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Perdidos No Espaço [Resenha da série]

Quando eu li a primeira notícia de que a Netflix ia produzir uma nova versão da série Perdidos No Espaço eu fiquei eufórica. Eu sabia que ia ser sensacional, não teria como ser diferente quando você assistiu a primeira versão quando era adolescente e amou e confia tanto na Netflix que apresenta coisas tão boas como Stranger Things e Dark, por exemplo. Eu fiquei ansiosa por uma maratona da série e não estava errada em nada. A série é sensacional!
A primeira e mais acertada decisão da produção foi não usar os antigos cenários feitos de isopor! Era em preto e branco, mas dava pra ver que era tudo de isopor. Depois coloriram a série, acho que com pincel atômico, mas continuava tudo parecendo isopor.
A Terra foi abalada pela queda de meteoros e não houve tempo de dar um alerta, o ar ficou ruim e não era mais possível andar ao ar livre sem usar máscaras com filtros, por isso buscam outro planeta para ser colonizado pelos humanos.
Juntas, várias famílias estão em várias naves que são presas em uma nave mãe, a Resolute, os Robinsons estão em uma das Júpiter.
Deram ao robô uma nova história, ele não veio da terra junto com os Robinson, ele é alienígena. O Will (Maxwell Jenkins) de antigamente era mais destemido, mas o Will de hoje pode estar nascendo aos poucos, assim como o seu relacionamento com o Robô que é construído quando eles se encontram no planeta onde as Júpiteres caem depois de um ataque alienígena.
O planeta em que as naves caíram não é o ideal para eles viverem e na intenção de voltar à Resolute, as famílias que estão viajando nas Júpiteres precisam se unir para conseguir o combustível que pode levá-los de volta o mais rápido possível porque a Resolute vai seguir viagem.
A doce Judy (Taylor Russel), foi trocada por uma médica de mais responsabilidade e firmeza de atitudes, Penny (Mina Sundwall) deixou a meiga adolescente um pouco de lado pra ser mais atrevida e divertida, os pais, John (Toby Sthephens) e Maureen (Molly Parker), ao contrário da série original em que são um casal amoroso e doce, estão em crise e se divorciando, mas ele resolve ir junto para não perder os filhos, mas sabendo que quem manda é ela.
Já o outro piloto Don West (Ignacio Serrichio), deixou de ser apenas um cara legal para ser um meio mau caráter que tem carinho por uma galinha, adora dinheiro, mas acaba sendo um cara bacana porque se sensibiliza na hora certa com as coisas certas e consegue deixar de fazer o que ele sabe que é errado.
Já o abandono aos cenários de isopor trouxe efeitos especiais muito bem feitos, uma produção caprichada e impecável, desde os cenários até os movimentos do Robô e ambiente hostil muito bem apresentado.
Todos os atores escolhidos estão muito bem, eles se conectam muito bem como uma família e Don West pode perfeitamente integrar o núcleo, mas desta vez, a escolhida para dar vida ao Dr. Smith, no caso, Drª Smith (Parker Posey), é de dar medo. Se na primeira versão da série o Doutor é um covardão que estraga todos os planos da família e tenta de todas as formas sobreviver e fugir do planeta em que estão presos, desta vez a Drª Smith é má, ardilosa, maquiavélica e manipuladora. Oscila entre fazer o muito errado e fazer algo que ajude, mas que não a prejudique e dá ao personagem um tom assustador, mais até que o Robô alienígena que pode muito bem matar quando está fora do controle e olha que na série antiga o personagem era só um simples tambor que alertava para o perigo, dizendo: Perigo Will Robinson, perigo!
Mas nem tudo está perdido para o Robô, ele ainda alerta o Will para o perigo com a mesma frase!
A série tem dez ótimos episódios já disponíveis na Netflix e cada um deles nos faz ficar sem fôlego com os acontecimentos acelerados que contam como os Robinsons ficaram perdidos.
Vale a pena maratonar, e pelo que ouvi, mas ainda não sei se é verdade, parece que já estão trabalhando em uma segunda temporada. E eu acho que todo mundo devia assistir e elogiar a série para que eles não a cancelem nunca mais! É boa, muito boa!

Marise Ferreira
Na Nossa Estante

View Comments

  • Oi Marise!
    Ainda nao terminei de assistir, mas estou ficando sufocado a cada novo episodio. To vendo bem devagar porque realmente não quero acabar logo, mas curti muito, principalmente se tratando de atores e visual. Eu achei os efeitos e o fotografia dessa serie uma coisa sem precedentes. Serio mesmo. Só esperando para vê como tudo vai acabar.

    Abraços
    David
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com.br/

  • Oi, Marise! Tudo bom?
    Essa é, de longe, a melhor série do ano pra mim. Fiquei apaixonada por TUDO, fazia muito tempo que uma história não me cativava tanto. Eu protegeria essa família com a minha vidaaaaa.
    A Dra. Smith realmente é medonha; humanizada e ainda assim manipuladora e perturbada e eu só queria que alguém tivesse jogado ela da nave no fim.

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

  • Tenho um professor na faculdade que está assistindo essa série. A trama parece bem interessante, irei dar uma olhada assim que tiver mais tempo haha
    Ótima resenha!

    Beijão =D

  • Não conhecia a produção, mas, como sempre, não paro de sorrir após ler uma crítica de vocês. Ma, você é genial! Quanto equilíbrio fundamental na análise! Percebi que a trama deixou certos fatores machistas e pontuou mais ponderamentos reflexivos na renovação. Muito bacana!

    semquases.com

  • Eu assisti o piloto e achei alguns efeitos muito ruins, mas gostei do "alien", achei bonito e muito bem feito! Achei também demasiado utópico encontrar um planeta tão semelhante ao nosso, mas pronto. Se os episódios não fossem tão longos até continuava.

    MRS. MARGOT

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