O Duque e Eu [Resenha Literária]

Eu disse que estava numa fase de romance de época, não disse? Culpa da Editora Arqueiro, já que depois de ler Desejo à meia-noite, percebi que a editora também lançou outro livro no mesmo estilo: O duque e eu, que não só é um romance de época como segue a mesma linha de contar a história dos membros de uma família separadamente. Neste primeiro volume conhecemos Daphne, a irmã mais velha de uma família de oito irmãos!

O livro começa mostrando a história de Simon, o protagonista da história, que perde a mãe no dia em que nasce e demora 4 anos para poder falar. Filho de um pai orgulhoso, medíocre e cruel, Simon sofre uma grande rejeição na infância por ser gago. Por conta disso, o jovem duque se torna um homem persistente, tornando-se o melhor em tudo que faz e assim, com o passar dos anos, controla a gagueira, para se vingar do pai. No entanto, mesmo depois da morte do velho duque, ele não consegue esquecer a rejeição da infância.

Simon é o melhor amigo de Anthony Bridgerton, irmão de Daphne, o filho mais velho, mais protetor e ciumento também. Simon conhece Daphne em uma festa e imediatamente se sente atraído por ela, porém, como ela é irmã de seu amigo, o jovem duque a princípio tenta ignorar a atração. No entanto, essa tentativa não dura muito, principalmente depois que Simon tem a brilhante ideia de fingir cortejá-la. Acontece que Daphne é uma garota inteligente, esperta, extrovertida e por isso, a maioria dos homens só a enxerga como amiga. Entretanto, ao ter um duque com intenção de cortejá-la poderá fazer outros homens se interessarem por ela, o que de fato ocorre. Em contrapartida, ao fingir cortejar Daphne, Simon se livra das mães desesperadas em casá-lo com suas filhas.

Sinceramente, apesar de admirar a teimosia de Daphne achei que em alguns momentos faltou amor próprio da parte dela, mas uma mulher apaixonada é capaz de passar por cima de muita coisa. Já Simon às vezes me deixava super irritada com seus problemas de infância, como se isso fosse justificativa pra tudo! Entretanto, de modo geral, o casal me agradou. Mais do que o casal, a mãe dos irmãos Bridgerton, Violet, era quem às vezes roubava a cena! Esperta como só, sabia usar direitinho os filhos, soltando frases brilhantes, como: “Você vai aprender que todos os homens têm uma necessidade inexplicável de colocar a culpa em alguém quando fazem o papel de bobos”.

Além de personagens interessantes, de todos os romances de época que vi até agora, O duque e eu é um dos melhores que detalha a forma de cortejar no século 19 e o desespero das mães em conseguir um bom marido às filhas. Também gostei muito do fato de cada capítulo começar com uma nota de jornal de fofocas, contando o que se passava entre os nobres da época. Aliás, dessa forma começávamos lendo o capítulo já esperando mais o que menos o que iria acontecer e incrivelmente sem spoilers, o que me pareceu uma forma narrativa bastante inteligente por parte da autora Julia Quinn.

Enfim, para quem está viciado em romance de época como eu, ou simplesmente adora um romance, pode começar a ler sobre a família Bridgertons sem nenhum receio e medo de arrependimentos!

FICHA TÉCNICA

Livro: O Duque e eu – Familia Bridgerton – Livro 01
Autora: Julia Quinn.
Onde Comprar: Amazon

 

Michele Lima
Na Nossa Estante

View Comments

  • Eu li poucos romances de época, mas me apaixonei por tudo o que li. Este já estava na minha lista, e fiquei mais curiosa por saber que posso ler sem medo. Preciso o quanto antes.
    Beijos,
    Yasmin
    deitadosnagrama.blogspot.com.br

  • Oi, Michelle.
    Eu achei esse romance uma gracinha. Me fez suspirar hehe. Estou louca pelo segundo volume.
    Adorei a resenha. :)

    Beijos.

    • É verdade Angela eu esqueci de comentar na resenha que ele tem umas partes muito engraçadas!!

      Bjs e obrigada por sempre comentar!!

  • Hum...adoroo!Esse é um dos livros Romances de Época da Arqueiro que mais quero ler. Parece ser bom...vi que os personagens mexeram bastante com você.De todas as resenhas que vi sobre o livro, ninguém mencionou esse jornal de fofocas...achei super interessante. Quero ler.
    Beijos!
    Paloma Viricio-Jornalismo na Alma.

  • Eu gosto de romances de época, mas cá me pergunto qual a razão de a maioria deles ser chegado no sensual - muito antes dos "Cinquenta Tons", li o "Mundo Sem Fim", do Follett, e ele já era bem voltado ao erótico (inclusive com cenas bastante perturbadoras de uma freira!). Mas não estou reclamando, talvez implicando, apesar de poder assustar a alguns, acho que deixam um toque a mais na narrativa.

    Tenho curiosidade de ler esses históricos da Arqueiro, vamos ver como me saio.

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