Quando li
A guerra que salvou a minha vida (
CLIQUE AQUI) achei que a autora
Kimberly Brubaker Bradley havia encerrado bem o primeiro livro e que não tinha necessidade de continuação, mas agora que li
A guerra que me ensinou a viver acho que posso acompanhar a vida da Ada até ela ficar velhinha com netos! A narrativa da autora é tão fluída, abordando aspectos da personalidade da protagonista e da vida dela, que o leitor nem percebe quando termina.
Ada e seu irmão, Jamie, agora moram com Susan, sem ter medo de que a Mãe os leve embora. Ada opera o pé, o que causa uma grande modificação na sua vida, mas a guerra continua e dessa vez vamos acompanhar com mais detalhes o impacto que ela causa na vida de todos.
A autora nos narra a rotina da nova família, tendo que lidar com a fome e dividindo o pequeno chalé com Lady Thorton. Susan perdeu a casa no bombardeio, os Thortons para o governo e a convivência entre eles é bastante difícil, já que Lady Thorton é a dona do chalé e quer mandar em tudo e em todos. Ada continua com sua personalidade um pouco arredia, mas melhora bastante em relação ao primeiro livro. No entanto, sua recusa em ver Susan como mãe é algo que parece bem insensível pela parte dela, mas é possível entender os motivos da protagonista, que nunca teve uma imagem positiva da sua antiga figura materna.
Jamie continua mais sensível a tudo que acontece, tanto que chama Susan de mãe sem o menor o problema, mas até o garoto melhora bastante a personalidade se mostrando mais seguro no novo lar. Uma nova personagem aparece na história para movimentar a trama, Ruth, filha de alemães, obrigada a viver no chalé e Lady Thorton odeia a garota como se ela fosse a personificação da guerra e não entende que os judeus sofrem tanto quanto os outros. A relação de Ruth com a senhora da casa é bem interessante, bem como a relação de Ada com a nova amiga, com Maggie e com Jonathan, que vai definhando na guerra ao se tornar um piloto. Aliás, Maggie também sofre bastante com a ausência da família no internato.
O livro nos mostra que ninguém está livre do sofrimento numa guerra, mesmo aqueles com dinheiro como os Thortons. Todos sofrem com a fome, são obrigados a plantar batatas, sofrem com o frio, com o medo, com o luto e alegria de viver de todos é aos pouco sugada pelo sofrimento da guerra. Os personagens são obrigados a conviver com pessoas muito diferentes e as crianças acabam amadurecendo mais rápido, com uma infância completamente perdida.
Kimberly Brubaker Bradley explora mais a Segunda Guerra Mundial neste volume e ficamos sensibilizados com o sofrimento de todos, ainda que não seja uma obra pesada, já que a autora narra tudo de uma maneira muito leve.
Gosto bastante das reflexões de Jamie que mesmo sendo muito novo tem uma perspectivadas sobre as coisas bem interessante. E também gostei de ver como Ada se tornou uma garota forte e que foi superando seus traumas aos poucos. A transformação da protagonista não acontece de repente, mostrando que Kimberly soube desenvolver bem o personagem.
A guerra que me ensinou a viver tem um edição linda da DarkSide® Books, é um livro muito bonito, indicado para quem gosta de drama, mas apesar do ambiente da obra, não é uma leitura que nos angustia ou nos traz sofrimento. A jornada de Ada que começou em A guerra que salvou a minha vida é instigante e foi com muito prazer que acompanhei seus momentos de superação.
FICHA TÉCNICA
Título: A guerra que me ensinou a viver – A Guerra Que Salvou a Minha Vida # 2
Autora: Kimberly Brubaker Bradley
Editora: DarkSide® Books
Nota: 4,5/5
Michele Lima
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Oi Mi,
Não li o primeiro livro, mas sempre fiquei interessada na história, e claro a capa também me agrada muito.
Quero poder acompanhar a história de Ada.
Bjs
http://diarioelivros.blogspot.com
Oi, Mi
Eu não sabia que esse livro era seguido da história de Ada, achei que fosse outra paralela mas gostei mesmo assim do enredo. Eu quero muito ler, imagino que a história seja tocante, e é legal ver que a autora sabe desenvolver bem a trama, os personagens.
Beijos!
http://www.suddenlythings.com/
Oi, Mi!
Ah, gente, eu acho esses livros tão lindos visualmente!
Não li ainda, mas já sei que vou gostar pelos elogios que você e todo mundo faz.
E eu gosto de livros que passam na segunda guerra, mesmo que eu fique triste. Paradoxal, né?
Hahahaha.
Está na lista!
Beijooos
http://www.casosacasoselivros.com
Oi, Mi!
Eu não curti muito o primeiro, então nem cheguei perto desse aí...
Beijos
Balaio de Babados
Oi Mi!
Confesso que mesmo com tantas resenhas positivas que li, não tenho muita vontade de ler não. Acho as edições lindas, mas a premissa não me chama muito atenção, ai nem me arrisco, mesmo com todas as reflexões.
Eu amei a capa do terceiro que vai ser roxo <3
Abraços
David
https://territoriogeeknerd.blogspot.com/
Oi Mi! Sou apaixonada por Ada e sua história, acho que nunca desejei tanto um livro, como desejei o primeiro! E creio que esse livro seja sobre chorar e morrer de amor por essa história e seus personagens. Este segundo livro ainda não pude comprar, mas estou contando as moedinhas, porque quero demais ver como Ada cresce e tira aquele peso horrível da mãe e suas crueldades do coração! Se for trilogia, eu já estou morta com farofa! A edição da Darkside não precisa nem de elogio nem nada. Obrigada pela resenha!
Bjoxx ~ http://www.stalker-literaria.com
Oi Mi! Sempre quando vou na livraria vejo os livros da Kimberly, mas nunca tinha me despertado interesse em os ler. As capas dessa edição são muito lindas! Adorei a resenha e achei a história bem interessante. Já adicionei na minha lista de leitura e espero poder ler logo.
Beijooos - http://www.anneandcia.blogspot.com.br
Olá!
Eu li por cima a resenha, pois fiquei com medo de ler algo do livro anterior. Estou louca para iniciar a leitura da primeira obra, todos falam tão bem da história e personagem, e estou morrendo de curiosidade de conferir. Gosto bastante de ambientação na guerra, são sempre histórias tocantes e delicadas.
beijos
Um dos meus maiores medos é quando o livro termina bem fechadinho e a autora insiste em fazer um segundo, quase sempre essa ideia da errado mas fico feliz em saber que esse nao foi o caso! Esse é um livro que tenho namorado faz um tempinho e saber que o segundo é tão bom quanto, me deixa animada.
Eu já sinto amor pela história da Ada antes mesmo de lê-la!kkkkkk... Li tanta coisa positiva sobre os dois livros que sonho com o dia em que conseguirei comprá-los.
Histórias sobre guerras sempre mexem muito comigo e embora a narrativa seja leve sei que mesmo assim irei sofrer. No entanto, estou louca por esses livros!