Black Mirror: Bandersnatch é um filme interativo bem ao estilo da série que conta com questões sociais e psicológicas. O longa foi escrito pelo criador da série, Charlie Brooker, e dirigido por David Slade.
Stefan (Fionn Whitehead) é um desenvolvedor de jogos que tenta manter sua mente sã trabalhando em um jogo com múltiplas escolhas baseado em um livro de Jerome F. Davies (Jeff Minter). O autor ficou louco enquanto escrevia o livro e acabou decepando a própria esposa.
O longa é uma ótima metalinguagem, já que é um filme/jogo falando de um game de escolhas e o espectador é quem decide os caminhos do protagonista, com uma quebra total da quarta parede. E Stefan vai percebendo ao longo da história que ele não tem controle sobre a própria vida e sente como se outra pessoa tomasse decisões por ele, com isso o personagem vai ficando transtornado e perdendo a noção do que é real e do que é ficção.
Alguns personagens no filme são importantes como o pai de Stefan, Peter (Craig Parkinson) que em um dos caminhos escolhidos pelo espectador se mostra um homem misterioso que trabalha para a PAC (Programa de autocontrole) e o paralelo com o PAC-MAN que o famoso desenvolvedor Colin Ritman (Will Poulter) faz é excelente, nunca mais verei esse jogo com os mesmos olhos. E uma vez que de fato controlamos Stefan faz todo o sentido ele acreditar em um governo que o controla.
Colin é um personagem interessante e importante para um dos caminhos do Stefan, dependendo das escolhas que fazemos Colin tem finais diferentes, assim como Peter e a psicóloga do protagonista, Dr. Haynes (Alice Lowe) que influencia bastante a trama e nossas escolhas.
Com uma boa ambientação dos anos 80, a história é curta (o que faz demorar é a nossa curiosidade de ver todos os finais) e o enredo apesar de interessante é fraco, nada que causa impacto. É visível para o espectador que Stefan tem sérios problemas psicológicos que começaram com a morte da mãe, já que ele se sente culpado. Dessa forma, o único final que realmente me surpreendeu foi o da
Netflix. Eu não esperava uma inserção mais direta deles em um dos finais, ficou engraçado e surreal.
Abordagem psicológica de Black Mirror: Bandersnatch é um dos pontos principais do longa, uma vez que o assunto é bastante discutido na área e também na filosofia, em livros como O mundo de Sofia. Nunca saberemos se temos mesmo total controle das nossas ações e a linha entre a realidade e ficção às vezes pode ser mais tênue do que imaginamos. As escolhas que fazemos pode mudar nossas vidas, fazer com que a gente siga caminhos bem diferentes e neste quesito o filme acerta bastante.
Se a história é bem morna, sem grandes emoções, não é possível dizer o mesmo da interatividade que nos instiga até o final e nos faz querer voltar pra saber como seria se nossas escolhas fossem diferentes, algo que na vida real, infelizmente, não é possível. Entretanto, vale ressaltar também que em alguns momentos as escolhas estão lá apenas pra fingir que temos o controle de Stefan, o resultado nesses casos, independente do que escolhemos, é o mesmo.
Em suma, particularmente esperava mais do enredo, mas vale a pena conferir, brincar um pouco com a vida de Stefan e descobrir todos os caminhos possíveis.
Trailer:
Título: Black Mirror: Bandersnatch
Data de lançamento: 28 de dezembro de 2019.
Michele Lima
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Olá, Michele.
Esse filme é muito louco e fez jus ao estilo da série. Fiquei umas três horas assistindo ele e não acaba nunca hehe. Ficava voltando e voltando e daqui a pouco era eu que estava ficando louca hehe. Mas valeu pelo diferente.
Prefácio
Olá Mi! Tudo bem?
Estava muito curiosa sobre esse filme, mas não sabia muito bem o que esperar. gosto dessa ideia da interatividade, provavelmente ia querer mudar mil vezes hehe mas essa parte da filosofia tenho receio de me deixar meio confusa, como fiquei no mundo de sofia..
beeijo
https://lecaferouge.blogspot.com/
Oi Mi! Vi muitas pessoas falando que é bem confuso, mas meio que não dá para parar de ver. Eu fiquei curiosa só de ver tantos comentários, achei a apresentação da história interessante. Bjos!! Cida
Moonlight Books
Olá!
Assisti logo que estreou e achei confuso bem nível Black Mirror hahaha
Como você bem pontuou, ele só demora mais porque ficamos tentando verificar todos os finais possíveis, e o fato de podermos escolher o rumo foi muito interessante e inusitado!
Feliz ano novo! <3
Beijos,
http://ofantasmaliterario.blogspot.com.br
Oi Mi!
Concordo total com sua crítica!
Podiam ter caprichado mais na história, e isso de algumas escolhas não influenciarem em nada me irritou um pouquinho kkk
Bjs
http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com
as vezes essa interatividade nao funciona tao bem, mas eu achei a ideia mt sensacional! black mirror sempre nos faz parar para pensar
http://www.tofucolorido.com.br
http://www.facebook.com/blogtofucolorido
Oi
eu estou lendo vários comentário desse filme, mas não tenho vontade de assistir, mas quero ver a série algum dia, o pessoal do meu serviço estava reclamado que em algumas coisas da interatividade,
http://momentocrivelli.blogspot.com
Oi Mi,
Eu dormi logo no início, descobri que não tenho muita paciência para Black Mirror, porque nem a primeira temporada da série eu consegui terminar. HAHAHAHAHAHAHAHA
Aí confesso que desisti de ver. Mas vejo o povo todo alucinado com esse filme e me divirto HAHAHA
Beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Acabei de separar na minha lista para assistir, eu não consegui terminar a primeira temporada do black mirror mas parece que o filme é bom
Oi Mi!!!
Gostei muito da proposta do filme!! Acabei assistindo novamente para tentar chegar ao finais!! Quase enlouqueci... rsrs
Se a história tivesse uma pegada mais profunda a interatividade do longa teria sido um pouco mais elaborada. Vale a pena conferir pra pensar e ver que não temos muito controle sobre o futuro!!
Beijos
Naty