Alice no país das Maravilhas [Resenha Literária]

Lembro que eu li Alice no país das Maravilhas quando era criança, mesmo assim nem sei se foi a versão original. Falo isso porque estava tão acostumada com a versão do Live Action dirigido pelo Tim Burton, que quando eu comecei a ler essa edição da DarkSide® Books, super estranhei algumas partes desse universo criado pelo Lewis Carroll.
Logo no início temos uma introdução que vai contando um pouco da vida do autor e de seus feitos. E como leitora fui conhecendo algumas curiosidades que eu não sabia do autor e de como ele escreveu a história. Por exemplo, o manuscrito original se chama As Aventuras de Alice no Reino Subterrâneo. E toda essa introdução, escrita por Marcia Heloisa, foi bem educativa.

Quando a Darkside Books (meu amado reino subterrâneo) me convidou para traduzir este livro, fui tomada por duas emoções diversas. Primeiro, alegria, pela oportunidade de traduzir este que é, sem dúvida, um dos maiores desafios na carreira do tradutor. Depois, receio. Sabia que teria que abordar a vida íntima de um autor cujo legado artístico se mescla ao indigesto ressaibo de sua estranha predileção por crianças. Percorri o caminho de seus biógrafos, em busca de respostas. Li as cartas, atenta às entrelinhas. Apurei meu olhar para distinguir as fotografias reais das inúmeras montagens que circulam na internet. Assisti a documentários e depoimentos – inclusive uma entrevista com a bisneta de Alice, porta-voz oficial da família, na qual afirma que Dodgson tinha de fato paixão platônica pela menina. Mas encontrei apenas suposições. Na ausência de fatos, deixei-me guiar pela intuição. Pág: 24

Depois da introdução, vem a história que todos nós já conhecemos de uma menina chamada Alice que vê um coelho vestido de terno e com um relógio. E não acreditando no que vê, segue o animal e cai num buraco. E nisso ela começa a viver uma aventura no país das maravilhas.

A obra é marcado por vários simbolismo, entre eles a passagem pela adolescência, com uma entrada inesperada (a queda na toca do coelho) marcando o fim da infância, além das diversas mudanças de tamanho e a confusão que a Alice sente ao longo da história. Também é bastante forte na obra referências à matemática, com Alice fazendo multiplicações e conceitos sobre lógica e ciência, que faz com que o livro tenha passagens bem complexas. 
E vale destacar alguns personagens que chamam bastante atenção como o Gato Risonho que consegue desaparecer e aparecer. O personagem também é conhecido como o Gato de Cheshire, um alusão a expressão idiomática da língua inglesa. Tem também o Chapeleiro Maluco e a Lebre de Março que são figuras retiradas de expressões do período vitoriano: louco como uma Lebre de Março ou louco como um Chapeleiro, por conta do vapor de mercúrio usado na fabricação de feltro que causa transtornos psicóticos. Acredita-se que o Chapeleiro é uma referência a Teófilo Carter, um comerciante de móveis em Oxford, bastante conhecido pelas suas invenções e pelo uso de uma cartola. O Chapeleiro de Carroll discutiu no mês de Março com o Tempo e, em vingança, eles ficam presos para sempre na hora do chá. E claro, a Rainha de Copas, autoritária e impulsiva, que ordena constantemente que cortem a cabeça de todos.

Minha intenção nessa resenha é falar mais do diferencial dessa edição da DarkSide® Books das outras, além da introdução, o livro também conta com uma tradução de “Phantasmagoria”, um poema escrito pelo Lewis Carroll que foi dividido em sete cantos, publicado pela primeira vez em 1869. E além do poema, no final do livro tem um texto com várias fotografias feitas pelo próprio autor e alguns capítulos do original de Alice em inglês.
Então para os amantes de Alice no País das Maravilhas essa edição tá uma maravilha, lembrando que além dessa, a DarkSide® Books tem outras duas. E todas elas estão disponíveis na loja da editora para compra.  
FICHA TÉCNICA
Tútulo: Alice No País das Maravilhas
Autor: Lewis Carroll
Nota: 5/5 Favorito
Onde Comprar: Amazon DarkSide® Books
 



Ariane de Freitas

5 thoughts on “Alice no país das Maravilhas [Resenha Literária]

  • 9 de junho de 2020 em 14:38
    Permalink

    Oi, Ari!

    Confesso que esse não é um livro que eu pegaria pra ler, mas essa edição maravilhosa desperta a curiosidade de qualquer um né?? E pelo visto a Darkside arrasou mesmo mais uma vez, pros fãs da história é uma ótima pedida!

    xx Carol
    https://caverna-literaria.blogspot.com/

    Resposta
  • 9 de junho de 2020 em 15:55
    Permalink

    Uau, não tem como não ser fã dessa história, eu amei essa resenha, todas essas curiosidades, preciso dessa edição haha embora eu amei a história, nunca peguei para ler, só assisti várias vezes todos os filmes de Alice no Pais das Maravilhas.
    Jardim de Palavras

    Resposta
  • 9 de junho de 2020 em 16:17
    Permalink

    Olá, Ariane.
    Eu comprei essa livro ogo que a DarkSide anunciou. Comprei essa edição ai mesmo. Eu não lembro de ter lido nenhuma versão do livro original, só releituras mesmo e assisti os filmes hehe. E nem sei quando vou ler.

    Prefácio

    Resposta
  • 9 de junho de 2020 em 16:51
    Permalink

    Oi Ari
    Vou ser sincera, eu não suporto a história da Alice e as milhões de releituras que se seguem. É uma das minhas obras menos favorita, só atrás de Peter Pan, Dumbo e Pinóquio KKKKK Sinceramente, não sei como tem tanto autor que gosta de falar sobre a mesma coisa. Mas se fosse pra ter essa edição lindíssima em casa, eu até pagaria minha língua kkkk
    Beijo!
    https://www.capitulotreze.com.br/

    Resposta
  • 9 de junho de 2020 em 20:39
    Permalink

    Olha… nunca fui muito fã de Alice, então não tenho tanto interesse em adquirir, mas essa edição é lindona mesmo
    Beijos
    Balaio de Babados

    Resposta

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