A Filha do Rei do Pântano [Resenha Literária]
Quando comecei a ler A Filha do Rei do Pântano achei que fosse encontrar um pouco mais de suspense, mas me deparei com um drama que me envolveu mais do que imaginava. Isso porque Helena é uma personagem tão complexa que a cada momento eu ficava pensando nos sentimentos confusos dela com o pai.
Helena Pelletier é casada, tem um ótimo marido, duas filhas lindas e um segredo: é fruto de um sequestro. Sua mãe foi raptada quando muito jovem e mantida numa cabana no pântano por mais de dez anos. Seu pai foi preso, condenado, mas acaba de escapar da cadeia e Helena parte em uma caçada contra o pai em que vai relembrando sua infância.
O livro nos conta toda a história dos pais da protagonista, focado principalmente no pai que desde sempre mostrava sinais de ser uma pessoa com problemas. Ele sequestra a mãe de Helena quando ela ainda era praticamente uma criança, a estupra, a mantém em cárcere privado e ao longos dos anos a convence que escapar é inútil. Com o nascimento da protagonista, a situação só piora, uma vez que Helena, muito induzida pelo pai, o tem como o grande herói. Só anos depois é que ela descobre a verdadeira face dele.
A narrativa de Helena é muito honesta, tão honesta que é difícil ler alguns trechos em que ela quando criança apoia o pai. Mesmo em momentos de grande brutalidade, a protagonista de alguma forma tenta justificar as ações dele. É difícil pra gente entender num primeiro momento, mas quando se analisa a situação da protagonista, compreendemos que Helena foi moldada pelo pai, ele era sua grande referência, enquanto sua mãe mais parecia uma empregada do que qualquer outra coisa.
O pai de Helena era um homem controlador, conseguiu colocar a filha sempre a seu lado, como sua sombra. Helena amava caçar, ficar ao livre com o pai e aprendeu a atirar muito cedo, mas um dia ao conhecer outras crianças percebeu que o mundo poderia ser bem maior do que a National Geographic do pai mostrava. E Helena demorou pra perceber o quanto o pai era um homem sádico, frio, calculista e doente, quando percebe o choque é grande demais.
A caçada de Helena para encontrar o pai que fugiu da cadeia é interessante pelo confronto dos dois, mas o mais interessante mesmo é a narrativa da protagonista e seu ponto de vista em relação a seu passado. Difícil não ter empatia pela mãe da protagonista, não se revoltar com os avós e com o pai de personagem.
Helena não é uma personagem fácil e com um olhar mais superficial é fácil odiá-la por tentar defender o pai, mas a protagonista também viveu anos numa mentira e por isso consegui entender seus sentimentos conflitantes. Eu só esperava um pouco mais sobre a mãe dela, principalmente fora do cativeiro, mas não foi algo que tenha atrapalhado minha leitura.
A Filha do Rei do Pântano inicia alguns capítulos com um conto homônimo. De modo geral o livro me surpreendeu em vários aspectos, tem uma narrativa fácil, com uma personagem bem interessante e valeu a leitura.
FICHA TÉCNICA
Título: A Filha do Rei do Pântano
Autora: Karen Dionne
Nota: 4/5
Onde Comprar: Amazon
Olá, Michele.
Eu gostei bastante desse livro. Só não dei nota máxima porque não tive empatia pela protagonista. Não me conformei que mesmo depois de saber a verdade ela ainda defendia o pai e tinha um certo afastamento da mãe.
Prefácio
Oi, Mi!
Não sei de onde eu tinha na cabeça que esse livro era da Intrínseca hahahhahah Enfim… acho a premissa dele bem interessante, mas acho que minha xará (rs) não me agradaria muito
Beijos
Balaio de Babados
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Oi, Mi
Jurava que era um suspense daqueles, mas eu gostei do enredo. Já li livros com personagens que são sequestradas, e é sempre difícil ler relatos, mas nunca um que fala sobre uma terceira pessoa que viveu a situação mas de outra forma. Talvez eu leia!
Beijo
https://www.capitulotreze.com.br/
oi
a capa me remete a história de terror, mas suspense é um tipo de leitura que gosto, deve ser complicado para ela ser filha desse mostro e as lembranças do passado deve ter voltado e mexido com a protagonista, que bom que acabou gostando mais do que esperava da história.
http://momentocrivelli.blogspot.com/