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Original Netflix: The Crown – Segunda Temporada

Tendo sido orquestrada com maestria, a primeira temporada de The Crown (resenha AQUI) conseguiu nos apresentar a família real e o significado da Coroa de forma que pudéssemos compreender e experimentar os sentimentos e decisões que a Rainha passou nos seus primeiros anos, além de todo conhecimento político e algumas crises – fatos históricos – sendo adaptados como se fossem uma réplica do ocorreu anos atrás.
Com toda certeza, The Crown é uma das joias mais preciosas que a Netflix tem – junto de House of Cards – com uma construção impecável de sua narrativa que tem o seu objetivo bem claro nesta segunda temporada: quem é Príncipe Philip, Duque de Edimburgo (marido da rainha)? Sabemos de sua conduta duvidosa e a segunda temporada explora como ocorreu as suspeitas e a forma que a Rainha iria lidar com isso, que são os primeiros 5 minutos jogados para gente de forma tão gritante que nos fez pensar de que maneira a temporada seguiria.

Contando a história de forma que a arte imita a vida – literalmente, pois se você procurar as fotos dos acontecimentos citados na temporada, você verá uma semelhança incrível pelo trabalho bem feito da produção – a história dessa segunda temporada também é contada pelos olhos dos familiares da Coroa, pelos nobres fora dela e principalmente pela imprensa, que deve ser cuidadosamente trabalhada junto dos profissionais da Coroa que devem domá-la.
Mesmo com toda sua divindade, Elizabeth se mostra tão humana como qualquer outra pessoa. Com a interpretação fantástica da Claire Foy, temos uma personagem profunda e real, que se incomoda com os comentários negativos sobre ela, como também quer surpreender os outros para resolver um grande problema. Apesar de ter tido um pouco de tempo a menos em tela, sabíamos que Elizabeth estava de olho em tudo e de queixo erguido.
Matt Smith, como Philip, é o outro lado da Coroa, no sentido literal, a sombra da Rainha que jurou para o pai da mesma que viveria por ela, algo não tão interessante para um homem que não gosta de se rebaixar e que é um espírito livre. Conhecemos muito mais do personagem de Matt nessa temporada e muitas vezes não podemos defendê-lo de jeito algum pela forma que age, mas depois vemos um desenvolvimento sutil de seu comportamento perante seu papel a desempenhar na Coroa, mas tudo há seu preço.
Princesa Margareth, Vanessa Kirby, ainda com seu sentimento de raiva e sem perdão para sua irmã – devido os acontecimentos da primeira temporada – desempenhou não só umas das cenas mais tristes da série, como também mostra o lado infeliz de ter que ser da família Real, da Coroa, uma instituição que aos poucos foi se modernizado, mas antes, tem a Princesa tentando se libertar dela com seus atos rebeldes e com uma atuação brilhante.
Falar sobre a direção de arte e production design dispensa qualquer tipo de enrolação, apenas devemos elogiar a maestria dessa equipe. Figurinos, cenários, objetos, enquadramentos, tudo é feito de forma tão bela e pomposa, que parece algo normal, pois já faz parte da identidade dessa grandiosa série.
Com um encerrar de temporada de forma exímia todos nós nos ajoelhamos para Elizabeth.
PS: Para os que gostam de história, eu aconselho vocês a pesquisarem as crises e acontecimentos citados nessa temporada só para apreciarem a “réplica” que a série fez.
Carol Espilotro
Na Nossa Estante

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