Nasce Uma Estrela 1976 x Nasce Uma Estrela 2018

Originalmente este post teria o título: Como Bradley Cooper estragou uma linda história de amor, mas depois de uma briga ferrenha com minha filha, mudei o título, mas não a minha opinião. Nem cena romântica na Cerimônia do Oscar, os dois juntinhos, cantando, se olhando, me comoveram. Foi uma cena bem feita, planejada em detalhes.

Aviso: Se você não viu nenhuma das versões do filme e pretende ver, não continue lendo este post, contém SPOILER´S!

Bradley Cooper não fez um filme para uma estrela, o filme poderia muito bem se chamar Morre um Astro. Ele fez um filme para ele cantar, tocar e se mostrar, ele fez de Lady Gaga a mocinha que mora com o pai e tenta sustentar uma carreira cantando com Drags Queen, mas Bradley Cooper é lindo, então ele pode. Ele é a imagem do filme. Já Esther, personagem de Barbra Streisand, uma mulher separada que mora sozinha e é cheia de personalidade acaba se envolvendo com John Norman Howard (Kris Kristofferson), um astro do Rock bem p0ʁʁ@ louca e eles se apaixonam.

No filme de 1976 há mais amor, mais envolvimento, mais cumplicidade, mais erros pessoais dos personagens, mas Esther continua sendo ela mesma, apesar de todo sucesso, e ele continua sendo um louco e às vezes um grande idiota, mas não um suicida. Ele não tinha limites, ele era imprudente, inconsequente e foi isso que o matou, mas ele não se matou como Jack. Ele sofreu um acidente de carro e a cena de Esther cantando para ele, para um público que acendeu vários isqueiros iluminando a platéia é de emocionar a pessoa mais fria do universo, enquanto pra mim, Ally estava ali cantando como Lady Gaga cantaria.

Até a cena da banheira que durante anos foi lembrada como uma das mais românticas e doces do cinema foi transformada por Bradley Cooper em um banho a dois, apenas.

Não posso negar que as músicas do filme atual são mais bonitas, são. São lindas, e o filme é bom sim, é uma gracinha, Lady Gaga está ótima, não ao ponto de ganhar um Oscar, mas não tão ruim como em American Horror Story, onde tinha uma expressão apenas para toda e qualquer cena. O filme atual não é um desperdício, eu só acho a versão de 1976 muito melhor que a atual, mas também não vi as outras duas versões anteriores.

E também acho que já que Bradley Cooper mudou tanta coisa, desde os nomes até a personalidade dos personagens, ele poderia ter feito um final feliz, não custava nada. Mas, segundo minha filha, se tivesse um final feliz não poderia se chamar Nasce Uma Estrela porque seria um outro filme. Mas é um outro filme! São outros personagens, outra trilha sonora, praticamente uma outra história que construiu um Jack mais bonzinho, mas bonito, mais Bradley Cooper.

Talvez seja o fato de que eu estava com 15 anos quando o filme foi lançado e me emocionei demais quando o assisti, talvez seja isso apenas, um apego pelos meus sentimentos adolescentes. Por favor, parem de fazer as contas de quantos anos eu tenho, mas considerem que é a opinião de quem tem mais experiência e já assistiu duas versões. E pra quem tem cabelos cacheados, vale a pena olhar os cachos da Barbra que estão simplesmente perfeitos no filme, assim como um figurino que poderia ser usado nos dias de hoje, porém, no Oscar deste ano, apesar de ter sido aplaudida de pé, seus cachos não estão mais lá, só que o talento desta atriz e cantora está devidamente registrado.
Porque estou falando nestes filmes só agora? Porque resolvi assistir novamente o de 1976 e continuei tendo o mesmo sentimento.

Minha filha continua não concordando comigo.
Marise Ferreira
Na Nossa Estante

View Comments

  • Achei linda a versão de Cooper e Gaga. Ainda não conferi as outras versões, mas quero muito =D
    Adorei o post!

  • HAUSAHSUASHA Quanto ranço hein! Eu adoro o Bradley e adoro a Gaga, dá pra ver que tudo é encenado mesmo mas eu adorei a química dos dois. Concordo plenamente com sua filha hahah
    beijo!

    Capítulo Treze

  • Oi
    Ainda não vi esse filme, mas está na minha lista de filmes para ver, acho que vou aproveitar o feriadão e ver o novo e depois rever o antigo como você fez. Adoro fazer isso ver o antigo e depois ver o novo, acho tão legal, ver uma nova releitura, mesmo que a gente não goste muito, mas sempre vale a pena.
    Beijinhos
    Renata
    Escuta Essa

  • Eu fui assistir a versão 2018 com minha filha e uma amiga. O tempo todo minha amiga ficava falando que a versão com a Barbara era muito melhor.Pedi desesperadamente que minha filha procurasse a versão 1978. Me desculpem ... amo a Barbara, mas Lady Gaga, na minha opinião supera!A trilha sonora atual é melhor anos luz! O final nem se fala parece que a Barbara está comemorando e não sofrendo. E quanto a morte de 1978, não me parece acidente.
    Vale a pena conferir as duas versões. Porém eu, já assisti a atual 2 vezes, 1978 uma vez foi suficiente.
    Minha amiga... continua insistindo que a da Bárbara é melhor, não vou contrariá-la.😉

  • Oi Marise!!!

    Como não conferi o filme anterior, ainda não posso opinar a respeito! Vou procurar pra assistir pra ver como ficou, adoro releituras, principalmente com uma atriz tão linda. Sou suspeita pra falar do filme com a Gaga, pois fiquei apaixonada, não só pela maneira que o enredo foi criado, mas por conta da trilha sonora.. me arrepiei em vários momentos!!!

    Beijos
    Naty

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