A máquina do tempo era mais clássico de ficção que estava na minha lista de leitura e que a DarkSide® Books me proporcionou uma experiência ótima com uma edição lindíssima.
Mais curto do que eu imaginava a história começa com um Viajante do tempo contando sobre a invenção da máquina do tempo com breves relatos e questionamentos físicos para um grupo de pessoas, incluindo o narrador da trama. Alguns dias depois, ele e um grupo vão até a casa do viajante para jantar e depois de muito esperarem encontram o inventor um pouco mais velho, mancando e visivelmente como se tivesse enfrentado muitas coisas. E de fato, ele enfrentou. Conseguindo colocar em prática suas ideias, o protagonista viaja no tempo e para o futuro. Curioso, ele começa a investigar o local e descobre uma civilização humana (mas diferente de nós) que vive nas ruínas de lugares passados, de maneira selvagem. Eles não falam a língua do viajante, comem só frutas, vivem de modo rudimentar, inclusive ficam fascinados com fósforo, e não conseguem manter a atenção por muito tempo em algo. A impressão que dá é que a humanidade se tornou bem boba.
Os problemas do viajante no tempo começam quando sua máquina desaparece e ele é obrigado a ficar mais tempo do que queria no futuro e acaba descobrindo uma espécie diferente, são semelhantes aos humanos, mas vivem no escuro, não suportam a luz e piro, são canibais. A partir de então, o protagonista tenta bolar um plano para conseguir sua máquina do tempo de volta, enfrentar o novo povo e ainda sair com vida.
A narrativa é bem fácil, rápida e dinâmica. Confesso que tenho dificuldade pra entender todas as teorias levantadas na história, mas toda a trama do viajante descobrindo um novo mundo no futuro é bem intrigante e me prendeu até o fim. Assim como ele, eu também queria saber detalhes do lugar e o que tinha acontecido com a humanidade.
A máquina do tempo influenciou toda uma cultura sobre viagem no tempo que hoje é bastante vista na cultura pop, inclusive o filme de 2002 (dos bisneto do autor, Simon Wells) é um dos meus referidos sobre o tema. H. G. Wells desenvolve uma história boa de acompanhar, curta e com uma escrita fácil. Acredito que muita gente que tem problemas com a escrita dos séculos passados não terá esse clássico.
A edição da DarkSide® Books é uma homenagem a capa da primeira edição do livro, publicado em 1895, com uma ótima introdução de Enéias Tavares, ilustrações inéditas de Pedro Franz e contos de quatro autores contemporâneos convidados (Aline Valek, Ana Rüsche, Braulio Tavares e Felipe Castilho).
FICHA TÉCNICA
Título: A máquina do tempo
Autor: H. G. Wells
Michele Lima