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A Noiva [Resenha do Filme]

Conferimos a Cabine de Imprensa de A Noiva.

A Noiva é uma produção russa dirigido por Svyatoslav Podgayevsky e mostra um pouco das terríveis tradições e rituais que costumavam ser populares no século XIX, mas não totalmente esquecidas. Aliás, o longa começa justamente em décadas passadas, mostrando uma época em que as pessoas acreditavam que as almas podiam ficar presas nos negativos das fotos. Pensando nisso Barin (Igor Khripunov) aprisiona sua amada e mata uma jovem para que a alma da noiva pudesse ter um novo corpo. No entanto, nem tudo dá muito certo.
No tempo atual temos Nastya (Victoria Agalakova) apaixonada e recém-casada com Vanya (Vyacheslav Chepurchenko) que ao receber uma ligação de sua irmã volta para casa. É visível que o rapaz não quer levar a esposa, mas ela insiste em ir. Chegando no local todos os alertas de mansão assombrada são ligados, família estranha, tudo muito sombrio e misterioso. Lisa tem dois filhos, é simpática com a cunhada, mas Vanya quer ir embora logo, no entanto, ele some e Nastya começa a ter visões estranhas. Isso porque a noiva de Barin de décadas passadas é passada de corpo em copo por meio de gerações. Segundo a explicação dos personagens, para o ritual dar certo, o corpo precisa ser de um mulher casada com um homem da família.
Embora a premissa seja bem interessante, infelizmente a execução do filme é péssima. Nada assusta, as atuações são fracas, as cenas de sustos são previsíveis e os furos no roteiro são enormes. Se Vanya sabia que a mulher corria perigo, pra que levar Nastya com ele? É certo que a moça insistiu, mas ele não era obrigado a expô-la em uma situação tão perigosa. Depois tem o fato das moças obrigatoriamente serem virgens, Vanya avisa à irmã que já havia tido relações sexuais com a esposa e como é que ninguém pensou que depois de casada ela não seria mais virgem? E Vanya ainda diz que o espírito dominou sua mãe e tentou machucar seu pai, mas não precisava ser virgem? E se possuiu a mãe dele antes que mulher perdesse a virgindade, o espírito da bisavó dele teve relações com o bisneto? Hein?
E ainda não acabou! As paredes internas da casa pegam fogo, mas a casa não e tem uma cena de vento que surgem papéis do nada, mas parecia terremoto de tanto que a câmera tremia! Sem contar a cena que a protagonista tem a chance de acabar com a noiva demônio e fica hesitando, na dúvida, igual a gente no Spoleto! E a cereja do bolo é a dublagem! Ah vocês, meus caros, que vivem reclamando de filmes dublados em português, vocês não sabem o que é filme (de não animação) dublado em inglês, que coisa terrível, a boca fechada e o som da fala saindo, péssimo, completamente sem sincronização, além dos atores não interpretarem bem as cenas, deixando tudo muito superficial.
Enfim, A noiva é um filme de terror que eu acabei dando boas risadas, é trash, a premissa é boa, mas tem muitas falhas, infelizmente.
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: A noiva
Título Original: Nevesta
Diretor: Svyatoslav Podgayevskiy
Data de Lançamento: 02 de novembro de 2017

Michele Lima

Na Nossa Estante

View Comments

  • Oi Mi,
    Putz sabe que quando vi o nome desse filme já pensei "é furada", lendo sua resenha só fiquei mais certa disso.Infelizmente filmes que não tem um enredo bem construído e personagens que cativam simplesmente são trash para mim também, então acredito que teria a mesma impressão que você teve, pelo momento vou passar esse.
    Beijos
    Raquel Machado
    Leitura Kriativa
    https://leiturakriativa.blogspot.com.br

  • Miiiiiiiiiiiiiiiiiiii que resenha sensacional! Eu ri horrores! Sério o plot é bem interessante e eu imaginei algo aterrorizante.
    Conforme fui lendo, não pude deixar de rir e a cada consideração sua, eu pensava Senhooooooor!
    Taí um filme pra se divertir, e olha que a ideia é assustar hihihi
    Bjs Luli
    Café com Leitura na Rede

  • Fora que n explicaram o porquê da noiva ter se "conturbado". A alma da moça que o Barin usou para ressuscitar a sua noiva que era.

