Oi pessoal, como de costume, sou eu Pandora, introduzindo o post da Ana e vou aproveitar a oportunidade para fazer uma confissão.
Estou lendo “O Conde de Monte Cristo”, peguei um e-book através do Kobo e sinceramente esse é daqueles livros que fazem você entender porque centenas de anos após sua morte Dumas continua sendo lido, relido e festejado.
Apreciem o texto da Ana e façam como eu: comecem a ler o livro, vale a pena!
O que me encanta em Alexandre Dumas é sua simplicidade em escrever e, especialmente, a facilidade em definir personalidades (parênteses para dizer que Jane Austen também tem tal dom e, se possível, de maneira ainda mais profunda). Aqui provavelmente alguns pararão para questionar: Em que ponto Dumas é simples ao escrever em sua difícil linguagem? Sim, à primeira vista não é, mas vamos lá, suas histórias se passam em séculos passados, sendo assim, as histórias seguem tal linguagem. Eu mesma admito que a primeira vez que li Os três mosqueteiros (depois li mais uma ou duas vezes…) quase desisti pela difícil compreensão, mas minha teimosia foi maior e quando vi quase sai falando como suas personagens. Vale aqui ressaltar que em O conde de Monte Cristo a linguagem é mais leve, até por, no contexto temporal das histórias, ser mais recente que Os três mosqueteiros.
Falo em simplicidade me referindo realmente à sua forma de escrever… As histórias que, quando lembradas parecem complexas, quando lidas (e compreendidas com naturalidade) são tidas como leves, por serem narradas com fácil relação ao cotidiano (se tu vivesses no século em que se passa a história, claro) e manterem uma sequência natural e… pam, quando se viu o livro acabou e tu começas a pensar: E agora?
O conde de Monte Cristo segue a tradicional linha de Dumas, começando com a chegada do jovem Edmundo Dàntes à sua terra após atracar com o barco em que trabalhava como marinheiro, sendo logo promovido à Capitão. Em suma, era o ápice da alegria de Dàntes, que tinha pretensão de, antes da próxima viagem, casar-se com sua amada noiva Mercedes. Inveja daqui e de lá, tudo se vai com a prisão injusta de Dàntes. Em sua prisão, no castelo de If, acaba por fazer amizade com o abade Faria, tido como louco pelos carcereiros, mas com quem muito aprende e busca uma fuga. Uma vez livre, a meta de Dàntes será descobrir a causa de sua injusta prisão e o destino daqueles a quem amava, o pai e a noiva, e acertar as contas que estiverem pendentes. De posse de um tesouro, Dàntes se torna o conde de Monte Cristo, que enterrou o jovem Edmundo no castelo de If anos atrás e agora é rico e tem grande poder, aparentemente, em todas as áreas.
É, sem dúvida, um livro admirável, daqueles que não há como parar de ler até que surja o último ponto final. Dumas mantém suas já ditas características de enredo fácil de ser apreciado e personagens com personalidades facilmente definidas, sem esquecer de mostrar as falhas dos bons e, muito menos, as glórias dos maus, lembrando que somos todos humanos. É tão admirável a postura de Monte Cristo quanto, em algum momento, é lamentável. Festeja-se tanto o fim merecido aos vilões, quanto questiona-se se realmente aquele seria o único caminho. Enfim, Dumas consegue por a nós, leitores, a pensar, não simplesmente aceitar o mocinho perfeito e os vilões as serem destruídos. Não é à toa que O conde de Monte Cristo é um dos mais conhecidos livros de Dumas.
Não saberia o que mais dizer sem dizer tudo e deixar de falar muito. Um livro, em certo sentido, subjetivo, já que o ato de cada personagem pode ser interpretado de maneiras diferentes; sem deixar de ser extremamente geral. Mas me repito, então melhor parar aqui, finalizando com o real desejo de que, se minha sugestão literária for seguida, seja apreciada por todos, até porque me parece impossível ser diferente.
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eu não gosto de ler virtualmente. gosto do livro em papel. até pq carrego em tudo qt é lugar, a chance de voltar sem o kobo pra casa é grande. eu qeuro muito ler esse livro. até achei que tinha lido, fui nas minhas anotações, mas não li. beijos, pedrita
Oi.
Estou lendo esse livro e vi o filme.
É simplesmente sensacional.
O livro é bem grande, em dois volumes, mas é muito agradável a leitura.
Abraços.
Diego || Diego Morais Viana
Que resenha maravilhosa. Mas sinceramente falando? Não me animo em ler não, mas quem sabe um dia.
Post it & Livros
Eu li este livro em uma edição adaptada – Dumas merece novas edições por aqui, mais fáceis de encontrar!, se alguém souber onde encontro o "A Tulipa Negra" eu agradeço – então tenho mita vontade de ter em mãos o texto integral para ler. Dumas sabe contar uma história, gosto dele tanto quanto de Dickens, e dá meio que um desesperozinho ver o quanto os dois são pouco lidos hoje em dia.
Dois abraços!