Categories: Uncategorized

Mulher-Maravilha [Resenha do Filme]

Conferimos a cabine de imprensa de Mulher-Maravilha.
Acredito que os fãs da DC estão esperando ansiosamente pelo filme Mulher-Maravilha e os curiosos de plantão também! Pois então, podem ficar despreocupados porque o novo longa da DC é arrebatador! Não só por ter uma heroína que desconstrói todo o estereótipo de mulher frágil e submissa, como também por ter uma excelente qualidade em termos de enredo, trilha sonora e efeitos especiais.
Diana (Gal Gadot) é filha de Hipólita (Connie Nielsen), a rainha das Amazonas e por mais que sua mãe não queira ver a filha sendo uma guerreira, a luta parece estar no sangue da princesa e para ajudar a se defender em uma possível guerra, sua tia (Robin Wright) a ensina a treinar todos os dias. Quando sua mãe finalmente percebe que não consegue impedir Diana de ser a guerreira que nasceu para ser, apoia a filha e pede para a irmã treiná-la mais intensamente.
Em todo o primeiro ato do longa vemos Diana treinando, tendo uma enorme impulsividade para batalha, até que Steve Trevor (Chris Pine) aparece em sua ilha que supostamente deveria estar escondida. Junto com ele, os alemães também encontram Themyscira e uma batalha está armada. Pelo pouco tempo que Steve fica no lugar. Diana percebe que precisa acabar com a guerra, acreditando que tudo é culpa de Ares, o deus mitológico. Mesmo a contragosto de sua mãe, Diana parte com Steve não só para tentar acabar com a guerra, mas também, mesmo sem saber, para conhecer sua verdadeira origem.
A diretora Patty Jenkins é espetacular em sua direção e temos uma Mulher-Maravilha carismática, engraçada em sua ingenuidade e poderosa. As cenas de lutas são de tirar o fôlego e o que vimos em Batman vs Superman: A Origem da Justiça é só uma pontinha do que Diana é capaz de fazer. E durante toda sua interação com os humanos e com Steve, temos várias cenas e diálogos que mostram o quanto o longa veio para combater o machismo em mundo repleto de heróis ou com heroínas que de alguma forma estão sempre precisando de um homem para ajudá-las. Não que Steve não ajude Diana, mas seu auxílio se dá principalmente em fazê-la compreender a sociedade humana. O personagem em nenhum momento é o salvador da protagonista e isso fica claro quando ele diz que vai salvar o dia, mas é ela quem vai salvar o mundo.
Vale destacar que o temos aqui não é um menosprezo ao sexo oposto, em nenhum momento a heroína diminui ou despreza Steve por ser um homem ou um simples humano, o que temos é uma relação mútua de respeito que me agradou bastante. Claro que a princípio Steve acredita que precisa proteger Diana, mas a partir do momento que ele descobre que ela é capaz de parar até as balas das armas usando seu bracelete, o personagem aceita que Diana é capaz de lidar sozinha com qualquer um e no final a deixa lutar com seus próprios demônios, sabiamente entendendo que a luta em questão não o envolvia.
Vários momentos do longa merecem destaques: Diana enfrenta a frente de batalha num cenário morto de vegetação, completamente dominado pela degradação humana, em uma cena que é sem dúvida o auge do filme. Todo o alívio cômico se dá pela ingenuidade de Diana em relação a nossa sociedade e ao sexo oposto. De maneira bem inteligente temos piadas sobre o papel do homem no prazer e toda a importância de ser ou não acima da média no quesito órgão sexual. E a trilha sonora também é de arrepiar, principalmente quando toca o tema da protagonista.
Além de acertar o tom, mesclando bem a parte cômica sem exageros, o longa também acerta na escolha Gal Gadot como protagonista. Dona de um carisma incrível, a atriz consegue mostrar bem uma heroína ingênua, mas não tola, poderosa, mas não soberba, teimosa, mas capaz de reconhecer seus próprios erros.
Todo o enredo baseado na origem da Mulher-Maravilha tem um tom sério, sem piadas tolas em momentos importantes, tudo bem realístico, mesmo com todo o tema mitológico que envolve Diana. Um salvador tentado a desacreditar na humanidade é bíblico e se tornou clichê ao longo dos anos, mas aqui temos uma salvadora, uma mulher, uma heroína que apesar de movida pela raiva e dor consegue enxergar que a humanidade pode ser mais do que um povo mesquinho e cruel e faz da paz sua bandeira de luta.
Um longa dinâmico, com cenários de guerra reais, diálogos inteligentes e excelentes cenas de lutas, Mulher-Maravilha é com certeza um dos melhores filmes com heroínas já produzidos e vale muito a pena ser conferido.
Trailer:


FICHA TÉCNICA
Título: Mulher-Maravilha
Título Original: Wonder Woman
Diretora: Patty Jenkins
Data de lançamento: 1 de junho de 2017

Michele Lima

Na Nossa Estante

View Comments

Share
Published by
Na Nossa Estante

Recent Posts

Um Espião Infiltrado – Segunda Temporada

Eu fui surpreendida com a primeira temporada de Um Espião Infiltrado, na Netflix. De Michael…

2 dias ago

5 Filmes para ver no Natal!

Nada melhor do que maratonar filmes natalinos nessa éopoca do ano! Abaixo uma pequena lista…

1 semana ago

O Segredo do Papai Noel [Crítica]

Mais um filme natalino que chega à Netflix. O Segredo do Papai Noel pode agradar…

2 semanas ago

Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out

Vivo ou Morto é o terceiro filme da trilogia Knives Out, que começou com Entre…

2 semanas ago

Bambi – O Acerto de Contas

Bambi - O Acerto de Contas não é tão ruim como dizem. Esse outro clássico…

3 semanas ago

Mentes Extraordinárias – Primeira Temporada

Mentes Extraordinárias foi outra grata surpresa do ano, disponível na HBO Max. Como já disse…

3 semanas ago

Nós usamos cookies para melhorar a sua navegação!