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Bohemian Rhapsody [Resenha do Filme]

A banda britânica Queen é recordista de vendas de discos, conhecida internacionalmente pela variada sonoridade, mesclando estilos dentro do rock e pela figura carismática e performática de seu vocalista, Freddie Mercury. Bohemian Rhapsody é um recorte da vida do cantor mostrando sua união com a banda, sua personalidade forte, o sucesso e um pouco da vida pessoal também.
Quando o longa foi anunciado uma das principais questões era como iriam falar de Freddie Mercury sem focar em sua sexualidade, mas depois de conferir o filme entendi que o tema é só mais um entre tantos da vida do cantor. Freddie é muito mais do que um rótulo!
Nascido como Farrokh Bulsara, filho de zoroastrianos de Zanzibar, Freddie (Rami Malek) teve um namoro de longos anos com Mary Austin (Lucy Boynton) e foi para ela que ele deixou a sua mansão e os direitos autorais de suas músicas, sendo padrinho de seu filho. O amor dos dois era de extrema cumplicidade e Love of my Life foi escrito para ela. No entanto, quando Freddie reconhece que também se interessava por homens, o relacionamento acaba. A partir de então, parece que Freddie entra numa fase de completa libertação e aos poucos o uso excessivo do álcool e drogas o afeta.
O longa mostra a aproximação de Paul Prenter (Allen Leech) que vai induzindo Freddie a querer se separar da banda e não temos um roteiro que poupa o protagonista. Freddie Mercury é aqui apresentado como egocêntrico, temperamental, solitário, egoísta e um gênio musical. Sua voz forte, atitudes ousadas e grandes ideias fizeram com que a banda conseguisse emplacar diversas músicas, atingindo um grande sucesso mundial. Entretanto, o longa também mostra a liderança do guitarrista Brian May (Gwilym Lee) com que Freddie mostrava certo respeito e todo o talento dos membros da banda, com o baixista John Deacon (Joseph Mazzello) e o baterista Roger Taylor (Ben Hardy). Todos ajudavam na composição das músicas e é bem interessante ver o nascimento de We Will Rock You com a ideia de Brian.
Por ser bastante diferente e ousado nem todos apostaram na banda Queen, mas eles foram aos poucos mostrando que a união musical deles era fantástica. O roteiro foca bastante no relacionamento dos membros da banda, um pouco da descoberta do vírus HIV, mas principalmente de Freddie como artista.
As atuações são impecáveis, Rami Malek conseguiu representar muito bem Freddie Mercury, com todos os seus trejeitos e personalidade, praticamente idênticos. E a princípio a prótese dentária pode ser estranha, mas depois nem nos lembramos dela. A trilha sonora nos faz querer cantar no cinema o tempo todo e o longa conseguiu nos mostrar as principais obras da banda.
O filme foi dirigido por Bryan Singer que saiu dando lugar a Dexter Fletcher, e não dá pra saber qual parte foi dirigida por quem, mas é certo que o começo do filme é raso e rápido demais. Sem muita profundidade o início às vezes parece uma montagem de cenas recortadas não dando uma boa sequência para o long. Porém, na metade para o final o ritmo muda e temos uma história mais focada na solidão de Mercury e nos momentos em que se sente completamente perdido. Ainda assim, esperava um final com mais informações e um pouco mais do relacionamento do protagonista com Jim Hutton (Aaron McCusker). Entretanto, nada disso atrapalhou a experiência de ver na tela a origem da banda e a história do protagonista.
Bohemian Rhapsody não é um longa apenas para os fãs do Queen ou para os fãs do rock, é um filme para todos os gostos, emociona bastante em alguns momentos e nos apresenta uma incrível história de vida.
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: Bohemian Rhapsody
Título original: Bohemian Rhapsody
Direção: Bryan Singer / Dexter Fletcher
Data de lançamento: 1 de novembro de 2018
Nota: 4/5

*conferimos o filme na cabine de imprensa

Michele Lima

Na Nossa Estante

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