Assassino Por Acaso [Crítica do Filme]

Glen Powell certamente está vivendo o melhor momento de sua carreira, já que vem ganhando cada vez mais notoriedade e se transformando em “queridinho” de Hollywood atualmente, por conta de seus filmes, atuações e simpatia. E mais uma vez essa “chama” pelo ator estará mais fortalecida com o lançamento de Assassino Por Acaso, principalmente para os brasileiros apaixonados, já que o longa, que é comédia romântica com elementos de ação, estreia nos cinemas nacionais justamente no Dia dos Namorados. 

O filme conta a história de Gary Johnson (Glen Powell), um professor universitário que também é um especialista em tecnologias e tem um segundo emprego. Ele auxilia a polícia com sua experiência na área para realizar intermediação de policiais disfarçados, que passam por assassinos de aluguel para capturar pessoas que os contratam por algum motivo. 

Contudo, com o afastamento do policial Jasper (Austin Amelio) que sempre exercia esse papel, seus colegas Phil (Sanjay Ra) e Claudette (Retta) decidem que para não perderem o caso, o professor todo engomadinho com cara de nerd Gary, deveria ir no lugar do policial para fazer o papel do assassino de aluguel na investigação.

Gary precisa mudar de personalidade para se “enquadrar” na situação, já que não tinha cara de um assassino nem fisicamente e nem na sua personalidade. Mas, no ato da investigação, Gary sente que ele tem um talento oculto para esse tipo de situação e acaba tudo ocorrendo bem. Então, a polícia designa o professor para seguir enquanto Jasper ainda não retorna.

Parece um pouco forçado a realização do ato, já que é uma pessoa sem experiência para o trabalho e em uma operação policial poderia ser imatura. E de fato é, porém, como é uma comédia, acaba se revelando. O propósito do desenvolvimento da trama vai deixando a jornada de Gary mais interessante com o desenrolar do filme.

O aspecto psicológico e sociológico em torno do personagem é o brilhantismo do filme, mesmo tendo vários alívios cômicos, principalmente nos colegas policiais do nosso protagonista. Glen agarrou o papel com todas as suas forças e entregou muito bem cada uma das diversas personalidades que estão presentes na produção. Ele acaba entrando como se fosse o “método” de atuação (ser e viver o personagem intensamente como parte integral de si), assim se fantasiando e mudando para prender cada um dos suspeitos.

 

No entanto, tudo muda quando ele conhece Madison Figueroa Masters (Adria Arjona), uma cliente, e acabam se apaixonando. Madison está apaixonada pelo personagem fictício “Ron” de Gary, sendo um possível assassino e ele por uma cliente que deseja contratar seus serviços.

A personalidade de ambos que vão se alterando conforme o tempo passa, por exemplo: o próprio “Ron” acaba virando a personalidade principal do protagonista, como os heterônimos na literatura ou um transtorno dissociativo de identidade (TDI), sendo uma condição psiquiátrica rara e grave do paciente ter personalidade múltipla.

Todavia, as camadas presentes na obra podem ser muito mais do que supérfluas se forem compreendidas e apreciadas. Assassino Por Acaso é um ótimo filme que diverte, te deixa apreensivo e ainda com o ar romântico para os mais apaixonados curtirem nessa data especial (mesmo com fatores repugnantes em moralidade). 

FICHA TÉCNICA

Título: Assassino Por Acaso
Título Original: Hitman
Direção: Richard Linklater
Data de lançamento: 12 de junho de 2024
Diamond Films

Lucas Venancio

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