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O preconceito e os romances de banca [Devaneios]

Esses dias eu estava conversando com minha querida amiga Pandora sobre o preconceito e a hipocrisia que gira em torno dos romances de banca. É engraçado ver tanta gente falando que não curte tais romances quando o que as grandes editoras vendem por aí são nada mais nada menos do que romances de banca disfarçados!
Geralmente os romances de banca não são longos (quem sabe se os autores têm limites de página, né?), a qualidade do material é baixa, o preço é baixo, não são profundos e o enredo está direcionado as mulheres! Se você trocar por uma boa capa e um material melhor dá pra vender sossegado em qualquer lugar e foi justamente assim que “50 tons de cinza” virou um sucesso! E eu nunca teria imaginado isso e não fosse a Pandora! Claro que preconceito em relação a isso não falta! E daí que é pra mulherzinha? E daí que são irreais e daí que não são profundos? E qual o problema com a banca? Hoje as coisas evoluíram, a gente pode comprar um bom romance de banca pela internet e os Sabrinas, Biancas e afins foram substituídos por Paixão, Desejos, etc, ainda que as capas continuem dando vergonha alheia!
Eu sinceramente não vejo muita diferença em muitos romances atuais e alguns de banca, mesmo esses romances de época que estão na moda, já que os de época de banca possuem o mesmo perfil! Inclusive o hot, que desde “50 tons de Cinza” se tornou elemento quase que unanime nos romances atuais! A grande diferença está no check-lit, tipo Marian Keyes, esses sim são completamente diferentes em termos de narrativa e perfil de personagens. Entretanto, se é romance, o protagonista é um lord, mesmo com seus defeitos, rico, lindo, baba pela protagonista, que pode ser atrevida mesmo sendo ingênua, então é um romance de banca em sua essência, ainda mais se tiver todos os exageros nas cenas de sexo!
Então, você que compra hoje romances no estilo citado, acima de 30 reais ou mais, fã da Nora Roberts, você lê romances de banca modernos! Chupa essa manga, ou melhor, deixa o preconceito bobo de lado e assuma seu lado sonhador! Afinal, quando queremos ler coisas mais sérias, livro é que não falta, não é? Não é porque gostamos de romances que não gostamos dos clássicos (vejam nossas resenhas), ficção, policiais, etc. Agora se você não gosta de romance de modo algum, de banca ou não, aí são outros quinhentos.
Michele Lima
Na Nossa Estante

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    • Juciele!!! Ainda não tive sorte com a Nora, não me identifiquei com os dois livros que li, mas estou pensando seriamente em ler os livros mais antigos dela!!! E sim, eu tb adoro essa receita de romance de banca e às vezes tb não lembro os nomes dos livros por serem parecidos, mas eu adoro! >3

    • É verdade, eu li a trilogia da fraternidade, as Irmãs pimentas e a Brianna realmente é o tipico romance de banca ( Que eu ainda amo rsrs ) Mas como a colega disse a Nora aprofunda mais e os romances de banca são mais curtos do tipo que se lê em um dia... A diferença na minha opinião esta na quantidade de paginas e no material impresso... Aquela capa definitivamente denuncia rsrsr... mas eu gosto de todos, sem preconceito... Li 50 tons ( Os 3 ) e realmente é um banca-book certamente, mas com uma roupinha melhor... :)

    • Olá ,OS LIVROS DA Nora é udo livro de banca assim como os da julia Quinn que são de bancas algumas outras autoras de banca estão sendo relidas pelas editoras é sendo transformadas em livros muitos estão trocando as capas e os titulos então fiquem ligadas que vcs que amam livros de romance estão comprando livros de banca de jornal. :)

  • eu concordo que não é a roupagem e o lugar que é vendido que muda a qualidade do livro. cada um lê o que quer e gosta. o livro se diferencia pelo conteúdo. não faz sentido a pessoa criticar livros de banca se lê outros dos mesmos autores em outras publicações. é hipocrisia. beijos, pedrita

  • Sendo bem sincera? Tem livros de banca ruim e outros bom, simples assim como os livros que compramos nas livraria. Pra começo de conversa como você mesma disse muitos livros da Nora Roberts são de banca, a diferença é que ela ficou super famosa e as editoras quiseram ela. E concordo tem muito livro que poderia ser considerado de banca pois é do mesmo jeito. Adorei a temática do post.

    Beijos
    http://www.partesdeumdiario.com/

  • Eu nunca li nada de banca, mas também não tenho preconceito. Em sua maioria são romances, então não faz muito meu estilo. Mas a questão é: depende de onde é vendido e a atenção que é dada à tal livro, por isso que se torna tão famoso. Mas no geral, todos tem a mesma fórmula.

    Beijos,
    biblioteca-de-resenhas.blogspot.com.br

  • Romances de banca são uma delícia de ler, e sim...
    Também concordo que sempre há romances estilo de banca na livraria...
    Já li vários...
    Eu amo romances...
    Ponto final!!!
    Excelente post!!!

    BJo, bjo!!!

  • A única coisa que não gosto dos romances de banca são as capas
    Mas tirando isso, até que são bons livros, de fácil acesso e com um preço bem bacana
    E é como você escreveu, a pessoa lê 50 tons mas tem preconceito com os de banca, porque?
    Eu amo todo tipo de romance

    Beijos
    http://pocketlibro.blogspot.com

  • Concordo com tudo o que vc disse, apesar de não ter lido nenhum romance de banca, acho que as pessoas deviam largar esse preconceito bobo, como vc e a pedrita disseram "não é a roupagem e o lugar que é vendido que muda a qualidade do livro"

    whoisllara.com

  • Eu adoro a Sandra Brown, que tem uma escrita excelente, thrillers maravilhosos e ela fez sucesso com romances de banca. Li vários! E comprava muito justamente pelo preço, pois queria ler e não podia ir na livraria grande.

    E se a gente perceber, o preconceito do brasileiro é pura hipocrisia. Vá em qualquer grande livraria que vende os pocket books importados (como a Livraria Cultura) e você vai ver que o material é de menor qualidade, ele costuma ser menor. Igualzinho aos nossos romances de banca.

    A questão é que no Brasil os pockets pegaram de uns tempos pra cá e eles nem são com aquele papel jornal. Coisa de menos de 20 anos mesmo quando a LPM e a Sextante começaram a investir pesado. Para as editoras brasileiras não compensa lançar livros nas duas modalidades porque nosso mercado é pequeno, mas lá fora essa prática é comum. O pocket foi feito para ser lido com apenas uma das mãos, por isso ele é pequeno. Seu papel e sua capa são de menor qualidade para baratear o custo.

    Lembro de ter lido uma vez que a assessora de uma câmara de vereadores aqui do interior de SP queria comprar duzentos livros de um determinado título, pois eles seriam presenteados aos políticos da cidade. O cara da editora mostrou os pockets pra ela, e ela logo recusou, dizendo que os políticos não gostariam da "cara de livro de segunda". No fim, ela comprou os livros normais, com papel mais nobre e capa macia.

    Gente que esnoba o livrinho da banca, mas paga o triplo num livro de mesma temática - às vezes da mesma autora! - é só um hipócrita exibidinho que não quer ler, quer fazer pose, ter cara de cool.

    momentumsaga.com

    • Cara Lady que bobagem dessa assessora! É aquela velha historia das aparências, né? Eu adoro um pocket, é mais barato e mais fácil de carregar! rsrssr

      Bjs

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