Maya e os Três Guerreiros [Crítica da Série]

Eu jurava que Maya e os Três Guerreiros era um filme, mas é uma série animada de excelente qualidade, com cenários incríveis, abordando com muita perspicácia a cultura das civilizações mesoamericanas.

O primeiro episódio não me ganhou, achei lento e bateu o medo de ser uma típica série Netflix em que tudo se arrasta terrivelmente e a apresentação da protagonista Maya também não ajuda, é uma jovem aparentemente birrenta, chata e que trata mal sua mãe que não entende que ela não quer seguir seus passos. No entanto, logo depois a gente entende a dinâmica da série. Os Tecas não entenderam a profecia da águia e os três guerreiros e pagam um preço muito caro por isso. Percebemos que o roteiro não vai poupar os espectadores em alguns aspectos, como a morte de alguns personagens.

Maya é filha da deusa da morte com o rei de Teca, sim ele traiu a esposa e agora a protagonista será usada como sacrifício para o deus da guerra, Lorde Mictlan, marido da sua mãe biológica. Um caso de família complicado. E assim, para sobreviver e salvar seu reino, Maya tem uma releitura da profecia, se auto domina a água guerreira e sai em busca do Galo Mágico na Ilha Luna, a Caveira no Reino das Selvas e um poderoso Guerreiro Puma.

Todos os três guerreiros possuem uma história bastante triste, ligada ao fato de serem diferentes, de não serem aceitos por seu próprio povo, ou por terem cometido algum erro. Uma tragédia marca a vida de todos eles e por isso passam a viver isolados e sozinhos. Impossível não ter empatia pelos personagens.

Maya ainda tem a ajuda do Príncipe dos Morcegos e acaba rolando um romance entre eles. Zatz é aliado do deus da guerra, mas se apaixona por Maya, ele também tem um passado que serve de ótimo plot twist na história. E é preciso destacar toda a maturidade da rainha de Teca que conseguiu lidar com a traição do marido (e eu queria ter tido raiva dele, mas não consegui) e também a deusa da morte que é muito mais complexa do que aparenta.

Toda a jornada de Maya é cheia de autoconhecimento, mas também sobre amor, família, e muita perseverança! Afinal, eles lutam contra diferentes deuses, seres muito mais fortes do que eles, o que gera excelentes cenas de ação, primorosas eu diria. E o roteiro não falha no humor e na ousadia. E ainda temos um triângulo amoroso entre Rico, Chimi e Picchu que até eu que não curto triângulos me apaixonei pelos três.

A série é uma produção de Jorge R. Gutiérrez de Festa no Céu e tem um elenco excelente com Zoe Saldaña, Gabriel Iglesias, Diego Luna, Gael García Bernal, Alfred Molina, Rita Moreno, entre outros. Entretanto, eu assisti com a dublagem em português que ficou ótima.

Maya e os Três Guerreiros tem personagens cativantes, uma jornada empolgante, um final épico, melancólico e poético. Vale muito a pena conferir os 9 episódios.

Michele Lima

One thought on “Maya e os Três Guerreiros [Crítica da Série]

  • 17 de novembro de 2021 em 21:08
    Permalink

    Nunca tinha ouvido falar da produção e sua resenha me despertou a vontade de assistir!

    Boa semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

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