Sou fascinada por filmes baseados em fatos reais e mais ainda com casos jurídicos e o longa O próprio enterro não me decepciona com as cenas de tribunais!
Jeremiah O’Keefe (Tommy Lee Jones) é dono de uma empresa funerária familiar, foi herói de guerra e lutou a favor dos direitos civis dos negros. É um homem de fácil empatia, ainda mais quando interpretado por um veterano. Passando por dificuldades financeiras, o protagonista, com muita resistência, tenta vender três de suas funerárias para um grupo poderoso chamado Loewen. Esperto, o CEO Ray (Bill Camp) aceita todas as condições, mas fica cozinhando o coitado Jeremiah. Meses depois, o acordo pelo lado canadense não foi assinado. O fato é que a empresa Loewen estava esperando a falência do protagonista e age de má fé.
O grande trunfo de Jeremiah é ter ao seu lado o jovem Hal (o excelente Mamoudou Athie) que logo percebe a manobra dos empresários e convence o protagonista a chamar advogado Willie Gary (Jamie Foxx), a contra gosto de Mike (Alan Ruck), advogado e amigo de Jeremiah de longa data.
Conhecido por ser ótimo nos tribunais, Willie rejeita o caso por um combos de situações, como o fato de Jeremiah ser branco e que a ação não renderia muito dinheiro. No entanto, Hal convence Willie de que o caso poderia render muito mais, não só financeiramente, mas também prestígio, caso vencesse uma corporação grande. E assim, ele muda de ideia.
O embate de Willie com Mike rende ótimos momentos, já que o amigo do protagonista dava indícios de ser preconceituoso. Rende também quando ele enfrenta a advogada adversária. Mame (Jurnee Smollett) foi contratada pelo grupo Loewen por ser uma mulher negra e assim equilibrar a situação com o júri. Algo também pensado por Hal em relação a Willie.
O longa tem dois temas interessantes: a briga no tribunal de um homem simples contra uma corporação e a questão racial. Nisso, também somos envolvidos pela amizade que surge entre Jeremiah e Willie. A química entre Jamie Foxx e Tommy Lee Jones funciona bem! Enquanto Foxx tende para a comédia quase caricata, Tommy Lee compõe um protagonista mais sereno, um velhinho carismático. Um bom equilíbrio.
O próprio enterro é filme “confort”, não se aprofunda nos temas espinhosos e apresenta bem os heróis e vilões, sem complexidade, mas envolve bastante com uma boa história. É um típico filme de domingo a tarde em que a gente só quer ver os mocinhos se dando bem.
FICHA TÉCNICA
Título: O próprio enterro
Título Original: The Buria
Direção: Maggie Betts
Data de lançamento: 13 de outubro de 2023
Disponível até o momento no Prime Video
Michele Lima
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Parece ser uma estória envolvente e com viés social e político.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia