Eu adoro os livros da Kinsella, são sempre espirituosos e com protagonistas divertidas, meu preferido é
O segredo de Emma Corrigan, (
CLIQUE AQUI)
mas A rainha dos funerais é bem diferente de tudo que já li da autora, até porque é um livro mais antigo escrito sob o pseudônimo
Madeleine Wickham.
Em A rainha dos funerais conhecemos Fleur Daxeny, uma mulher que ama chapéus de grife, cartões de crédito ilimitados e homens ricos. No intuito de sempre ganhar dinheiro e ter sua independência, a protagonista passa de funerais em funerais escolhendo suas vítimas, digo, seus maridos. Fleur se infiltra perfeitamente na intimidade do luto dos homens, aproveita do momento de fraqueza e quando eles menos esperam ela pega um cartão sem limites, dando um golpe. É interessante porque não é uma protagonista heroína, é uma mulher às vezes fria e ao mesmo tempo consegue ter carisma.
No entanto, Kinsella não se esforça para esconder os problemas de Fleur, ela é calculista e uma mãe bastante negligente. Zara sem dúvida sofre com as escolhas da mãe e dessa vez ela se apega a família da vítima, principalmente ao filho mais novo de Richard, Anthony.
Richard é um homem bom, humilde e extremamente rico! Ele perde a esposa, mas tem a sensação de que não a conhecia bem, o que é verdade. Emily era uma mulher cruel, que não gostava do filho Anthony por conta de uma marca de nascença, tratava a irmã como empregada e praticamente vendeu a própria filha para um homem ambicioso e golpista. E toda ingenuidade de Richard faz com ele não perceba quem Fleur é de verdade! Inclusive acho que é cabível dizer que o persoangem não enxerga um palmo à frente do nariz porque também não percebe os problemas dos próprios filhos. Philippa é uma mulher repleta de problemas psicológicos, não é feliz no casamento e sofre de uma carência e insegurança absurda e Anthony se sente mal por conta do seu sinal de nascença. Fleur vai aos poucos modificando a família, fazendo com que eles se sintam bem, mas a protagonista segue bem calculista em vários momentos e se recusa a ceder a qualquer sentimento em relação à Richard.
É bem curioso ter uma protagonista da Kinsella que foge completamente dos padrões, acaba sendo uma leitura bem interessante, mas acho que os leitores que julgam uma obra pelo personagem podem ter algum problema. Não foi o meu caso, a única ressalva que faço é sobre o final. Não teve conclusão de fato, é bem corrido e falta uma finalização de verdade
A rainha dos funerais foi uma leitura que valeu pela jornada de Fleur e os desenrolar dos plots dos coadjuvantes, principalmente de Philippa e Lambert. Uma pena ter faltando páginas para concluir tudo no final…merecia uma continuação pelo menos.
FICHA TÉCNICA
Título: A Rainha dos Funerais
Autora: Madeline Wickham / Sophia Kinsella
Michele Lima
View Comments
Oie
Também adoro os livros da autora, mas este parece ser bem diferente dos livros dela. Ainda sim, fiquei curiosa pela trama e pelo desfecho.
Beijinhos
https://tecendoaliteratura.blogspot.com/
Essa protagonista me lembrou a protagonista de Susan Não Quer Saber do Amor, que também é desse jeito: um tanto fria e arrogante, mas com carisma
Beijos
Balaio de Babados
Oi
só li um livro da autora até hoje, nem sabia que ela escrevia utilizando outro nome, a protagonista parece ser bem calculista, foi até que fiquei interessada nessa leitura.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Não li nada da autora ainda, mas tenho curiosidade. Parecem livros ótimos e leituras rápidas.
Bjs
Imersão Literária
Li o livro em dois dias e fiquei com a impressão de que ele não teve final. O enredo é bem envolvente mas o final deixa a desejar. Até pensei que meu livro estava faltando páginas.