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Modern Love [Resenha da série]

Em um mundo tão cheio de ódio, às vezes fica até difícil acreditar no amor, mas ainda existe e persiste, o que fica bem claro na série Modern Love, em português Amor Moderno, da Amazon Prime Vídeo. A série conta com oito episódios, cada um com personagens diferentes baseados na coluna Modern Love, do jornal The New York Times, publicada desde 2004, em que toda semana uma história de amor é contada em primeira pessoa. A coluna fez tanto sucesso que virou podcast, livro e agora uma série.
Modern Love tem um elenco de peso, Tina Fey, Anne Hathaway, Dev Patel, Andy García, Andrew Scott e até Ed Sheeran, entre outros. Já no primeiro episódio percebemos que é uma produção de qualidade pela fotografia, texto, ambientação e os atores escolhidos para cada história. No entanto, é uma série de altos e baixos, alguns episódios são memoráveis, outros nem tanto.
No primeiro episódios Maggie (Cristin Milioti) tem um porteiro incrível. Só de olhar para a pessoa ele sabe se ela serve ou não para a protagonista. A crítica é tão certeira que Maggie tem medo de levar alguém para o apartamento e passar pela avaliação inevitável de Guzmin (Laurentiu Possa). E quando a personagem fica grávida, o porteiro é seu porto seguro. Lindo, sensível, a série conseguiu me cativar logo com essa história.
O segundo não chega a ter o mesmo impacto pra mim como o primeiro, mas gostei mesmo assim. Julie (Catherine Keener) vai entrevistar Joshua (Dev Patel), um jovem que criou um aplicativo de namoro e ficou bastante famoso. Quase no final da conversa Julie consegue arrancar de Joshua sua incrível história de amor e acabamos descobrindo que a jornalista também teve um grande amor no passado.
Já o terceiro me fez chorar. Lexi (Anne Hathaway) é uma jovem mulher encantadora, mas sofre de bipolaridade e com isso entramos na sua montanha russa de emoções. A personagem passa por momentos de extrema felicidade, algo quase que absurdo, para momentos de extrema depressão em que não consegue fazer absolutamente nada, até mesmo sair da cama. Infelizmente, a bipolaridade faz com Lexi tenha sérios problemas de relacionamento com amigos, namorados e trabalho, sendo uma pessoa muito solitária. É uma história real e bem tocante.
O quarto episódio mostra a primeira queda da série, Sarah (Tina Fey) e Dennis (John Slattery) estão tentando salvar o casamento e fazem de tudo para manter a relação sem muito sucesso. Lento e um casal sem carisma, o episódio se arrasta, nem mesmo Tina e Slattery conseguem salvar a história. O mesmo acontece no quinto episódio com Yasmine (Sofia Boutella) e Rob. Os dois se conhecem há pouco tempo e durante um encontro Rob se machuca e vai parar no hospital. Achei o casal sem química, apesar da história interessante. O sexto episódio pra mim é o mais estranho de todos. Maddy (Julia Garner) tem uma carência paterna enorme e acaba se envolvendo com um colega de trabalho bem mais velho, Peter (Shea Whigham). O problema é que a mistura de pai e interesse amoroso de Julia, faz com que a história fique um tanto bizarra e me causou uma enorme sensação de desconforto.
Já no sétimo episódio a série volta a ganhar fôlego. Tobin (Andrew Scott) e Andy (Brandon Kyle Goodman) querem ser pais e iniciam uma busca por adoção. Acabam encontrando Karla (Olivia Cooke), uma sem teto bem despojada e engraçada. A relação dos três é o foco da história, principalmente entre Tobin e Carla que são opostos, mas para o bem do bebê eles precisam se dar bem.
O último episódio é triste, emociona e conecta todas as histórias. Margot (Jane Alexander) é uma senhora que começa a namorar Kenji (James Saito). Os dois vivem um grande amor na terceira idade, mas o episódio começa com a protagonista tendo que lidar com a morte do seu amado. Histórias de luto mexem comigo e essa não foi diferente.
O amor está presente em todos os episódios e com histórias envolventes a série consegue nos comover e nos prender. Sinceramente gostaria que tivesse uma segunda temporada.

Michele Lima
Na Nossa Estante

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