Belas Maldições – Segunda Temporada [Crítica]

Em 2019 me via encantada pela primeira temporada de Belas Maldições (Good Omens). Foi com a história de Aziraphale e Crowley que me apaixonei pelos trabalhos de Neil Gaiman. Lembro que primeiro li o livro e depois assisti a série. E a primeira temporada foi extremamente fiel a obra, por esse motivo, quando saiu a notícia de que teríamos a segunda temporada, fiquei radiante!

A segunda temporada demorou a sair, devido a pandemia, mas enfim, está liberada no Prime Vídeo e eu já conferi. Posso dizer que mesmo com um roteiro um pouco fraco, a série está maravilhosa.

Nessa temporada, temos o anjo Aziraphale (Michael Sheen) e o demônio Crowley (David Tennant) levando suas vidas aqui na terra. Ambos estão vivendo à sua maneira, e com algumas consequências dos acontecimentos finais da primeira temporada. Mesmo tendo que conviver com essas consequências, Aziraphale e Crowley continuam amigos. E além disso, eles continuam com as mesmas personalidades. Aziraphale está vivendo sua vida em Londres, na livraria que tanto ama e pensa que apesar dos pesares, está tudo indo bem. Porém, as coisas começam a mudar quando o arcanjo Gabriel (Jon Hamm) aparece no lugar, sem roupas e sem memória. 

O anjo Aziraphale acaba pedindo ajuda para Crowley, pois ele não sabe o que fazer. Mesmo não gostando do arcanjo Gabriel e de ver Aziraphale envolvido nessa situação toda, Crowley resolve ajudar o amigo. Os dois começam a investigar o que aconteceu com o arcanjo e por qual motivo ele não se lembra de nada, já que esse acontecimento pode resultar em uma nova guerra entre o céu e o inferno. E eles não querem isso, pois gostam demais de suas vidas nas terras, além de gostarem dos humanos.

E é aí que começa toda a trama da segunda temporada, além do mistério envolvendo o arcanjo Gabriel, a série vai mostrando ao longo dos episódios como a amizade do Aziraphale e Crowley foi crescendo. E algumas dessas cenas vão se interligando com algumas pistas que Aziraphale descobre sobre o atual estado do Gabriel. Nessa questão, ao meu ver, a série deixa um pouco a desejar. As idas e vindas ao passado da dupla são um tanto confusas e com isso ficou um pouco bagunçado. Sem contar que uma hora a série tinha foco na trama do Gabriel, mas do nada já mudava para alguma subtrama. E falando em subtramas, se na temporada passada tínhamos as crianças, dessa vez nenhuma delas aparece. Entretanto, temos os comerciantes da rua onde fica a livraria do Aziraphale, destaque para duas personagens que acabam formando um interesse amoroso.

Mesmo com um roteiro mediano, Neil Gaiman trouxe uma temporada rica em conteúdo e com mensagens bem fortes. Afinal de contas, passei uma boa parte da série questionando algumas das minhas crenças. E eu adoro isso, quando um autor me faz questionar, me faz refletir sobre diversos assuntos envolvendo a religião. 

Outro ponto alto é a química dos atores David Tennant e Michael Sheen. Eles são simplesmente maravilhosos em seus papéis. Mais uma vez eles mostraram que juntos são impecáveis. Ao final da série fiquei pedindo por mais, mesmo vendo as falhas no roteiro.

Para finalizar, quero dizer que a segunda temporada de Belas Maldições trouxe uma mensagem importante sobre os livros. Em todos episódios dessa temporada e da anterior, vemos a paixão do anjo Aziraphale pela leitura. No entanto, nessa temporada especificamente, mostra o quanto os livros são importantes e o que eles representam na vida do anjo. E como leitora, me vi encantada com isso, além da mensagem de que o amor não muda só o carácter do ser humano, mas dos seres celestiais também.

Ariane de Freitas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Crítica: A Esposa do meu marido Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino 5 doramas dublados no Star+
Crítica: A Esposa do meu marido Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino 5 doramas dublados no Star+