Uma quase dupla [Resenha do Filme]

Uma quase dupla é uma comédia nacional estrelada por Tatá Werneck e Cauã Reymond um tanto non sense, mas que acabou me surpreendendo por ter uma trama de investigação bem interessante.

Keyla (Tatá Werneck) é uma investigadora do Rio de Janeiro e vai para uma cidade pequena chamada Joinlandia ajudar o policial Claudio (Cauã Reymond) a solucionar um crime bem inusitado no local. Keyla é uma mulher bem competente, no maior estilo policial durão, e se acha capaz de resolver o caso sem a ajuda de Claudio, até porque o personagem além de se mostrar bastante ingênuo, não demonstra muita habilidade na profissão. No entanto, o caso se torna mais complicado à medida que outros assassinatos acontecem na cidade, demonstrando ser um caso de um serial killer e dessa forma, os dois policiais precisam se unir para desvendar o mistério.

Quem conhece Tatá Werneck sabe o que esperar do humor da atriz, um pouco sem noção e com piadas cheias de referências à cultura pop e piadas bem inteligentes. Keyla é uma ótima policial e não duvidamos da capacidade dela, aliás, a investigadora é capaz de descobrir muita coisa com apenas uma lambida! A parte mais “pastelão’ fica por conta do personagem de Cauã Reymond, já que Claudio em diversos momentos parece bobo e acredita em todo mundo na cidade. Inclusive é bom comentar que Joinlandia é um lugar bastante pacato, cheio de pessoas felizes demais, de um modo bem irritante. A maior ação da vida de Claudio foi tirar um gato de uma árvore e no fim das contas o bombeiro teve que ajudá-lo a sair do galho. Por isso, resolver o crime se torna bastante importante para o policial, que quer honrar a memória do pai que teve a mesma profissão.

A mistura de piadas non sense, inteligentes e mais banais funciona muito bem no filme, assim como a química dos protagonistas. A tensão entre os dois se mantém do início ao fim, brigam o tempo todo por terem personalidades diferentes, mas existe um claro flerte entre eles também e uma boa amizade no decorrer da trama. O caso do serial killer acaba se tornando interessante por conta da forma como ele mata suas vítimas, sempre de um modo bem inusitado e um tanto sádico também, embora seja fácil descobrir quem é o assassino.

A comédia é muito boa, com cenas bem engraçadas e os personagens se mostraram bem construídos, o que me surpreendeu bastante, inclusive toda a parte mais CSI que consegue manter o espectador envolvido em toda a história. O fato de ter descoberto quem era o assassino na metade do longa não atrapalhou nada, já que ficamos na expectativa de quem será a próxima vítima e como ela vai morrer.

Confesso que não esperava muito de Uma quase dupla, mas me deparei com uma boa trama (que inclusive cabe continuação), com uma boa produção e ótimos personagens.

Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: Uma quase dupla
Diretor: Marcus Baldini
Data de lançamento: 19 de julho de 2018
Nota: 4/5

*conferimos o filme na cabine de imprensa
Michele Lima

7 thoughts on “Uma quase dupla [Resenha do Filme]

  • 19 de julho de 2018 em 23:54
    Permalink

    Oi, Mi!
    Eu ODEIO a Tatá Werneck. Acho ela uma péssima atriz, uma péssima comediante, uma péssima tudo. Então, bem difícil eu conferir esse filme.
    Beijos
    Balaio de Babados

    Resposta
  • 20 de julho de 2018 em 03:23
    Permalink

    Oi, Mi! Tudo bom?
    Esse não é o tipo de filme que eu conferiria no cinema, mas a trama até que me chamou a atenção. Faz tempo que não vejo uma história policial menos densa e mais pra comédia; tem um ar de Bad Boys, parece? Vou esperar aparecer em algum serviço de stream pra conferir.

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

    Resposta
  • 20 de julho de 2018 em 04:52
    Permalink

    Oi, Mi

    Mesmo com você falando que as piadas funcionam e tal, jamais gastaria meu dinheirinho para ver algo com a Tatá. Acho-a extremamente pedante e repetitiva, as piadas dela me fazem revirar os olhos, então passo esse. Hahahah

    Beijos
    – Tami
    https://www.meuepilogo.com

    Resposta
  • 20 de julho de 2018 em 12:54
    Permalink

    Oi, Mi
    Quando fala "nacional e comédia", eu já fico com um pé atrás. Acho que é mal de brasileiro mesmo. Eu super assistiria, adoro a Tatá e o Cauã e saber que o filme funciona mesmo com as piadas non sense me agrada.
    Beijos

    http://www.suddenlythings.com/

    Resposta
  • 24 de julho de 2018 em 15:33
    Permalink

    Eu já queria ver o filme, mas me preparei com uma resenha onde ele foi mal avaliado, agora li a de vocês, com uma boa avaliação. Gosto do estilo de humor desta atriz então isso não vai ser problema para mim.
    Me animei novamente em assisti-lo.
    abraços
    Gisela
    http://www.lerparadivertir.com

    Resposta

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