Coringa é sem dúvida um dos melhores vilões do universo dos quadrinhos, por sua personalidade, complexidade e loucura. Joaquin Phoenix conseguiu transmitir muito bem todas características do personagem, uma tarefa nada fácil depois de Heath Ledger ter conquistado os fãs.
Um vilão depressivo, com distúrbios mentais e um filme com várias camadas de profundidade. Arthur Fleck é um homem com um provável transtorno de personalidade limítrofe, uma risada incontrolável (afeto pseudobulbar), mas que visivelmente se esforça para se encaixar numa sociedade que o rejeita constantemente. Arthur trabalha de palhaço, quer ser um comediante famoso e sofre diversos tipos de abusos desde a infância, mas tudo muda quando ganha uma arma. Fleck até aparenta ganhar mais sobriedade quando descobre que tem poder, que pode ser visível na sociedade.
Para Arthur é bastante complicado se encaixar na suposta normalidade, o personagem expressa o quanto é difícil ser feliz, o quanto o mundo está se tornando mais “maluco”, o quanto a sociedade se torna menos civilizada e muito mais próxima da barbárie, completamente irônico quando tudo é dito por ele.
O roteiro claramente se inspira em outros clássico do cinema em que a violência tanto por uma questão pessoal por problemas mentais ou governamentais devido as diferenças sociais, é o que movimenta a narrativa. Difícil não se lembrar de Taxi Driver ou de Laranja Mecânica. Gotham City de Todd Phillips é violenta como qualquer outra cidade grande, corrupta, fria, egoísta e sobreviver a ela não é nada fácil. E vale ressaltar a ambientação da cidade nos anos 80, a ótima trilha sonora e o clima depressivo e inquietante que nos corrói todo o longa. Gotham está prestes a explodir e o Coringa era a faísca que faltava. E para os fãs dos quadrinhos, o roteiro consegue encaixar bem a história do Batman e nos faz questionar o tempo todo a origem do protagonista e também a figura de Thomas Wayne.
Coringa é o ápice da loucura, mas é aquela loucura diária que faz com que a gente aceite o ódio e ache tudo muito normal. Aliás, quem convive com a crueldade acaba criando uma certa resistência a ela, se acostuma e acha tudo muito comum. É disso que se trata o longa, um questionamento plausível sobre a banalidade da violência, um soco no nosso estômago e leva um tempo pra conseguir digerir tudo. Arthur joga na nossa cara nas cenas finais o quanto banalizamos o ato violento, desde que não seja com alguém rico.
Joaquin Phoenix nos emociona, Arthur Fleck nos angustia. Não é um personagem agradável, não é prazeroso compreendê-lo. A empatia por ele vai até um certo ponto, depois se perde juntamente com seu descontrole. Entendê-lo não é mesma coisa que aceitá-lo.
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Oi, Mi
Que resenha incrível! Estou apaixonada e com toda certeza quero assistir essa obra, só preciso ir para o cinema porque tá difícil ultimamente kkk
Beijo
https://www.capitulotreze.com.br/
Resenha maravilhosa. Amo o universo de Gotham City e vibrei com a série Gotham.
Bom restante de semana!
Até mais, Emerson Garcia
Jovem Jornalista
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Olá,
Joaquin é um dos meus atores favoritos, estou doida pra conferir.
até mais,
Canto Cultzíneo
Meu namorado está louco para ir assistir. Acho que iremos semana que vem!
http://www.vivendosentimentos.com.br
Ouvi que ia ter um filme do Curinga e pensei que seria do estilo de super heróis.. Fiquei curiosa para assistir!
Beijos
Como não vi o filme do Batman que teve o Heath de Coringa, não sei se vai dar pra comparar os dois.
Amanhã vou assistir e espero gostar bastante
Beijos
Balaio de Babados
Esse filme foi um tiro pra mim. Muitas emoções por esse vilao que adoro. O filme não seguiu os quadrinhos da DC fielmente, mas adorei o rumo de tudo, a originalidade, as referências. Sai do cinema carregando meu coração na mão kkkkk
Beijos
Imersão Literária
Oi Michele :)
Também assisti ao filme e fiz uma resenha no blog sobre ele... É seu dúvida um dos melhores filmes que assisti recentemente. Joaquin Phoenix encarnou a personagem na perfeição, o que torna o filme ainda mais emocionante.
Adorei a sua resenha e concordo com vc. Parabéns.
Beijinhos
Mundo da Fantasia