Em Os Imortalista temos 4 irmãos (Varya, Simon, Klara e Daniel) em busca de uma suposta vidente que promete falar quando você vai morrer. Crianças, como sabemos, é um bicho curioso… já podemos imaginar o fim que deu, né?
Eles foram até a vidente que contou para cada um com que idade morreriam, mas a brincadeira começou então a deixar de ter graça e gerar medo neles, fragilizando o pequeno Simon (irmão caçula) que se recusa a contar aos irmãos quando irá supostamente morrer. Ao decorrer do livro vamos acompanhando como o conhecimento sobre a data da morte afeta cada um dos irmãos.
Simon é o filho mais novo, o mais protegido e muito querido por sua mãe, Gertie. O personagem teve que abdicar da opção de sair pelo mundo igual aos irmãos que estavam seguindo seus sonhos, mas ele aproveita a visita da irmã Klara e vai embora com ela sem olhar para trás ou pensar em sua viúva mãe que fica sozinha! Sabemos que Simon deixa um passado importante para trás na tentativa de conquistar um futuro antes morrer.
A louca Klara é a irmã de espírito livre que nunca soube o que queria ser, sempre esteve perdida sem rumo e não conseguiu criar raízes, afinal, o mundo é muito grande para se viver pouco e ficar em um único lugar. A personagem quer saber sobre a história da família e pouco se importa com a data de sua morte, tentando ao máximo aproveitar a vida e quem sabe encontrar o amor. Talvez, no fundo Klara esteja à procura de criar raízes em um lugar só seu e para isso é necessário se entender, saber quem deseja ser antes de seus dias acabarem…
Daniel sempre tem um ar de responsável, o ‘cabeça’ da família e essa é a imagem que ele passa a todos até para sua amada Mira. O personagem sai de casa para estudar, entrar no exército com seu conhecimento em medicina e realizar os sonhos que sempre teve. Porém, os infortúnios da vida não deixam seu coração se acalmar nunca, cansado de alguns acontecimentos, ele ainda sente o peso da morte de Saul (seu pai), em sua costas. Mira, a mulher de seus sonhos, às vezes o faz se esquecer do passado, dos momentos tristes pelos quais passou, mas na maioria das vezes as intenções de sua esposa são vans, Daniel ainda se lembra da vidente e o dia de sua morte dito por ela o ronda sempre que se sente frágil.
Seria então, a vidente, culpada pelo peso na consciência dele e de seus irmãos quando todos saem de casa e deixam Gertie sozinha para que pudessem viver suas vidas?
Já Varya é sempre diferente, guardando qualquer sentimento para si. Seus estudos avançam na área animal, mas seu crescimento como pessoa continua o mesmo, parece que ela consegue olhar para a frente sem se remeter ao passado que já havia vivido. Sendo a irmã que fecha a obra, todo o propósito da vida cai sobre ela. Viver por cada um daqueles que ela amou…
Genteee, que leitura e tanto! Ao mesmo tempo que é mórbido ler Os Imortalistas é genial! A capa faz 100% sentido com a história usando a analogia de ‘árvore da vida’ (para quem ficou intrigado com a capa).
Fui surpreendida no começo da leitura com a originalidade da autora, porém conforme a narrativa vai avançando os acontecimentos se tornam óbvios demais infelizmente. Entretanto ressalto que isso não me desanimou e nem me fez parar a leitura, podem acreditar: ao contrário disso, mais eu queria as cenas para ler!
A ideia geral da obra me deixou pensativa! Para que vivemos? O que fazemos nos traz o que de bom? Até quando devo manter a mesma rotina por um propósito que não me agrada? Já que a morte é certa devemos aproveitar ou apenas tentar sobreviver? É tão difícil contar para vocês o que sinto e o senti! Só lendo para me entenderem e verem a loucura que contém nessas páginas amarelas em edição de capa dura.
Meu único ponto negativo se refere a parte do Daniel, de todos os irmãos a narrativa dele deveria ser a melhor e isso não aconteceu, houve uma falta de valorização do personagem ao meu ver, uma pena, mas esse é o motivo de dar apenas quatro estrelas e não cinco.
Espero que leiam, que amem, que se deliciem a cada linha! É um tipo de livro que segundo a minha tia “deve ser lido em letras de formas” ou seja com calma e como se não houvesse amanhã, pois vale a pena.
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nossa que bacana esse livro hein! adorei conhecer a historia e acho que tem muita coisa interessante nessas crianças e na descoberta da morta, com certeza fiquei curiosa pra ler
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Amei sua resenha, a capa desse livro foi escolhida à dedo, porque é muito linda. Uma pena a história ter se tornado óbvia com o decorrer dos acontecimentos.
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Oiii Kethlyn
Genial e mórbido, realmente ambos descrevem com perfeição Os Imortalistas. Diferente de vc, eu gostei do Daniel, apesar de não possuir uma história forte como a Klara e o Simon, achei que foi um personagem interessante, estanquei mesmo foi com a Varya, não consegui entender muita coisa dela e foi dificil me afeiçoar.
Beijos
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Oi Kethlyn, o livro já está na minha lista de desejados desde que foi lançado. Apesar de não gostar de enredos com acontecimentos óbvios, me rendo às tramas que levantam questionamentos pertinentes, questionamentos para a vida.
Adorei a resenha!
Beijos
http://espiraldelivros.blogspot.com/
Oi, Keth!
Menina, a cada resenha desse livro eu fico com mais vontade de ler. Pena que a narrativa do personagem que você queria não foi muito boa.
Beijos
Balaio de Babados
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Oi
menina não conhecia, mas fiquei muito curiosa ele parece aqueles livros que surpreende que lê e pelo que vi isso aconteceu com você. Já quero esse livro. A capa é bonita e é legal saber que está relacionada com a historia.
http://momentocrivelli.blogspot.com
Oi, Kethlyn! Tudo bom?
A Eduarda leu esse livro lá pro blog e ficou muito apaixonada, então já fiquei interessada na leitura. Eu gosto muito quando histórias assim mostram tanto os personagens; cria uma proximidade com a gente que deixa todo o drama mais intenso.
Beijos,
Denise Flaibam.
http://www.queriaestarlendo.com.br