Beaulieu) acabou sendo esvaziada, mas a série nos trouxe sua enteada, que promete aprontar bastante.  Seria Geneviève uma pequena vilã?

Temos também um curto plot de Julien (Samuel Arnold) na empresa rival e a história de assédio sexual que simplesmente acabou tão rápido quanto sua chegada, trataram um assunto sério com nenhuma profundidade. Já Mindy (Ashley Parkold), segue com uma personagem carismática, ainda lutando pelo seu espaço na indústria da música e complicações com seu namorado milionário. E Luc (Bruno Gouery), louco e engraçado como sempre, o melhor alívio cômico da série e com certeza merecia mais espaço!


Ao que tudo indica, na quinta temporada teremos Emily em Roma e eu adorei os episódios finais justamente pelos novos cenários! E não podemos esquecer dos incríveis (e às vezes questionáveis) figurinos de Emily!

Emily em Paris peca por fazer a protagonistas andar em círculos com seu relacionamento com Gabriel, além do fato de não conseguir entender como Emily segue sem fazer esforço nenhum para falar francês! Porém, a série acerta no tom ao nos entregar uma trama leve e divertida, despretensiosa. Só vale ressaltar que seja bem provável que se desgaste por conta de triângulos amorosos constantes…

Michele Lima

Na Nossa Estante

Share
Published by
Na Nossa Estante

Recent Posts

Genie – A Magia do Natal [Crítica]

Genie é um filme baseado no longa britânico Bernard and the Genie, de 1991 e…

14 horas ago

Banco Central sob Ataque [Crítica]

Com a temática de roubo, só que dessa vez baseado em fatos reais, e atores…

4 dias ago

Demon Slayer: Arco do Treinamento Hashira [Crítica]

A quarta temporada de Demon Slayer, Arco do Treinamento Hashira, chegou na Netflix dublada e…

1 semana ago

A Diplomata – Segunda Temporada [Crítica]

A segunda temporada de A Diplomata não demorou tanto para chegar no catálogo da Netflix,…

1 semana ago

Agatha Desde Sempre [Crítica da Série]

Kathryn Hahn roubou a cena várias vezes em WandaVision e segue espectacular em Agatha Desde…

2 semanas ago

Conectadas [Resenha Literária]

A primeira vez que vi um livro da Clara Alves foi num estande da editora…

3 semanas ago

Nós usamos cookies para melhorar a sua navegação!