Apesar de achar que ter um spin-off de The Boys é saturar o universo antes da hora, preciso admitir que Gen V tem sido uma grata surpresa. A primeira temporada apresentou personagens promissores, e agora, na segunda, tivemos um ótimo desenvolvimento da protagonista.
Infelizmente, a série teve que lidar com a morte precoce do ator Chance Perdomo, que interpretava Andre, mas seu falecimento foi bem explicado no roteiro. Marie (Jaz Sinclair), Jordan (London Thor/Derek Luh) e Emma (Lizze Broadway) precisam lidar com o luto e a traição de Cate (Maddie Phillips). O grupo saiu da penitenciária cheio de traumas, mas é obrigado a voltar para a faculdade, agora sob o comando do misterioso diretor Dean Cipher (Hamish Linklater).
O enredo da segunda temporada gira em torno do treinamento que Cipher impõe a Marie e do enigmático Projeto Odessa, que indica que a protagonista é uma arma extremamente poderosa. Também há espaço para a redenção de Cate e seus conflitos com os próprios poderes. Além disso, a temporada apresenta novos personagens, todos com habilidades tão curiosas quanto bizarras. Ainda assim, o maior desenvolvimento fica com Marie, que amadurece não apenas como pessoa, mas também no domínio dos seus impressionantes poderes. Jaz Sinclair está excelente no papel! Por outro lado, Emma poderia ter sido melhor explorada. É uma personagem carismática que acabou ficando de escanteio em alguns momentos. O mesmo acontece com Sam (Asa Germann), que praticamente não tem arco nesta temporada.
Gen V sabe aproveitar o universo de The Boys, apresentando personagens interessantes, mas curiosamente sem grandes ganchos narrativos. A sensação é de que a série é leve de acompanhar, nunca cansativa, porém falta provocar mais o espectador. Falta impacto, ainda que a revelação sobre Cipher na reta final tenha sido excelente. E é ótimo ver como agora a trama está completamente interligada com The Boys.
Gen V segue a cartilha dos heróis irreverentes, das cenas absurdas e da sátira social afiada. Apesar dos problemas de ritmo, acerta ao dar mais realismo e profundidade aos personagens. Já fico no aguardo de um possível confronto entre Capitão Pátria e Marie.
Michele Lima
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