O Golpista do Tinder [Crítica]
De 2017 a 2019 o homem conhecido como Simom Leviev aplicou golpes em mulheres no Tinder. Fingindo ser filho de um magnata russo do ramo de diamantes, ele tinha milhões de seguidores no Instagram, postava fotos em lugares diferentes, ostentando uma vida de luxo. Mal sabia as mulheres que ele era um golpista que acabaria com a vida financeira delas.
Envolvente, o homem que na verdade se chamava Shimon Yehuda Hayu, mantinha relacionamentos a distância, mas levava as mulheres para viagens em jatinhos, restaurantes caros, hotéis caros uma vez ou outra, o suficiente para que elas caíssem em sua lábia. Depois fingia estar correndo risco de vida porque o ramo de diamantes era perigoso. E com isso dizia que precisava de dinheiro para fugir do país, manter sua equipe, levando as mulheres a darem seus cartões de créditos, pedirem empréstimos, chegou até a empregar uma delas falsamente na empresa do suposto pai. Tudo de maneira bastante convincente.
Neste documentário da Netflix temos um relato de mulheres que foram enganadas e prejudicadas financeiramente e emocionalmente por Simon. Infelizmente, somos bombardeados todos os dias por golpes telefônicos, pedidos de socorro de pessoas que nem conhecemos e você provavelmente tem um parente ou um amigo que já perdeu dinheiro relatando sobre algum golpe. Não é tão incomum cair em um.
O documentário serve como uma alerta sobre cuidados com as redes sociais onde compartilhamos ideias, gostos, dividir momentos, às vezes informações até demais. Sabemos que é um lugar para encontrar pessoas e conhecer bons amigos, mas existe o perigo para mulheres, adolescentes, e principalmente crianças. A vida falsa de Simon, criada em um mundo de fotos no Tinder e Instagram o ajudou a roubar milhões e o pior, mesmo com uma ficha repleta de golpes, pagou apenas alguns meses de prisão, mostrando que a justiça é falha não só no Brasil.
Vale destacar também que Simon teve sua conta no Tinder cancelada e só deletou sua conta no Instagram, que ainda tinha milhões de seguidores, depois do documentário.