A Tecelã do Céu [Resenha Literária]

Esse último livro é estrelado por Safire e Eris. Safire, agora comandante do exército de Firgaard, já havia aparecido antes em A Caçadora de Dragões. Já Eris é uma personagem nova na história, mas não deixa a desejar.

Eris é uma ladra conhecida como Dançarina da Morte. Em troca de sua liberdade, ela terá de entregar Asha em mãos inimigas. Ela só não contava com Saphire na sua cola, com o intuito de prendê-la e proteger sua prima e precisam lidar com um forte sentimento nascendo entre ambas.

Eu tenho uma relação bem conturbada com toda essa trilogia. Enquanto não gostei muito do primeiro volume, o segundo me conquistou bastante. Não estava com muita expectativa nesse terceiro volume e ainda assim senti que ele poderia ter tido um final melhor.

As histórias da série são independentes, todas acontecem no mesmo universo e há detalhes que entrelaçam uma a outra, além dos personagens. Então é interessante que os livros sejam lidos em ordem.

Apesar da leitura bastante rápida, o desenvolvimento do livro deixou a desejar. A autora não se estendeu tanto no início da história e ao estabelecer o conflito do livro. Entretanto, ela enrolou demais o meio, com as duas personagens andando em círculo nas suas ações, o que fez com que os capítulos finais e as explicações ficassem bem corridas.

Eris e Saphire até que funcionam bem juntas, apesar de suas personalidades conflitantes. A comandante me deu bastante nos nervos em algumas atitudes bem pré-julgadoras e na sua crença absoluta em figuras de autoridade, mas até que ela soube se redimir. Eris me conquistou logo de início por ser uma pessoa que sabe que o mundo gira em tons de cinza.

O principal problema entre Eris e Saphire é o seu desenvolvimento. Situações e diálogos me soaram forçados e corridos para chegar no seu relacionamento. E, como já comentei, as duas andam muito em círculos, repetindo ações, que sempre acabam em atrito entre as duas, visto que são de mundos e opiniões diferentes.

Apesar dos pesares, a autora sabe bem como ambientar suas histórias, com descrições rápidas e precisas, fazendo com que você se sinta no local. A escrita da Kristen é bem gostosinha, o que faz com que a leitura seja bem fluída. A narração em terceira pessoa foi um ponto positivo por dar uma maior amplitude nos acontecimentos, alternando o foco entre Eris e Saphire.

Assim como os dois anteriores, também temos narração de lendas da cultura do reino que, de alguma forma, influenciam e são importantes durante o desenvolvimento. Os outros personagens também aparecem e possuem sua importância no decorrer da história.

No geral, a trilogia Iskari foi uma fantasia mediana, mas com uma boa mitologia e um universo bem construído.