Millennium: A Garota na Teia de Aranha [Resenha do Filme]

Millennium: A Garota na Teia de Aranha é uma adaptação do quarto livro da saga Millenium, escrito por David Lagercrantz e publicado no Brasil pela editora Companhia das Letras. O longa se passa após os eventos de Os Homens que Não Amavam as Mulheres e acompanhamos a hacker e uma tanto justiceira, Lisbeth Salander (Claire Foy) em meio à uma teia de espionagem internacional e revivendo parte do seu passado.
Na sequência inicial do filme vemos Lisbeth criança fugindo do pai que abusava constantemente da sua irmã, Camilla (Sylvia Hoeks), que não foge com a protagonista e essa parte do passado é bastante traumática para a personagem. Lisbeth tem vários clientes relacionados à espionagem, mas é conhecida por ajudar mulheres a saírem dos abusos dos homens, como é bem mostrado no início do filme.
O cientista da computação Frans Balder (Stephen Merchant) cria um programa para que qualquer usuário possa ter acesso a bombas nucleares e Lisbeth é chamada para conseguir impedir que as informações cheguem às pessoas perigosas. A NSA (Agência de Segurança Americana) também está envolvida querendo ter o programa para impedir que outros países possam ter acesso a ele. E no meio de uma enorme caçada,  o jornalista Mikael Blomkvist (Sverrir Gudnason) volta a ajudar Lisbeth e temos Camilla querendo vingança da irmã.
O longa possui um enredo bem complexo envolvendo espionagem e corrupção, com um desenvolvimento bem lento, com muitas cenas sem diálogos, o que deixa o ritmo bem arrastado, salvo as cenas de lutas bem coreografadas e de ação. Blomkvist fica bastante avulso na história e a única personagem bem trabalhada de fato é Lisbeth. Seu passado tem um carga dramática bem forte e sua relação com August (Christopher Convery), filho de Balder é o ponto forte da trama. Confesso que esperava mais da personagem Camilla por toda a questão do trauma da infância, mas é um plot que ficou raso demais. 
Millennium: A Garota na Teia de Aranha é um ótimo filme com lutas, mas o ritmo devagar não funciona completamente na trama para o desenvolvimento dos personagens. No entanto, Claire Foy se sai muito bem na ação e a ambientação com cores frias ajudam a dar o tom melancólico que o filme propõe. Algumas cenas em que a protagonista é agredida são bem fortes e pra quem gosta de histórias com mulheres empoderadas com certeza verá potencial no filme que poderia ter sido melhor aprofundado.
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: Millennium: A Garota na Teia de Aranha
Título Original: The Girl in the Spider’s Web: A New Dragon Tattoo Story
Diretor: Fede Alvarez
Data de lançamento: 08 de novembro de 2018
Nota: 3/5

*conferimos o filme na cabine de imprensa


Michele Lima

8 thoughts on “Millennium: A Garota na Teia de Aranha [Resenha do Filme]

  • 8 de novembro de 2018 em 18:02
    Permalink

    Oi Michele, tudo bem?
    Já li alguns comentários sobre essa série de livros, mas nunca tive curiosidade de lê-la. Com relação ao filme, uma pena a trama não ter tido o desenvolvimento necessário, mas fiquei curiosa para conferir o acerto de contas entre Lisbeth e a irmã.

    *bye*
    Marla
    https://loucaporromances.blogspot.com.br/

    Resposta
  • 8 de novembro de 2018 em 18:18
    Permalink

    Olá,
    Saudades da Rooney.
    Mas vou acabar assistindo porque gosto do trabalho do Fede.

    até mais,
    Nana – Canto Cultzíneo

    Resposta
  • 8 de novembro de 2018 em 21:39
    Permalink

    Oi, Mi!

    Não curti Millennium justamente por conta do ritmo parado, e por isso imagino que também não gostaria desse novo filme, mas fico feliz de saber que tirando o filme ser um pouco arrastado, o resto compensa!

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com

    Resposta
  • 9 de novembro de 2018 em 00:00
    Permalink

    Oi, Mi!
    Não sei por que não fizeram as continuações certinhas. Infelizmente eu não fiquei muito interessada nessa adaptação…
    Beijos
    Balaio de Babados

    Resposta
  • 11 de novembro de 2018 em 00:53
    Permalink

    OI Mi!!!

    Eu gostei tanto dos livros, não consigo entender porque eles não fizeram a continuação dos filmes em ordem!! Isso acabou deixando o interesse um pouco menor no filme!!

    Beijos
    Naty!!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dicas de Filmes Para o Fim de Semana Dorama: Uma Família Inusitada
Dicas de Filmes Para o Fim de Semana Dorama: Uma Família Inusitada