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Sai de baixo: O Filme

Difícil falar de Sai de Baixo sem cair na nostalgia. A série de televisão foi um enorme sucesso na TV Globo e acompanhou boa parte da minha adolescência. Os personagens se tornaram ícones da comédia da televisão e do teatro,  e a família que vivia no Arouche até hoje deixa saudades.
O longa se passa anos depois da série, tanto que o Caquinho (Rafael Canedo), filho de Caco Antibes (Miguel Falabella) e Magda (Marisa Orth), já é um jovem adulto iniciando no mundo do crime, igual ao pai. Caco está preso e Vavá (Luis Gustavo) também devido aos golpes aplicados pelo marido da Magda, mas graças a um juiz corrupto, ligado a quadrilha de Caco, ele é liberado.
A família está falida e para não morar na rua dividem o apartamento de Ribamar com a esposa, Cibalena, a sempre excelente Cacau Protásio. E ainda tem o adicional da tia de Ribamar (Tom Cavalcante), a Jaula (também interpretada por Tom), uma das das melhores personagens, merecia inclusive mais tempo em tela. Caco se livra da cadeia, mas não da quadrilha. A prima de Magda, Angelita (Lúcio Mauro Filho), é uma criminosa e junto com juiz Nicolau e Caquinho armam o plano de tirar pedras preciosas do país e para isso, ressuscitam a Vavá Tour. Com um monte de senhoras católicas, embarcam Magda, Caquinho, Ribamar e Sunday (Katiuscia Canoro), inesperadamente amante do porteiro, numa viagem maluca.
O trajeto até fora do país possui momentos bastante nonsense, bem típico do roteiro da série e é preciso entrar na realidade louca do filme pra conseguir fazer com que alguma coisa tenha sentido.
Caco continua com seu orgulho e horror a pobre, ainda que agora com problemas para fazer o Canguru Perneta. Miguel Falabella não se esqueceu de seus clássicos refrões, agora com alguns contornos modernos. Magda segue burra, mas salva em muitos momentos de maneira inesperada. A personagem também se modernizou e se tornou uma mulher “empoleirada” e sem dúvida é protagonista de muitas cenas, com boas piada. Aracy Balabanian topou fazer o filme em apenas três dias, e com isso Falabella teve que improvisar bastante no roteiro, mas dá uma boa solução para a participação curta da personagem, até fica parecendo que ela está presente constantemente no longa.


Ribamar envelheceu e não mudou, mas confesso que não esperava uma amante na história. E a adição de Cibalena foi bom na trama, bem como Caquinho muito bem interpretado por Rafael Canedo, que consegue falar com o mesmo tom que o pai. Destaque também para Jaula, uma nordestina exagerada e que consegue se destacar bastante no filme.
Alguns momentos são extremamente absurdos, mas gostei que o Falabella continua quebrando a quarta parede com o público em várias cenas e a química do elenco continua boa.
Sai de Baixo: O Filme é uma farofa muito doida, exagerada, com piadas apelativas e com algumas críticas interessantes ao Brasil. Pra quem gostava da série, vai acabar saindo do cinema super nostálgico.
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: Sai de Baixo: O filme
Direção:
Data de lançamento:
Nota: 3,5/5
Michele Lima
Na Nossa Estante

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