Em Anne de Green Gables conhecemos Anne Shirley, uma órfã tagarela de onze anos de idade que é adotada por dois irmãos já de meia idade, Matthew e Marilla Cuthbert. Ao longo do primeiro volume vamos acompanhando a relação da protagonista com seus guardiões e o caos que a menina leva ao lugar por ser bem falante e imaginativa. Agora em Anne de Avonlea, temos uma protagonista mais madura, mas ainda com os resquícios da infância, um pouco ingênua e ao menos mais esperta.
Um dos pontos que mais me chamou atenção no primeiro volume foi o feminismo, ainda que de modo sutil. Anne sempre colocou o estudo como um dos principais objetivos na vida, ao contrário de outras meninas da época que via no casamento um boa solução para os problemas. E agora Anne leva muito a sério sua profissão de professora e mais uma vez foge dos padrões ao se recusar em bater em seus alunos. E neste ponto a autora Lucy Maud Montgomery se assemelha muito mais a Charlotte e Anne Brontë do que Jane Austen, ao colocar uma protagonista que valoriza o trabalho.
Anne além de enfrentar os desafios da sala de aula, ela também enfrenta o desafio de tentar melhorar o povoado em que mora, o que não é sempre muito fácil porque alguns moradores são bem resistentes à mudanças. E ainda temos os gêmeos que acabam sob o cuidado de Marília e Anne. Devo dizer que fiquei um pouco de pena de Dora que por sempre mais correta acaba ganhando menos atenção, ao contrário do irmão Davy que tem uma imaginação bem parecida com a da Anne, mas me pareceu bem sádico em alguns momentos.
O livro está recheado de bons personagens secundários como a incrível Sra Lavendar Lewis que com esse sobrenome me fez lembrar de Lewis Carroll, aliás, a aparição da personagem traz uma atmosfera que também me fez lembrar de Alice no país das maravilhas.
As 368 páginas de Anne de Avonlea passam rapidamente devido a fácil narrativa da autora. Os capítulos não são longos e as aventuras de Anne continuam encantadora. Foi bom perceber que o relacionamento dela com Marília melhorou, amadureceu, assim como a visão de mundo de Anne. Também é interessante acompanhar Anne perdendo um pouco a inocência das coisas e descobrindo mesmo que muito sutilmente o amor. Estou ansiosa para a leitura do próximo volume.
Vale também ressaltar a edição da
Editora Martin Claret, a capa é lindíssima e os detalhes internos deixaram tudo ainda mais delicado. Simplesmente amei.
Autora: Lucy Maud Montgomery
Michele Lima
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Olá, Michele.
Estou lendo a série pelas edições da Autêntica que acho uma graça, mas essa também está maravilhosa. Eu estava com medo de ler esse livro e não gostar tanto quanto gostei do primeiro, mas nem precisava ter me preocupado, me encantei novamente pela história assim que comecei a ler.
Prefácio
Ai eu acho essas capas uma fofurinha, mas não consegui ser conquistada pela história...
Beijos
Balaio de Babados
Oi
que bom que gostou da segundo livro, é bom ver anne amadurecendo, eu estou louca para ler os livros, queria a edição de capa dura, mas vou acabar comprando a edição mais simples.
Gostei da resenha.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Oi Mi,
Como eu amo essas edições da Martin Claret!
Estou pesquisando qual a melhor para comprar da Anne, quero fazer a sériee completinha aqui na estante.
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/