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A Rebelde do Deserto [Resenha Literária]

Esse ano fiz uma meta de conhecer quatro histórias que todo mundo ama e são populares entre os leitores e o livro para começar foi A Rebelde do Deserto.
A trama tem como cenário a nação de Miraji que é dominada pelo deserto. No Último Condado, os moradores do lugar dependem do trabalho nas minas de ferro ou nas fábricas de armas para sobreviver. É ali que vive a protagonista da história, Amani Al’Hiza, uma garota de dezesseis anos que passou grande parte da vida tentando fugir da sua dura realidade. Quando o pai chegava em casa bêbado e agressivo, a menina corria para o deserto e brincava de atirar em garrafas vazias. Depois, quando ficou órfã, ela foi obrigada a morar com um tio cruel e desprezível. Amani sempre sonhou em ir morar na Izman, a capital de Miraji, onde ela acredita que terá um futuro mais promissor.
No entanto, por mais que Amani fosse corajosa, independente e atirasse melhor que muitos homens, ela não tinha dinheiro para ir embora da Vila da Poeira. Então, decidiu se vestir de menino e sair de casa na calada da noite, para tentar ganhar um concurso de tiro numa cidade vizinha. Nesse concurso, ela conhece Jin, que é considerado um forasteiro.

Depois de algumas confusões que acontece nesse concurso e depois dele, Amani descobre que Jin estava sendo perseguido pelo Exército do sultão, acusado de ser um traidor e por estar no meio dessa confusão, ela acaba virando alvo dos soldados.

Agora os dois terão que enfrentar um deserto cheio de perigos, porque além dos humanos, ele também abriga criaturas mágicas que se alimentam de carne humana e se escondem sob as areias.
Além disso, a protagonista descobre que sultão está sedento por poder e se aliou aos gallans, um povo vizinho que usa as armas produzidas em Miraji para dominar outras nações. Se não bastante isso, Amani descobre mais sobre o tal filho do sultão, que é considerado o príncipe rebelde e ele está reunindo seguidores para reivindicar o trono que lhe é de direito. Em meio isso tudo, Amani vai aos poucos descobrindo mais sobre si mesma e mais sobre o seu companheiro de viagem pelo deserto.

Amani é uma protagonista feminina bem forte e sabe o que quer! Ela passou por muitas provações na sua vida jovem por ser mulher e conseguiu manter o seu sonho vivo. Já Jin é aquele mocinho todo misterioso e que tem um passado que ele vive escondendo de Amani. Eu adorei o Jin, ele é um protagonista bem carismático e logo de cara me vi gostando do seu jeito de ser. 

Apesar de ter adorando os personagens do livro e do enredo, a escrita da autora me incomodou bastante. Alwyn Hamilton tem uma escrita bem fluída, porém ela deixou muito a desejar no quesito de profundidade na trama. Não sei se ela queria deixar a história assim ou ela queria dar mais agilidade no enredo, mas acabou com algumas lacunas. Um exemplo: a protagonista mal termina uma conversa importante para a trama e logo depois a autora dá um salto de dias. E eu fiquei com muitas perguntas em aberto na minha mente. Mesmo a autora respondendo algumas delas através da narrativa da Amani, eu senti que ela não se aprofundou nessas partes importantes e deixou a história muito corrida.

Eu acho que se o livro tivesse mais narradores ou até mesmo mais páginas escritas, A Rebelde do Deserto seria uma fantasia perfeita. Como esse é o primeiro volume de uma trilogia, eu espero muito que os próximos livros sejam ainda melhores e que autora me surpreenda, porque eu realmente gostei do universo criado por ela e os seus personagens.

FICHA TÉCNICA
Título: A Rebelde do Deserto – A Rebelde do Deserto # 1
Autora: Alwyn Hamilton
Nota: 3,5/5
Onde Comprar: Amazon

Ariane de Freitas 

Na Nossa Estante

View Comments

  • Oi Ari!!

    Eu fiquei encantada com a capa desse livro!! Espero que os outros livros tenham mais profundidade, fiquei ansiosa pra ler mesmo com essas falhas!!! Amei sua resenha!

    Beijos
    Naty!!!

  • Oie xará =)

    Eu gosto bastante dessa série, mesmo achando que em algumas partes a autora exagera um pouco.
    O primeiro livro em minha opinião é o melhor, não que as continuações não sejam boas, mas elas pecam em ritmo e confesse que em alguns momentos a Amani me irrita bastante rs...

    Beijos;***
    Ane Reis | Blog My Dear Library.

  • Olá, Ariane.
    Eu li essa trilogia no começo do mês e se tornou favorita. Amei os personagens, o casal, a mitologia e tudo. Acho que se faltou alguma coisa foi uma outra visão da história por outra pessoa. Senti muito a falta de outra visão principalmente no ultimo livro.

    Prefácio

  • Oi Ariane!
    MDS FINALMENTE ALGUÉM QUE ME REPRESENTA NAS RESENHAS <3 ME ABRAÇA!
    Eu tive esse mesmo problema. Tudo muito atropelado. Os capitulos começavam tão bem, mas terminava muito rapido, com um buraco gigante. No fim, ficou muita brecha. Eu li ja faz um ano, porque peguei assim que saiu aqui. Achei a capa linda demais, mas acabei deixando de lado a série. Ano que vem vou tentar ler o segundo e vê se melhora. Eu espero que melhore, assim como você, porque eu curti demais a mitologia e todo o fundo cultural. Foi só esse tanto de atropelo que me incomodou pacas.

    Abraços
    David
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com/

  • Oi Ariane!
    Menina preciso confessar que li logo que lançou e me apeguei tanto a Amani e a história em si que essa rapidez da leitura só me ajudou e me fez gostar ainda mais do livro. Porque eu gosto muito de sentar e quando pisquei o livro acabou, sabe? Então não consigo concordar com o que tu disse, mas acho que é bem possível que tenha rolado algo do tipo sim, essa ideia de algo mais "vago" e menos profundo. Acredito que talvez tenha rolado até pra fazer o leitor ir seguindo com a leitura sem grandes dificuldades e ir introduzindo as histórias sem um excesso de informação muito grande porque, convenhamos, o universo do livro não é algo tão comum ao mainstream, acho que pode ter sido uma forma da autora fugir daquele padrãozinho de fantasia que é sempre mais pesado e cheio de explicações e tal... ou posso tá falando besteira, sei lá. hahahahahha
    MAAAAS preciso dizer que o segundo livro melhora muito, principalmente em relação a Amani e ao crescimento imenso que ela tem. Tanto é que, apesar de ter amado o final da trilogia, o segundo livro continua sendo o meu favorito. Espero que tu continue lendo e que possa gostar mais dos próximos!

    Att.,
    Eduarda Henker
    http://www.queriaestarlendo.com.br

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