Grey’s Anatomy – 17ª Temporada [Crítica da Série]

17 temporadas. Um número muito alto para a televisão e apesar dos pesares é preciso tirar o chapéu para Grey ‘s Anatomy. Eu sei que pra muita gente, as mortes de George O’Malley (T.R. Knight), Lexie (Chyler Leigh), Mark (Eric Dane) modificaram bastante a série, as saídas de Izzie (Katherine Heigl) e Cristina Yang (Sandra Oh) também, mais ainda a morte do Derek (Patrick Dempsey), e tudo isso é verdade. Inevitavelmente eu senti por diversas vezes que Grey’s Anatomy não tinha mais o que explorar da vida dos personagens e por isso caia em tragédias e fim de relacionamentos com bastante frequência. Bom, uma pandemia deu um sentido diferente para a série, inegável.
De todas as séries médica que eu assisto (The Resident, The Good Doctor, New Amsterdam), Grey’s Anatomy foi a que melhor retratou a pandemia do covid-19, vimos por bastante tempo o sofrimento das pessoas na linha de frente, médicos, enfermeiras, o quanto a doença afetou os mais desfavorecidos e o roteiro não deixou de lado nem os negacionistas de plantão, com cenas bem fortes com a Bailey (Chandra Wilson). E com Meredith (Ellen Pompeo) doente, aproveitaram com maestria para brincar com a nostalgia dos fãs, enquanto desacordada a protagonista se encontrava com os mortos: Lexie, Mark, George e Derek, todos os encontros foram lindos, sensíveis e ajudaram a protagonista na sua luta contra o covid.
Enquanto Meredith trava uma luta intensa contra a doença, a série mostrou a rotina dos médicos e tivemos uma triste despedida. Deluca (Giacomo Gianniotti) se foi, mais uma vez Grey ‘s Anatomy se despede de um personagem que tinha muito, muito a oferecer. Já Amelia (Caterina Scorsone) conseguiram deixá-la mais leve e equilibrada na maternidade, dando conta dos sobrinhos, do filho e até do seu relacionamento com Link (Chris Carmack). Mas daí veio o fim da temporada e os roteiristas dessa série por vezes caem na previsibilidade e sempre tem um romance para ser estragado. O da vez foi Amelia. Como disse, tragédia e fim de relacionamentos constantemente, uma lástima a série ser assim.
No entanto, Jackson (Jesse Williams) teve uma despedida decente, como todos deveriam ter e já não aguentava mais os problemas de rico do personagem, achei que finalizaram bem a história dele. Uma pena Koracick (Gregg Germann) ter se afastado, era outro com ótimo plot. Maggie (Kelly McCreary), enfim, encontra o amor e destaque para Teddy (Kim Raver), uma das melhores personagens nos últimos tempos! Seu episódio focado nos seus traumas e cansaço mental teve momentos de puro suspense e terror, sem dúvida um dos melhores! Por fim, Schmitt (Jake Borelli) ganha mais espaço merecidamente e Jo (Camilla Luddington) ganha novos rumos, particularmente já espero forçarem a personagem com Link.
A décima sétima temporada de Grey ‘s Anatomy trouxe certo frescor para a série, ainda que o roteiro caia em lugares comuns criados por eles mesmos. Foi uma temporada bonita, cheia de emoções, mas não o suficiente para me fazer acreditar que Krista Vernoff tenha criatividade por muito tempo.
Michele Lima
Na Nossa Estante

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