  • Gostei desse filme e discordo de todas as críticas que li na internet sobre ele. 'Desceram o pau' sem a menor necessidade. Os primeiros 15 minutos são excelentes e nos dão a impressão de que veremos uma coisa foda focada na questão folclórica das fotos sinistras com defuntos e tal, só que essa boa premissa inicial, infelizmente, foi só utilizada pelo roteiro para justificar a existência de uma maldição nos tempos atuais. Foi aí que o filme pecou. Faltaram mais elementos narrativos para enfatizarem a boa alegoria inicial e isso transformou o filme em mais uma saga genérica de sobrevivência da mocinha em perigo tentando desesperadamente escapar de um ritual qualquer. Tinha tudo pra surpreender, mas preferiram apostar no 'mais do mesmo hollywoodiano' e vacilaram. Agora, é, ainda assim, um bom filme, tem um bom clima de terror, dá sustos e causa desconfortos em algumas cenas. Tecnicamente é competente, tem uma fotografia e direção de arte excelentes e a atuação da Aleksandra Rebenok é muito boa, causando desconforto em vermos a personagem dela em todas cenas. A direção do filme é que é um tanto arrastada e cansativa, mas não o suficiente para estragá-lo, na minha opinião. No geral, gostei do que assisti e agradará à muitos fãs de filmes clássicos de terror americanos.

    PS: Discordo da maioria de suas considerações.

    1º NADA assusta?? Fala sério! Vimos o mesmo filme? Tem certeza? Acho que não!

    2º Qual noiva apaixonada e interessada abriria mão de viajar para conhecer a família distante do homem com quem decidiu passar a resto da vida? Mesmo sabendo que possivelmente se tratariam de pessoas chatas, estranhas e julgadoras. É normal.

    3º A questão da virgindade da personagem tem que ser analisada segundo uma ótica contextual da narrativa. Vanya é de família eslava, não americana como Nastya. Seria perfeitamente compreensivo que eles tivessem se casado no civil e deixado a primeira transa para somente depois de apresentá-la formalmente para os parentes eslavos. Casar não significa necessariamente transar com o cônjuge na sequência. E outra: 'não ser virgem' não era impeditivo para que 'a noiva' possuísse uma mulher, só que o ritual daria errado e ela mataria a possuída depois. Foi isso que aconteceu com a mãe de Vânia ou então ela havia sido possuída bem jovem quando ainda era namorada ou noiva do pai dele. Lembrando que 'a noiva' chegou a possuir Nastya, só que reclamou que aquele corpo já havia sido violado e só não a matou porque a ajuda chegou à tempo e impediu.

    Agora, com relação aos seus argumentos sobre as paredes internas de uma casa feita majoritariamente de madeira pegarem fogo e nada acontecer com as externas nem com a casa em si, com relação ao vendaval dentro de casa e um monte de panfletos intermináveis, que na verdade são fotos, voando do nada, a tremedeira excessiva da câmera e, principalmente, sobre a fato da Nastya ter voltado até a casa, encontrado o negativo que continha a alma da noiva, tê-lo pego e não ter feito nada com ele, eu concordo plenamente com eles. Essas são as falhas desse roteiro, na verdade.

    PS2: A ventania das fotos também pode ter sido uma ideia do diretor de querer enfatizar que foi justamente por causa de fotos macabras é que toda essa maldição foi desencadeada e a cena ocorre exatamente na sequência em que 'a noiva' sai das sombras e começa a ameaçar todos de forma mais direta e agressiva.

    Mas tudo que eu citei acima nas minhas numerações não passam de uma provável viagem alucinógena que você teve minutos antes de começar a escrever essa sua resenha.

    Abraços!!

    • 1. Sustos previsíveis, não tenho culpa.
      2. Se Vanya sabia que a mulher corria perigo, era não e ir e pronto. Daí não teria filme, entendo.
      3."Foi isso que aconteceu com a mãe de Vânia ou então ela havia sido possuída bem jovem quando ainda era namorada ou noiva do pai dele". Seu "ou então" mostra uma certa dúvida do que ocorreu.

      "e agradará à muitos fãs de filmes clássicos de terror americanos."

      A noiva foi lançado em 2017 e pouco agradou a audiência da época. E isso é apenas uma informação do que aconteceu, o que não invalida o gosto pessoal de ninguém.

      No mais está tudo certo, concordamos em discordar.

  • Pô, legal pra caramba saber que esse aqui é um site onde quem comenta tem obrigatoriamente que concordar com os argumentos e pontos de vista da autora da resenha, por mais sem sentido que eles possam ser. Só UM ponto de vista é aceito! É aquela velha chata regra de internet em tempos de redes sociais: ou você concorda comigo ou então vá se f...er!!!!

    Escreveu um monte de bobagens sobre o filme e ainda cala quem chega apresentando uma abordagem mais coerente.

    PATÉTICA!!!

    • Eu não entrei no site ontem, por isso, sua postagem não havia ainda sido aprovada. Não vi o menor problema com sua opinião, achei bem tranquila, alias. No entanto, claramente, ficou registrado sua falta de respeito nesta a troco de nada. Espero que esteja bem ao xingar os outros.

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