Ruptura – 2ª temporada [Crítica]

Depois de uma longa espera, fomos premiados, finalmente, com a segunda temporada de Ruptura na Apple TV! Premiados porque, embora alguns reclamem que a série seja lenta (o vício de dopamina afeta muito esses pobres coitados), a segunda temporada entregou episódios primorosos!

Eu sou da época de Lost, época que era uma febre criar teorias sobre aquelas pessoas perdidas em uma ilha muito esquisita. Era nos primórdios da internet e tudo era bem divertido. Depois de Lost, nenhuma outra série causou em mim as mesmas expectativas em relação a criar teorias, até começar a ver Ruptura.

Criada por Dan Erickson e dirigida por Ben Stiller, a série nos mostra na primeira temporada um grupo de pessoas que fizeram a chamada Ruptura. Eles não se lembram do que fazem no trabalho e no trabalho eles não se lembram de nada das suas vidas fora daquele prédio frio e deprimente da empresa Lumon. Até que aos poucos a trama vai nos revelando segredos importantes.

Agora na segunda temporada, o protagonista Mark Scout (Adam Scott), desconfia que sua esposa falecida esteja viva na Lumon e está disposto a qualquer coisa para resgatá-la. No entanto, seu interno Mark S, o Mark que trabalha no andar de refinamento de macrodados, é apaixonado por Helly R (Britt Lower), o que gera um romance bem peculiar. Aliás, essa temporada foi repleta de casos amorosos, ou melhor, triângulos: Irving (John Turturro), Burt (Christopher Walken) e Fields (John Noble), o externo do Dylan (Zach Cherry), sua esposa e seu interno, agitaram bem a trama.

É uma temporada cheia de surpresas! A gente descobre o que acontece com a Gemma (Dichen Lachman) em um episódio cheio de angústia, dirigido brilhantemente por Jessica Lee Gagné. Um dos melhores episódios da temporada, batendo de frente apenas com Vale da Aflição, que nos mostra um cenário inesperado e uma reviravolta mais inesperada ainda, John Turturro simplesmente deu um show de atuação!

Ao mesmo tempo que a segunda temporada nos entrega algumas respostas e, ao menos, pra mim, fica cada vez mais clara a intenção da Lumon, surgem outras dúvidas, como porque Gemma é escolhida, para o que é evidentemente anos de tortura. Entre outros questionamentos que aparecem, deixando todos nós muito intrigados!

Achei que desenvolveram bem os personagens e suas relações pessoais, dando um peso ótimo para o que acontece também fora da Lumon. Além de um enredo incrível e atuações brilhantes, Ruptura também entrega uma fotografia excelente! É uma série que absolutamente nada é por acaso, nem mesmo as cores. A direção de arte é responsável por boa parte das teorias criadas pelos fãs.

Ruptura é uma das melhores séries da atualidade e teve um final arrebatador! Com certeza Helly R é a Uni de Caverna do Dragão! Agora nos resta torcer para que não demorem de novo mais 3 anos anos para nos entregar a próxima temporada.

Michele Lima