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Ensaio Críticos – Questões filosóficas. Vol 2 [Resenha Literária]

Título: Ensaio Críticos – Questões filosóficas, Vol 2
Autor: Nicolas Theodoridis
Editora Multifoco

Estava há algum tempo sem escrever resenhas de livros. Resolvi, então, resenhar o “Ensaios Críticos” de Nicolas Theodoridis. Ganhei este livro, via sorteio, em uma confraternização de final de ano, acabei lendo em uma tarde, não só por ser pequeno (contém 157 páginas), mas porque o autor possui uma escrita leve e agradável.
Trazendo temas gerais, Nicolas Theodoridis, vai de discussões filosóficas, sobre o que seria o conceito, a buscar de definição de ideias, ações e questões do cotidiano. Sempre com um convite a voltarmos à nós mesmos, de forma a pensarmos como estamos: vivendo ou sobrevivendo? Ou ainda: será que nossa visão de mundo é certa? O que é real? A verdade se faz por via de mão única ou é multifacetada? Enfim, um livro breve, mas que traz profundas reflexões.
Como diz a introdução, o livro é uma compilação de artigos publicados primariamente no jornal “O Diário de Teresópolis”, além de contar, ao final, com um capítulo do trabalho de especialização do autor. A justificativa dada para compilar os artigos com o capítulo é que o livro aborda questões filosóficas. O que não impediu perceber uma clara mudança no tom da linguagem na obra. O que não significa dizer que o leitor tenha a percepção de que desconexão entre o capítulo e os artigos, muito pelo contrário, o artigo acaba sendo interessante ao leitor que em nada sabe ou pouco conhece sobre a Grécia Arcaica, uma vez que a todo o momento em seus artigos Theodoridis se reporta a este espaço e tempo.
O motivo por este espaço e tempo, pode ser percebido por alguns indícios nos dados pelo subtítulo e pelo primeiro capítulo. O subtítulo é “questões filosóficas”, o que é um claro indicativo de que o livro se propõe a falar direta ou indiretamente sobre filosofia. E ao nos voltarmos para o primeiro capítulo, intitulado  “A construção do pensamento ocidental”, nossas dúvidas se encerram. O autor quer falar de questões contemporâneas de homens ocidentais e quer pensar a partir da configuração do pensamento ocidental, em que a Grécia ainda hoje desempenha papel central.
Falando dos artigos, propriamente ditos, a coletânea compreende 26 textos, que eu ousaria dividi-los em três grupos de reflexões: fílmicas, noticiais e questões diárias (por questões diárias, chamo reflexões sobre a família, amor, ano novo, reflexões existencialistas e por aí vai). O grupo fílmico e o que chamo de questões diárias, me pareceram os mais profundos e significativos. Pois, o autor conseguiu traduzir de uma forma muito bela a importância de viver a vida sempre com a certeza de que a cada instante temos a oportunidade de nos maravilharmos com o novo, com o belo. E que o belo está no olhar de quem vê, como costumo dizer.
E talvez isso seja o ponto alto do livro, independentemente da crença ou não no sagrado (ainda que o autor por vezes pareça defender a existência do divino), devemos fazer o esforço de acreditarmos que viver vale a pena, mas ela só valerá a pena se formos capazes de nos lançar o desafio de ver a vida por diferentes filtros. Ou como diria o autor por “verdades multifacetadas”.
Bjs,
Juliana Cavalcanti
Na Nossa Estante

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