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Emoji – O Filme

Conferimos a cabine de imprensa de Emoji – O Filme

Uma das primeiras coisas que pensei quando soube que iriam fazer um filme sobre emojis foi que tipo de história seria contada! E os roteiristas Eric Siegel, Mike White e o diretor Tony Leondis optaram pelo já tradicional tema “seja você mesmo”, em que no final das contas há sempre uma lição de moral a ser apresentada.
Alex é um adolescente que tem bastante dificuldade em se comunicar com a garota que está a fim, inclusive virtualmente. Tentando entrar em contato com a menina, o rapaz usa os famosos emojis, mas uma carinha diferente aparece na mensagem e com isso o seu celular começa a mostrar um comportamento bem estranho, o que leva a Alex a ir numa assistência técnica para repará-lo. Assim, tudo no aparelho será perdido, para o desespero dos emojis que vivem nele!
Textopolis é a cidade onde os Emojis vivem e trabalham. Cada um tem sua função, mas Gene que deveria substituir o pai na emoção Meh, simplesmente surta na hora! Na verdade, o protagonista consegue fazer várias expressões ao contrário dos outros e por isso é considerado um bug no sistema! Smiler, a emoji Sorriso (psicótico) resolve acionar o antivírus e tenta resolver toda a situação antes que Alex delete tudo no celular! No entanto, Gene está determinado a ser um emoji normal e embarca numa aventura dentro do celular com uma Hacker e o emoji High Five.
O filme inteiro é uma referência a tecnologia, temos vários aplicativos famosos como YouTube, Instagram, Twitter, o que provavelmente deixa o espectador bem familiarizado com a trama. No entanto, o roteiro peca em demorar nas apresentações dos personagens, numa lista infindável de emojis e infelizmente algumas piadas não funcionam. Sem contar o High-Five que deveria ser o mais carismático e se torna o mais sem graça da história. Por outro lado, é bom que se diga que o filme não é exatamente um emoji cocô como boa parte da crítica está dizendo. O roteiro tem sacadas inteligentes como a verdadeira identidade da emoji Hacker que acompanha o protagonista Gene, a vilã que mais parece uma psicopata com seu sorriso forçado e toda a parte hierárquica que acompanha a sociedade dos emojis que mostra uma mensagem bem positiva para o público infantil sobre valorizar a si mesmo.
O longa acaba não encontrando bem o público destinado, por vezes parece ser mais infantil, outras vezes mais adolescente e é possível identificar também referências mais adultas, mas nada disso de fato me incomodou a não ser algumas piadas que me pareceram forçadas. O roteiro é previsível, os personagens são bem rasos, mas talvez pelo fato das expectativas não estarem muito altas, até que acabei gostando do casal protagonista e da mensagem sobre a quebra de estereótipos, principalmente em relação ao feminismo.
No final das contas, Emoji – o filme não é um  longa considerado um primor, mas também não me pareceu deplorável. É uma animação mediana, com momentos mais fracos e outros mais interessantes.
PS: Antes do filme foi exibido um curta-metragem de Hotel Transilvânia chamado Puppy que simplesmente foi sensacional!
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: Emoji – O filme
Título Original: The Emoji Movie
Diretor: Tony Leondis
Data de lançamento no Brasil: 31 de Agosto de 2017
Michele Lima
Na Nossa Estante

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