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O Exterminado do Futuro: Destino Sombrio [Resenha do Filme]

Depois de três tentativas mal-sucedidas, finalmente estamos diante de uma sequência de respeito. James Cameron voltou ao comando e escalou o diretor Tim Miller (Deadpool), um dos maiores especialistas em cenas de ação do momento. Continuação direta de Julgamento Final (1992), Destino Sombrio tem início com, pasmem, o jovem John Connor (um Edward Furlong digital) e sua mãe Sarah Connor. Essa cena (que não é uma sobra do filme de 92) já nos deixa de queixo caído, mais pela perfeição dos efeitos visuais do que pelos acontecimentos em si.
Depois do ocorrido Sarah Connor (Linda Hamilton, total badass e muito segura em sua antiga personagem) passa a vagar e caçar qualquer exterminador que apareça – apenas nos EUA, lógico. Lembrando que, em matéria de originalidade, ainda é o primeiro longa de 1984 que merece todos os méritos, já que Julgamento Final, ainda que superior nos efeitos especiais e cenas de ação, conta praticamente a história do anterior com algumas pequenas mudanças de roteiro.
Destino Sombrio não foge à regra: um exterminador REV-9 (Gabriel Luna), mais perigoso e resistente que o T-1000 de 92, vem a Terra para assassinar a jovem Dani (a talentosa Natalia Reyes) que conta com a proteção de Grace (Mackenzie Davis, surpreendente), uma soldado aprimorada tecnologicamente. Até um envelhecido T-800 (Arnold Schwarzenegger) que agora é pai de família, é localizado para ajudar a derrotar o quase indestrutível REV-9. Com poucas pausas para mostrar o lado humano das personagens, o longa segue com incríveis cenas de ação de tirar o fôlego, parte técnica impecável e com a trilha sonora clássica dos filmes anteriores devidamente atualizada.

Natalia Reyes foi a escolha perfeita para a personagem Dani. De início ela é uma imigrante mexicana comum e que depois de se ver alvo de uma máquina de extermínio vinda do futuro começa a mostrar suas nuances de futura guerrilheira. É óbvio que isso não seria possível se suas companheiras de fuga e resistência não fossem as incríveis Grace e Sarah Connor.
Grace da ótima Mackenzie Davis coloca Kyle Reese (Michael Biehn) no chinelo. Com uma forma física invejável e considerável forma dramática, Davis é a verdadeira protagonista do longa, relegando Sarah Connor a uma coadjuvante de luxo, porém não menos importante. Linda Hamilton aos 63 anos, também impressiona pelo trabalho físico, braçal mesmo, e tem em sua icônica personagem o seu melhor momento na carreira, formando com a Ellen Ripley (Sigourney Weaver) da franquia Alien e Clarisse Starling (Jodie Foster) de O Silêncio dos Inocentes (1991), o trio de heroínas mais queridas e admiráveis da década de 80/90.
O longa é assumidamente Girl Power e ainda sai um pouco do óbvio ao nos contar o que acontece com Dani no futuro, já que a personagem não é exatamente uma Sarah Connor, ponto positivo para o roteiro. Os alívios cômicos também funcionam muito bem, na medida certa, sem fazer com que o filme perdesse o ritmo alucinado.
O Exterminado do Futuro: Destino Sombrio é tudo o que as outras continuações tentaram ser e não conseguiram, graças aos seus roteiros ruins e diretores inexpressivos. Tomara que nos próximos filmes (há planos de fazerem uma trilogia) ninguém mexa nesse time porque tá bom demais!
Trailer
FICHA TÉCNICA
Título: O Exterminador do Futuro – Destino Sombrio
Título Original: Terminator: Dark Fate
Diretor: Tim Miller
Data de lançamento no Brasil: 31 de outubro de 2019
Nota: 4/5

*conferimos o filme na cabine de imprensa
Italo Morelli Jr.

Na Nossa Estante

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